Skip to main content
g1

Calor preocupa setores do agro e meteorologista da USP alerta que clima deve seguir quente: ‘só nos cabe adaptação e tecnologia’

By 16 de fevereiro de 2025No Comments

Temperatura média registrada nos 13 primeiros dias de fevereiro deste ano é de 25,5ºC. Marca histórica para o período é de 24,8ºC. As medições começam em 1917 na estação da Esalq. Cultura do café foi prejudicada por uma seca histórica no Brasil em 2024, que contribuiu para levar os preços do produto às alturas
Getty Images via BBC
Os extremos climáticos registrados em 2024, entre períodos de seca severas e prolongadas, queimadas no Sudeste e Centro do país, bem como chuvas intensas, com enchentes que atingiram regiões produtoras de diversos alimentos na região Sul, impactaram safras. Algumas culturas, a exemplo do setor de hortifruti e cafeicultura recuperaram as lavouras no fim do ano. O calor, porém, preocupa agricultores e pesquisadores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), o campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP).
📲 Participe do Canal do g1 Piracicaba e região no WhatsApp
Consultado pelo g1, o professor e agrometeorologista do Departamento de Engenharia de Biossistemas da instituição (LEB-Esalq), Fabio Marin, alerta que as temperaturas tendem a continuar subindo e orienta aos produtores, quando possível, o investimento em tecnologia e informação para contornar os eventos climáticos.
“A causa principal, entre 80 e 90% das mudanças climáticas é a emissão de gases de efeito estufa, que por sua vez, vem dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). Como o consumo desses combustíveis continua aumentando, tais condições de clima aquecido devem permanecer. Então, só nos cabe nos adaptarmos”, afirmou ao g1.
Café é um dos produtos que têm pressionado os índices de inflação
Reprodução/TV Globo
☕Café
Os pesquisadores do setor do café no Cepea apontam chuvas abaixo do histórico e temperatura acima da média em fevereiro. O cenário, segundo o Centro, preocupação os cafeicultores, especialmente por ser período de desenvolvimento final da temporada.
“Vale lembrar que a produção da safra 2025/26 já foi prejudicada pelo calor e pela seca em boa parte de 2024. Assim, segundo o Cepea, apesar de as chuvas atuais trazerem otimismo, as temperaturas daqui para frente serão cruciais para que haja um produto de boa qualidade nesta temporada”.
O excesso de calor, além de desfavorecer a qualidade do produto – já que a planta precisa de noites amenas para uma boa bebida –, pode secar os grãos antes da colheita, impactando negativamente a safra 2025/26.
Produção de frango
Reprodução
Frango
Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado de carne de frango está mais aquecido na primeira quinzena de fevereiro em São Paulo por conta do recebimento dos salários e volta às aulas. No Sul do país, especialmente em Porto Alegre (RS), a forte onda de calor que atinge o estado nesta semana limitou a comercialização no atacado.
“Muitos consumidores têm evitado se locomover por conta das altas temperaturas. Inclusive, a volta às aulas da rede estadual do Rio Grande do Sul foi adiada devido ao forte calor”, aponta o Cepea.
Nesse contexto, agentes consultados pelo Cepea indicam que, embora muitos vendedores tenham tentado manter a tabela de preços, em certos momentos, foi necessário conceder descontos, em decorrência da dificuldade de comercialização no atacado de Porto Alegre.
🍅Hortifruti
Os pesquisadores do setor de hortifruti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP) observam que o clima prejudicou a produção no primeiro semestre de 2024. A partir de julho, o tempo seco e quente com um inverno pouco rigoroso atenuou as perdas na horticultura irrigada e gerou excedentes de produção.
📝LEIA MAIS
Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro
Piracicaba tem 2,1 mil hectares de áreas de cultivo e vegetação queimadas em 3 semanas
“Por conta disso, os preços dos hortifrútis, no geral, estão mais em conta neste começo de 2025 frente aos verificados em janeiro do ano passado. Mesmo com o retorno das chuvas no final do ano, os menores valores de negociação neste início de 2025 se devem à maior oferta na safra de verão 2024/25, sobretudo de hortaliças”, aponta o Cepea.
Quanto às frutas, as perenes, que tiveram seu desenvolvimento principal coincidindo com o período dos eventos climáticos extremos de 2023/24, foram as mais afetadas. Já frutas de ciclo mais curto conseguiram ter produção recuperada em parte do ano, apresentando até excedentes de oferta em alguns períodos de 2024.
Fevereiro quente
As temperaturas registradas em fevereiro de 2025 superam as médias históricas, observadas pelo Posto Meteorológico “Jesus Marden do Santos” da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (LEB-Esalq), em oito dos 11 primeiros dias do mês, segundo dados da estação, divulgados ao g1.
A temperatura média registrada nos 11 primeiros dias de fevereiro deste ano é de 25,5ºC. A marca histórica é de 24,8ºC. As medições começam em 1917. 📊- Veja detalhes na tabela, abaixo.
A temperatura mínima média de fevereiro ficou em 20,1ºC nos onze primeiros dias de fevereiro deste ano. A expectativa para o mês é de 19,2ºC. Já temperatura máxima média ficou na casa dos 30,9ºC, enquanto o observado na série histórica da Esalq é de 30,5ºC.
Temperaturas e volume de chuvas em Fevereiro de 2025 em Piracicaba
Onda de calor
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as máximas devem ultrapassar os 35ºC em alguns municípios da região. Há ainda possibilidades de pancadas de chuvas isoladas. 💧O índice de umidade relativa do ar pode ficar em torno dos 30% – Veja previsão, na reportagem, abaixo.
🌡️Onda de calor: O que é? A onda de calor acontece quando a temperatura fica cinco graus acima da média por um período de mais de cinco dias.
As cidades do interior de São Paulo, incluindo a região de Piracicaba (SP), integram área indicada pela Defesa Civil do estado com chances de ocorrência de onda de calor a partir do dia 12 de fevereiro. O cenário deve se estender pela próxima semana até o dia 24. As temperaturas podem ficar até sete graus acima da média.
Primeira onda de calor do ano atinge Piracicaba e região, diz Climatempo
De acordo com Angélica Prela Pantano, pesquisadora do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a onda de calor deve se intensificar a partir desta quarta (12) e se prolongará.
“Será sentida em diversas regiões do país, incluindo a região de Campinas e Piracicaba. As temperaturas deverão ficar acima de 30-32 graus, podendo ser registrados valores de até cinco graus acima do esperado para a época do ano, ou seja, em algumas localidades podem chegar a 35-37 graus”, aponta.
⛈️Chuvas intensas: A região de Piracicaba (SP) integra na área indicada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com alerta amarelo de possibilidade de chuvas intensas e tempestade neste sábado (15).
🌧️🎐Nos alertas do Inmet, há previsão de volume de chuvas de até 50 milímetros por dia, com chances de ventos de até 60 quilômetros por hora e possibilidades de queda de granizo.
VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe