Skip to main content
g1

Acolhimento, palestras e ‘minuto do barulho’ marcam os 12 anos da tragédia na Boate Kiss em Santa Maria, veja programação

By 26 de janeiro de 2025No Comments

Todos os anos, a população se reúne para homenagear os mortos e sobreviventes. Em 27 de janeiro de 2013, um incêndio em uma casa noturna matou 242 pessoas. Exposição fotográfica marca os 12 anos do incêndio da Boate Kiss
Nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro, uma das maiores tragédias do Rio Grande do Sul completa 12 anos. Em 2013, o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do RS, tirou a vida de 242 pessoas e deixou 636 sobreviventes. Todos os anos, a população se reúne para homenagear os mortos e sobreviventes do incêndio na casa noturna.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
O Coletivo Kiss: Que Não Se Repita e a Associação de Familiares e Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) promovem uma programação especial que marca as homenagens para as vítimas.
“As ações realizadas têm como intuito preservar a memória daqueles que partiram e construir um futuro seguro para os que aqui ficaram”, informa o documento de divulgação da programação.
Série documental do Globoplay relembra tragédia
MEMÓRIA GLOBO: Incêndio da boate Kiss
Homenagem às vítimas da boate Kiss em 2024.
TV Globo
As homenagens começam no domingo, dia 26, a partir das 21h, com acolhimento na Praça Saldanha Marinho, centro da cidade. Já a partir da 1h da manhã, é feita a leitura dos nomes dos 242 jovens que perderam suas vidas. Próximo ao horário que iniciou o incêndio, está previsto o “minuto do barulho” para homenagear as vítimas.
Na segunda-feira, a partir das 18h, os tributos são retomados com uma fala do presidente da AVTSM, Flávio Silva (confira a programação completa abaixo).
Programação completa
Dia 26, domingo
21h – Acolhimento na tenda da Vigília (Praça Saldanha Marinho).
22h – Caminhada até o prédio onde funcionava a boate e que hoje está sendo construído no Memorial 23h – Ato “Muro da Memória”.
00h – Apresentação de vídeos.
1h – Leitura dos nomes dos 242 jovens que perderam suas vidas em 27 de janeiro de 2013.
2h – Próximo ao horário que iniciou o incêndio, haverá o minuto do barulho para homenagear as vítimas.
Dia 27, segunda-feira
18h – Abertura com a fala do Presidente da AVTSM, Flávio Silva.
18h10 – Atualização das últimas decisões do Processo Penal com Pedro Barcellos Jr, advogado da AVTSM.
18h30 – Vozes da saudade com Maria Tagliapietra (mãe da vítima Luciano Tagliapietra Esperdião); Maria Aparecida Neves (mãe de Augusto Cezar Neves) e Adherbal Ferreira (pai de Jennifer Mendes Ferreira).
19h20 – Sobrevivi para contar com Mirian Schalemberg, Jovani Rosso, Cristiane Clavé e Delvani Rosso, sobreviventes da tragédia de 27 de janeiro de 2013.
20h10 – Cuidar e acolher, com Volnei Dassoler e Patrícia Bueno, membros do Santa Maria Acolhe.
21h – Encerramento das atividades.
Relembre o caso
Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, um incêndio atingiu a boate Kiss, no centro de Santa Maria. O fogo começou por volta das 2h, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira. O grupo utilizou dispositivos pirotécnicos como efeito visual e as fagulhas atingiram a espuma acústica que revestia o teto da boate, que incendiou.
Boate Kiss: relembre incêndio e veja lista de vítimas
Centenas de pessoas ficaram desesperadas e começaram a correr em busca de uma saída. Segundo bombeiros que fizeram o primeiro atendimento da ocorrência, muitas vítimas tentaram escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabaram morrendo. Ao todo, foram 242 pessoas mortas, com 636 sobreviventes.
Incêndio atinge a boate Kiss em Santa Maria
AFP
Repercussão na Justiça
O júri realizado em dezembro de 2021 condenou quatro réus pelo incêndio: Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann , Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha.
Elissandro Spohr, sócio da boate: 22 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Mauro Hoffmann, sócio da boate: 19 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Marcelo de Jesus, vocalista da banda Gurizada Fandangueira: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Luciano Bonilha, auxiliar da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual
Kiko Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão durante o júri da Boate Kiss
TJ-RS
No entanto, o Tribunal de Justiça (TJ) anulou o julgamento, em agosto de 2022, alegando irregularidades na escolha dos jurados, reunião entre o juiz presidente do júri e os jurados, ilegalidades nos quesitos elaborados e suposta mudança da acusação na réplica.
Com isso, a execução da pena dos quatro foi suspensa por Faccini e nenhum deles foi preso. O Ministério Público recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou e determinou as prisões dos réus.
Em agosto de 2022, porém, o Tribunal da Justiça determinou a anulação do júri. Os réus foram soltos.
Veja cronologia desde o incêndio à decisão que ordenou volta de condenados pela tragédia à prisão
E em setembrode 2024, o STF determinou o reestabelecimento da condenação dos réus e os quatro voltaram a ser presos.
A defesa dos condenados entrou novamente com recurso e o novo julgamento deve acontecer, segundo o STF, até o dia 13 de fevereiro.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe