Skip to main content
g1

Carna Pride celebra diversidade em Nova Friburgo e resgata legado do Concurso Gay

By 6 de março de 2025No Comments

Edição especial une saudosismo à inovação com performances, música e representatividade LGBTQIAP+. Edição especial do Carna Pride aconteceu em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio.
Nathalia Rebello
A tradição e a modernidade se encontraram na noite da última segunda-feira (3) em Nova Friburgo, Região Serrana, com a edição especial do Carna Pride, evento que resgata as memórias do icônico Concurso Gay, realizado por 21 edições na cidade, e amplia seu alcance, transformando-se em um festival de celebração da diversidade.
A nova versão do evento preserva a essência do concurso, que ao longo dos anos foi um marco de visibilidade e resistência da comunidade LGBTQIAP+, e traz uma roupagem inovadora, incluindo performances artísticas, DJs e expressões culturais que reafirmam Nova Friburgo como um espaço de acolhimento e liberdade.
A coordenadora do Centro de Cidadania LGBT de Nova Friburgo, Silvia Furtado, destacou a relevância do evento para a cidade.
“O Centro é parceiro da Secretaria de Turismo, que organiza o Carnaval de Nova Friburgo todo ano. E é uma honra estar mantido este ano o palco LGBT, que nós estamos aqui apoiando inovações e também aberto também para que essas inovações atinjam toda a população LGBT. Espero que a comunidade LGBT participe e também se organize para que esse carnaval, para que esse espaço seja mantido.”, afirmou Silvia.
Destaques da programação
Serra Kunty leva a cultura ballroom para o Carna Pride
A abertura do evento ficou por conta da dança vogue, apresentada pelo coletivo Serra Kunty, que trouxe para o palco uma expressão histórica da cultura ballroom, nascida na comunidade negra e latina LGBTQIAP+ nos Estados Unidos.
O vogueing é mais do que uma performance: é uma afirmação de identidade e um grito de resistência. O público vibrou com os movimentos precisos e aprendeu com o grupo expressões e técnicas utilizadas em rodas da comunidade.
“É muito importante para a comunidade, com esse tipo de eventos podemos aproximar novas pessoas da comunidade. A Ballroom se baseia na energia do movimento e precisa sempre de novas pessoas para se manter viva.
Esse tipo de evento apresenta os fundamentos da comunidade e aproxima novas pessoas também, sendo muito importante para consolidar a comunidade na região”, disse Star Tuzza 007, fundadora do coletivo Serra Kunty
Performance drag com Tito traz arte e empoderamento
A noite seguiu com Tito, artista drag que encantou o público com uma apresentação envolvente e cheia de simbolismo ao som versão brasileira da música “This is Me”, do filme O Rei do Show .
A arte drag sempre esteve tanto no centro da luta LGBTQIAP+ quanto no Carnaval de Nova Friburgo, e como vencedor de diversas edições da competição, Tito incorporou isso ao evento com um show que misturou teatralidade, expressão corporal e um figurino deslumbrante.
DJ João Xavier transforma a pista em celebração
Mais tarde, foi a vez do DJ João Xavier assumir as pick-ups e transformar a arena do Carna Pride em uma grande pista de dança com seus dançarino grupo Laborative Dance.
Conhecido por ter uma seleção musical vibrante e referência ao público da comunidade, o DJ levou o público a um mergulho pela história da música eletrônica e dos hits LGBTQIAP+, garantindo que a energia do evento seguisse em alta.
V-Trix encerra a noite com um show eletrizante
No encerramento, V-Trix subiu ao palco e entregou uma apresentação marcada pela presença de palco e agito do público. Com um repertório que passeia pelo pop e pela música eletrônica dos anos 70 aos 2000, o grupo se empenhou em figurinos e coreografias para coroar uma noite histórica para a comunidade LGBTQIAP+ de Nova Friburgo.
Ao g1, João disse sobre a importância de eventos como esse para dar visibilidade e espaço à diversidade
“A música sempre foi, é e continuará sendo plano de fundo para as batalhas e conquistas da comunidade. Eventos como o Carna Pride são de extrema importância para reafirmarmos que estamos aqui, merecemos ser felizes, respeitados e celebrados. Música é alegria e alegria é sinônimo do que foi essa grande festa.”
E se pudesse dizer algo para os artistas LGBTQIAP+ que sonham em levar sua arte para grandes eventos como o Carna Pride seria a palavras persistência:
“A persistência é sempre o principal conselho para quem quer viver de arte. Não é fácil, mas é muito prazeroso quando conseguimos realizar. Vale a pena todo o esforço. Construir alianças e parcerias genuínas também são fundamentais para essa área.”
Público comparece a 21ª edição do carna Pride em Nova Friburgo
Nathalia Rebello
História do Concurso Gay e sua evolução para o Carna Pride
Por mais de duas décadas, o Concurso Gay foi um dos eventos mais esperados do Carnaval de Nova Friburgo, proporcionando visibilidade e um espaço de celebração para a comunidade LGBTQIAP+. Com a evolução dos tempos, a organização sentiu a necessidade de ampliar essa iniciativa, tornando-a ainda mais inclusiva e acessível.
O Carna Pride é a materialização dessa nova etapa: um evento que, mais do que um concurso, se propõe a ser um movimento de orgulho, respeito e celebração da diversidade.
O subsecretário de eventos, Osório Junior Tardin, reforçou o compromisso da cidade em valorizar e apoiar a diversidade na nova versão do Concurso Gay de Nova Friburgo.
“(Queríamos) trazer mais cores para esse carnaval maravilhoso que a gente tem na cidade e atingir principalmente ao jovem, porque a gente precisava dar uma dinamizada (no evento) e trazer essa alegria ímpar que é o carnaval da liberdade de amor, na verdade.”, disse.
Com muita alegria, performances inesquecíveis e uma plateia animada, o Carna Pride mostrou que o Carnaval de Nova Friburgo é, acima de tudo, um espelho da diversidade e do amor em todas as suas formas.
Palco do Carna Pride celebra o orgulho LGBTQIAP+
Nathalia Rebello

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe