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Após mandar retirar fotos de crianças mortas por balas perdidas na Lagoa, Paes pede desculpas e homenagens serão recolocadas

By 15 de fevereiro de 2025No Comments

Placas serão recolocadas nesta sábado (15). Após encontro com a ONG Rio de Paz, prefeito prometeu a criação de um memorial, que também homenageará policiais mortos, que será erguido para substituir os retratos. Não há data para a criação. Fotos de crianças vítimas da violência são arrancadas de memorial na Lagoa Rodrigo de Freitas
Daniella Dias/ TV Globo
Quase 50 dias após serem arrancadas pela Prefeitura do Rio, as placas com fotos de crianças mortas por balas perdidas no RJ voltarão para a Curva do Calombo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul da cidade, neste sábado (15).
O retorno acontece após o prefeito Eduardo Paes voltar atrás em sua decisão, na quinta-feira (13), e definir que a homenagem poderá ser recolocada no local.
Em dezembro, às vésperas do réveillon, os cartazes que ocupavam as grades da Curva do Calombo foram removidos. Inicialmente, não se sabia se seria um caso de vandalismo.
Naquele mesmo dia, após a repercussão, Paes foi às redes sociais e afirmou que a homenagem — que estava ali há anos — dependia de uma “prévia autorização da prefeitura”.
Fotos de crianças vítimas da violência antes de serem arrancadas
Divulgação/ONG Rio de Paz
Pacas foram removidas pela Prefeitura do Rio às vésperas do réveillon
Divulgação/ONG Rio de Paz
Após um desconforto com a ONG Rio de Paz, criadora da ação, ficou definido que as placas serão reinstaladas as fotos novamente.
No entanto, ficou definido que, posteriormente, um memorial em homenagem às vítimas da violência será erguido na Lagoa e, então, as imagens instaladas na grade, ao lado da ciclovia, voltarão a ser removidas.
“Desculpa o sofrimento desse período (sem as fotos na Lagoa) para vocês. A dor de vocês é difícil dizer que a gente entende, sabe que a perda é irreparável e essa homenagem aos filhos de vocês não vamos deixar de fazer”, desculpou-se o prefeito, retratando-se sobre como as placas foram removidas.
“A gente proibiu (as fotos) naquele momento. Meu objetivo nunca foi apagar essa memória e impedir que as mães fizessem essa homenagem aos seus filhos. Mas era uma questão mesmo de como é que a gente faz de uma maneira adequada a partir da visão da cidade”, explicou Paes, que prometeu também não mexer na instalação dos policiais assassinados, que está na Lagoa.
Sobre o futuro memorial, Paes pontou que, no local, serão homenageados também policiais mortos. A ideia é ainda representar “a imagem da esperança”.
Eduardo Paes se desculpou após mandar arrancar homenagens às vítimas que estavam na Lagoa
Divulgação/ONG Rio de Paz
“Eles (ONG) vão poder fazer temporariamente essa homenagem e a gente vai fazer um memorial. A gente vai pensar ainda, vamos chamar alguém para fazer isso, para isso ficar registrado. Os policiais também são homenageados nesse mesmo espaço. São tantas crianças, pais, filhos, irmãos, amigos vítimas por causa dessa loucura que é a violência nessa cidade”, lamentou o prefeito.
Após algumas tentativas de encontros com Paes, o fundador da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, comemorou a decisão.
“Estamos satisfeitos (com a volta das placas). O prefeito foi humilde, reconheceu o equívoco e foi pró-ativo. Atendeu todas as nossas reivindicações”, disse.
No encontro estavam Thamires de Assis dos Santos, mãe de Ester de Assis Oliveira, de 9 anos, morta em 2023, por bala perdida, em Madureira, e Bruna da Silva, mãe de Marcos Vinicius da Silva, de 14 anos, morto há 6 anos, na Maré, em operação policial, a caminho da escola.
Bruna mostrou ao prefeito ainda a camisa que o filho usava, do uniforme, quando foi atingido, ainda suja de sangue.
“Nossos filhos vão voltar para a Lagoa. Foi um avanço no dia de hoje”, disse Bruna.
“Só de saber que a foto deles vai voltar já é um começo. Fiquei feliz com o memorial, que é uma forma da gente estar mostrando a nossa luta, o nosso pedido de justiça pelas crianças e que não venham acontecer mais mortes. Infelizmente, sabemos que vão acontecer, mas que elas sejam lembradas”, completou Thamires.
Bruna da Silva, mãe de Marcos Vinicius, de 14 anos, morto há 6 anos, na Maré, levou a camisa do filho suja de sangue ao encontro
Divulgação/ONG Rio de Paz

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe