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De Inocência a Eunice Paiva… g1 já viu TODOS os filmes estrelados por Fernanda Torres e analisa papéis

By 28 de fevereiro de 2025No Comments
Em sequência cronológica, repórter viu mais de 30 horas com principais performances da atriz no cinema. Veja análises dos filmes, da atuação e vídeo com resumo da maratona. g1 já viu: TODOS os filmes da Fernanda Torres
Empolgado com as três indicações de “Ainda Estou Aqui” ao Oscar, tomei para mim a missão de ver todos os filmes estrelados pela Fernanda Torres. A ideia era entender como ela foi de Inocência a Eunice Paiva.
Resolvi assistir, em sequência cronológica, os 19 filmes estrelados por Fernanda Torres. Somando os longas em que ela é protagonista ou uma coadjuvante importante, são mais de 30 horas.
Ela sempre esteve aqui…
No meio da maratona, cheguei a me perguntar se estava vivendo ou vendo filmes da Fernanda. É natural um pouco de cansaço, até porque é preciso ficar atento fazendo anotações sobre o filme e a performance da atriz. Isso já tinha sido relatado em outras empreitadas nesses moldes que já fizemos aqui no g1 como as de “Velozes & Furiosos”, “Jogos Mortais”, “Nasce uma estrela” e “Alien”.
Em todos os casos, este parece ser um formato interessante para dar conta de entender um fenômeno cultural. Neste caso, o fenômeno é Fernanda Pinheiro Monteiro Torres.
Veja abaixo análises e sinopses dos filmes, seus principais feitos e um comentário focado na performance da atriz. Clique no filme para ir direto a ele.
Inocência (1983)
A Marvada Carne (1985)
Com Licença, Eu Vou à Luta (1985)
Eu Sei que Vou te Amar (1986)
A mulher do próximo (1988)
Kuarup (1989)
Beijo 2348/72 (1990)
Homem de Guerra (1991)
Capitalismo Selvagem (1993)
Terra Estrangeira (1995)
O Que É Isso, Companheiro? (1997)
O Primeiro Dia (1998)
Traição (1998)
Gêmeas (1999)
Os Normais: o filme (2003)
Casa de Areia (2005)
Saneamento Básico, O Filme (2007)
Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas (2009)
Ainda Estou Aqui (2024)
No século 19, uma jovem com malária se apaixona por um médico (Edson Celulari) hospedado em sua casa. Eles escondem o romance proibido do pai dela. O homem acredita que o pretendente é outro: um biólogo especialista em borboletas. É baseado no livro “Inocência” (1872) de Visconde de Taunay.
A atuação: Aos 18 anos, a estreia escancara seu talento. Acamada, abatida, calada e tolhida pelo pai (ela pode sequer tomar banho em paz!), é cobiçada por todos ao seu redor. Responde com olhares expressivos e fala suave.
Os feitos
Melhor diretor no Festival de Brasília (Walter Lima Jr.)
Melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília (Sebastião Vasconcelos)
Um caipira só pensa em comer carne bovina; uma jovem só pensa em se casar. Eles se casam e têm filhos gêmeos. Mas um filé que é bom, nada… O primeiro longa de André Klotzel, da cena paulista oitentista do “cinema da vila”, é baseado em uma peça e tem participações de Regina Casé (ótima como diaba) e de Nelson Triunfo (melhor ainda como Curupira).
A atuação: Fernanda desmaia ao se casar e fascina nas conversas com uma estátua de Santo Antônio, as mais memoráveis cenas do filme. No geral, transforma monólogos bestas em cenas engraçadinhas.
Os feitos
Melhor filme, atriz e mais nove prêmios no Festival de Gramado
Narra o romance de uma jovem de 15 anos com um homem de 33, divorciado e com dois filhos. Em Nilópolis (RJ), eles enfrentam os pais da moça (Marieta Severo e Reginaldo Faria). O romance proibido vira caso de polícia e vai parar no tribunal. Baseado na autobiografia da jornalista Eliane Maciel, o filme tem direção de Lui Farias (“Minha fama de mau”).
A atuação: É o ponto alto do filme. De longe. Aos 19 anos, defende com bravura a protagonista de uma história um tanto mal contada. A falta de química com o coprotagonista vivido por Carlos Augusto Strazzer não a atrapalha.
Os feitos
Três prêmios no Festival de Gramado
Melhor atriz (Fernanda) no festival francês Three Continents
Um casal jovem separado há dois anos, formado por ela e por Thales Pan Chacon (1956-1997), discute a relação. Os dois não têm nome e falam sem parar como se estivessem em um sarau.
A atuação: Mesmo com um texto empolado e um par romântico que fala como um galã robô, Fernanda convence com olhares de desdém e gritos de revolta. Ela empresta dignidade e elegância a uma corna humilhada por duas horas. “Drinque? Só se for um gin com minhas lágrimas.” Seria ridículo se dito pela maioria das atrizes. Com ela, funciona!
Os feitos
Melhor atriz (Fernanda) no Festival de Cannes
Indicação à Palma de Ouro em Cannes
Dois amantes se reencontram: ela é uma viúva em luto, que vive com seu genro abobado e a filha dela (Fernanda); ele é um divorciado desolado pela morte de sua herdeira. No filme de José Fonseca e Costa, um dos fundadores do cinema novo português, a relação estranha entre os dois casais conduz a trama.
A atuação: Meio perdida em uma trama sem sal que só se desenvolve perto do fim, Fernanda se esforça para dar sentido a sua personagem (perdida entre um casamento deprimente e uma paixão proibida). Em um elenco todo português, ela entrega a performance mais natural, com piadinhas potencializadas por seu carisma.
Os feitos
Melhor filme no Festival de Huelva – Cine Iberoamericano

Inspirado no livro de Antônio Callado lançado em 1967, narra a crise existencial de um padre jesuíta (Taumaturgo Ferreira) que faz uma viagem ao Xingu. Com direção de Ruy Guerra, cineasta moçambicano do cinema novo, o filme se anuncia como “um afresco apaixonante sobre um Brasil grande como a vida”, do suicídio de Getúlio Vargas ao golpe militar.
A atuação: Parte de um elenco com nomes de peso como Maitê Proença, Lucélia Santos, Stênio Garcia, Claudia Ohana e Mauro Mendonça, ela tem atuação discreta e pouco tempo de tela se comparado aos outros filmes desta lista. Anos depois, Fernanda relatou que a filmagem foi um “paraíso e inferno”.
Os feitos
Indicação à Palma de Ouro no Festival de Cannes
Em 1972, um operário de uma empresa de tecidos no Brás, em São Paulo, enfrenta um processo trabalhista por um suposto beijo em uma funcionária (Maitê Proença) no expediente. Falas no tribunal, em juridiquês, são inseridas na trama. Entre os depoimentos, está o de Claudete (Fernanda), que gosta do beijoqueiro (Chiquinho Brandão), em performance que remete ao humor físico de Chaplin e Buster Keaton.
A atuação: Fernanda Torres é uma coadjuvante de luxo. Com um texto esperto a seu favor, ela atua com a leveza que seria conhecida anos depois. Faz rir sem esforço. Ela e Chiquinho se destacam em um elenco que tem ainda Ary Fontoura, Miguel Falabella e Antônio Fagundes.
Os feitos
Três prêmios no Festival de Brasília
Quatro prêmios no Festival de Gramado
Neste longa do Channel 4 e da HBO, um médico paraguaio (Anthony Hopkins, que ganharia o Oscar no ano seguinte) busca justiça pela morte do filho, torturado pela ditadura. Baseado na história real de Joel Filártiga, o longa tem a argentina Norma Aleandro, indicada ao Oscar quatro anos antes. A direção é do brasileiro Sérgio Toledo.
A atuação: Fernanda integra um elenco talentoso, mas mal escalado: a família paraguaia é formada por um galês, uma argentina, um mexicano e uma brasileira. Mesmo assim, a atuação é sofrida e sem excessos. A cena em que ela e Hopkins examinam o corpo do irmão morto é excelente.
Os feitos
Indicado ao Prêmio da Political Film Society
Um empresário da mineração (José Mayer) se envolve com uma repórter (Fernanda) que está escrevendo uma matéria sobre ele. Ao ser questionado por ela sobre a extração de ouro em terras indígenas, ela revela que ele é o único sobrevivente de um massacre indígena. Segundo o diretor André Klotzel (“A Marvada Carne”) a ideia era que cada cena tivesse “um clima próprio”.
A atuação: Ela carrega o filme nas costas. Ela ajuda a dar liga a uma série de cenas aleatórias. Se tivesse que escolher só um filme como portfólio, talvez uma boa escolha seria este: ela chora a morte do pai, beija o galã, toma tapa na cara. É ativista, jornalista, vilã, mocinha, palhaça. Ufa.
Os feitos
Melhor Design de Produção no Festival de Brasília
Indicação a Melhor Filme no Festival de Gramado
Paco (Fernando Alves Pinto) aceita entregar um pacote estranho para conhecer a Espanha, terra de sua falecida mãe. Acaba em Portugal, onde conhece Alex (Fernanda), uma garçonete em um relacionamento tóxico com um músico dependente químico (Alexandre Borges). É o primeiro filme da parceria entre Fernanda e Walter Salles.
A atuação: É o primeiro papel mais carrancudo, sem a ingenuidade de quase todas as personagens anteriores. Com performance simples e confiante, Fernanda comanda a ação e finalmente tem um par romântico que não é um traste ou alguém 20, 30 ou 40 anos mais velho. Rendeu ainda a versão de “Vapor Barato” que depois virou meme.
Os feitos
Melhor Filme pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
Melhor Filme no Festival de Gramado
No filme de Bruno Barreto levemente baseado no livro de Fernando Gabeira, um grupo que luta contra a ditadura militar sequestra o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin). Fernanda contracena com Pedro Cardoso, Selton Mello, Luiz Fernando Guimarães e Cláudia Abreu. O roteiro é assinado por Leopoldo Serran (“O quatrilho”).
A atuação: Com performance primorosa, Fernanda colabora no desenvolvimento de sua personagem: Maria começa resoluta e de cara fechada, mas vai se soltando no decorrer da trama. Em um elenco em que nem todos estão no tom certo, ela, definitivamente, está.
Os feitos
Indicação ao Oscar de Filme em língua estrangeira
Indicação ao Urso de Ouro no Festival de Berlim
No Réveillon de 1999, três histórias se cruzam: um prisioneiro fugitivo (Luiz Carlos Vasconcelos) precisa matar alguém; um malandro (Matheus Nachtergaele) é jurado de morte; e uma professora deprimida (Fernanda) abandonada resolve se matar. Walter Salles e Daniela Thomas filmaram o longa para um projeto da TV francesa sobre o novo milênio.
A atuação: Mesmo com uma personagem pouco desenvolvida no roteiro, Fernanda faz o que pode. Não sabemos quais as intenções e desejos da Maria construída por ela, mas a atriz compensa certa falta de profundidade com a entrega de sempre.
Os feitos
Exibido no Festival de Berlim
Três estatuetas no Grande Prêmio de Cinema
São três histórias de Nelson Rodrigues girando em torno da infidelidade. “O Primeiro Pecado”, Fernanda interpreta uma mulher casada dos anos 50 que se relaciona com um tímido Pedro Cardoso. Em “Diabólica”, um homem (Daniel Dantas) prestes a casar com a personagem de Fernanda tem um caso com sua cunhada de 13 anos. “Cachorro” é sobre um homem (Alexandre Borges) que encontra a esposa (Drica Moraes) no motel e passa meia hora os ameaçando com uma arma.
A atuação: Ela é amante toda soltinha no primeiro segmento. No segundo, dá vida a uma corna ressentida, com ciúme (justificado) da irmãzinha insuportável vivida por Ludmila Dayer. Em dois papéis tão diferentes, ela se sai melhor na história que abre o filme.
Os feitos
Melhor Ator e Atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
Nos anos 80, no Rio, duas gêmeas (Fernanda) enganam homens juntas. Tudo vai bem, até que Marilena se apaixona por um dono de autoescola (Evandro Mesquita) e Iara tenta seduzi-lo. A direção é de Andrucha Waddington, marido de Fernanda, a partir de uma história de Nelson Rodrigues.
A atuação: Amparada por direção e edição espertas, Fernanda entrega cenas impactantes principalmente quando as duas gêmeas estão “sozinhas” na tela. Impressiona como cria personagens tão diferentes, algo que só grandes atrizes conseguem fazer sem descambar para o caricato.
Os feitos
Melhor atriz no Festival de Brasília
O filme inspirado na famosíssima série mostra quando Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda) se conheceram, no dia de seus casamentos com outras pessoas (os personagens de Evandro Mesquita e Marisa Orth). O roteiro é da dupla criadora da (Fernanda Young e Alexandre Machado) com Jorge Furtado.
A atuação: Vani, um patrimônio do humor nacional, foi moldada ao longo de 71 episódios exibidos na Globo entre 2001 e 2003. Barraqueira, naturalmente engraçada e sempre com as emoções à flor da pele, ajudou a fazer da série um clássico.
Os feitos
3 milhões de espectadores no Brasil
Neste drama dirigido por Andrucha Waddington, uma mulher e sua mãe (Fernandas Monteiro e Torres) são levadas para um deserto distante pelo marido dela. Após a morte do homem, elas passam os próximos 59 anos tentando sobreviver e fugir daquele lugar, com ajuda de um vizinho, Massu (Seu Jorge/Luiz Melodia). O longa é filmado nos Lençóis Maranhenses, com roteiro de Elena Soares (“Eu tu eles”).
A atuação: É o filme em que atriz mais atua com sua mãe. Só isso já potencializaria a performance, mas Fernanda ainda tem a seu favor duas personagens complexas (Áurea, e depois sua filha, Maria), obrigadas a viver um monte de conflitos. É uma pena que o filme não tenha conseguido o destaque merecido quando lançado.
Os feitos
Prêmio em uma competição paralela no Festival de Sundance
Três estatuetas no Prêmio Grande Otelo
Uma comunidade de descendentes de italianos na Serra Gaúcha se vê obrigada a fazer um filme sobre a construção de uma fossa de esgoto. É que só havia verba para cultura, não para a obra de saneamento básico… O elenco dirigido por Jorge Furtado tem Wagner Moura, Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Tonico Pereira, Bruno Garcia e Paulo José.
A atuação: É um dos poucos trabalhos de Fernanda em que ela é a pessoa mais normal da narrativa: Marina parece ser a voz da razão, a pessoa com a qual o público deve se identificar, em meio ao simpático caos da vizinhança retratada nesta comédia. Na boa parte do tempo, ela serve como “escada”: prepara piadas para quem a rodeia.
Os feitos
Melhor Filme do Festival Brasileiro de Paris (Júri Popular)
Após 13 anos juntos, Vani e Rui decidem fazer um ménage e saem em busca de alguém. Encontram as personagens de Drica Moraes, Danielle Winits, Daniele Suzuki, Claudia Raia, Mayana Neiva, Alinne Moraes… e muita confusão.
A atuação: É a mesma atuação testada e aprovada na série e no primeiro filme da franquia.
Os feitos
Quase três milhões de espectadores no Brasil
O filme dirigido por Walter Salles é inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva. A trama conta a história de Eunice Paiva, mãe de Marcelo, que passou 40 anos em busca da verdade sobre seu marido desaparecido, Rubens (Selton Mello).
A atuação: Em livros de atuação, existe uma máxima: “É triste ver pessoas chorarem, mas é ainda mais triste ver pessoas tentando não chorar”. A frase resume a atuação sensível de Fernanda. Sem choro, a dor vem no olhar, na postura e na voz.
Os feitos
3 indicações ao Oscar
5 milhões de espectadores no Brasil
Melhor roteiro no Festival de Veneza
Globo de Ouro de Melhor Atriz

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe