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Como peritos e cientistas da Unicamp usam insetos para solucionar crimes no interior de SP

By 21 de fevereiro de 2025No Comments

Larvas de moscas e besouros ajudam a identificar há quanto tempo uma pessoa está morta, por exemplo. Laboratório da universidade faz parcerias com Polícia Científica desde 2005. Como peritos e cientistas da Unicamp usam insetos para solucionar crimes no interior de SP
Um crime sem respostas que pode ser solucionado com a ajuda de uma mosca. Parece enredo de filme, mas o trabalho de pesquisadores da Unicamp, em Campinas (SP), em parceria com peritos criminais tem tornado isso possível.
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Na prática, funciona assim: um laboratório no Instituto de Biologia da universidade é responsável por analisar diversas fases das moscas, incluindo larvas de varejeiras encontradas em corpos em decomposição.
Aliando a análise da “idade” das larvas aos conhecimentos dos pesquisadores sobre diferentes espécies, é possível precisar, por exemplo, há quanto uma pessoa está morta. Com isso, a polícia pode elucidar assassinatos e até descartar suspeitos.
“Já tivemos diversos casos que as moscas realmente foram cruciais para entender essa questão da dinâmica do tempo de morte e, efetivamente, para associar pessoas ou, então, retirar as pessoas da cena do crime. Isso entra nos laudos periciais”, detalha a professora Patrícia Thyssen, coordenadora do Laboratório de Entomologia Integrativa.
No universo dos insetos, outro “pequeno investigador” é analisado minuciosamente pelas lentes do microscópio: o besouro.
Enquanto as larvas de moscas aparecem nos estágios iniciais de decomposição, os besouros são comumente encontrados em locais onde a exposição do corpo se estende por mais tempo.
“Aqueles ossinhos de frango que a gente joga fora, a gente usa também para criar esses besouros, porque eles adoram os ossos. Nós estudamos o ciclo deles também, e eles já contribuíram para trazer alguns dados que auxiliaram no processo investigativo de tempo de morte”, afirma a docente.
Laboratório de Entomologia Integrativa da Unicamp
Estevão Mamédio/g1
Da contaminação de alimentos aos maus-tratos
Segundo Thyssen, as parcerias com peritos se consolidaram por volta de 2005, após ela finalizar o doutorado. Desde então, diversos ex-alunos do laboratório já assumiram posições na Polícia Científica.
“Nosso laboratório é um laboratório de pesquisa com um grupo bastante consolidado, então já tive diversos estudantes e egressos que saíram da universidade e hoje estão atuando na Polícia Científica do estado de São Paulo e fora do estado de São Paulo”, frisa.
Vale destacar que o trabalho dos pesquisadores não se resume à atuação em crimes contra a vida. O laboratório também é responsável por análises usadas em casos de contaminação de alimentos e até maus-tratos aos animais.
“A partir desses casos das moscas parasitas, que são chamadas de bicheiras, determinando o tempo de infestação, que é o tempo de permanência da larva, a gente consegue determinar quanto tempo, por exemplo, o animal ficou sem cuidado, e responsabilizar isso ao dono”, explica.
Larvas de mosca-varejeira revelam há quanto tempo uma pessoa está morta
Estevão Mamédio/g1
Mais acessível
Os alunos orientados pela professora também desenvolvem as próprias pesquisas com o objetivo de tornar o acesso à entomologia (ramo da zoologia que estuda insetos) forense mais rápido, fácil e objetivo.
É o caso do mestrando José Lucas Dias da Silva, que estuda a genética das moscas usadas em perícias. “Extraímos o DNA do indivíduo, fazemos uma amplificação desse DNA, e por fim a gente sequencia. Essas sequências a gente pode analisar de várias formas, e essas análises nos indicam como está o processo evolutivo da espécie”.
“O perito precisa acessar um dado biológico de uma determinada espécie, ele não sabe qual espécie é essa. Se ele fizer um processo molecular, ele consegue obter qual espécie é e assim procurar na literatura dados de desenvolvimento”, explica.
Já a aluna de doutorado Aline Marrara do Prado trabalha em uma ferramenta para auxiliar os peritos a identificarem espécies coletadas na cena de crime – nesse caso, utilizando a identificação taxonômica, ou seja, analisando características para determinar a que grupo biológico pertencem.
“A entomologia forense tem crescido muito, e a ideia é justamente fazer essas parcerias com o pessoal da Polícia Científica e a universidade para tornar isso mais mais amplo no Brasil inteiro. É algo que ainda está sendo iniciado, começando aqui em São Paulo, a Patrícia está começando essa parceria, então a gente espera que se expanda”, diz Prado.
Moscas criadas em laboratório do Instituto de Biologia da Unicamp
Estevão Mamédio/g1
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe