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Explosão de celular: como baterias de aparelhos que você tem em casa podem estar sujeitas a riscos

By 16 de fevereiro de 2025No Comments

Baterias de lítio geram energia sem ocupar muito espaço, mas são sensíveis a danos ou ao mau uso. Elas também são usadas em bicicletas, patinetes e veículos elétricos. Celular explode no bolso de calça de mulher em Anápolis (GO)
TV Globo/Reprodução
Um celular explodiu no bolso da calça de uma jovem enquanto ela fazia compras em Anápolis (GO) na semana passada. A estudante contou que o aparelho e o carregador eram originais e não tinham sinal de defeito.
Após o acidente, Stella Barralho precisou fazer duas raspagens para estimular a regeneração da pele e evitar infecções. Ela mostrou ao Fantástico as roupas e itens queimados.
“Eu não consigo mais ficar tão perto de celular”, diz. “Eu não consigo ter essa proximidade, a confiança que eu tinha. Eu não tenho tido contato com o aparelho igual antes.”
Mas como pode um celular explodir assim, de repente?
O problema é maior do que o celular: o risco vem do lítio. Baterias desse tipo geram energia sem ocupar muito espaço, mas são sensíveis a danos ou ao mau uso.
Todos os eletrônicos são feitos para funcionar numa temperatura de até 40ºC, 45ºC, então o calor excessivo pode acabar danificando a camada de proteção da bateria. E, se o lítio entrar em contato com o ar, pode causar uma combustão. Foi o que aconteceu no caso da Stella.
A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) deixa claro que o número de acidentes ainda é pequeno, considerando a quantidade de aparelhos no Brasil. Mas, desde que a contagem começou, a média é de 12 mortes por ano.
Baterias de lítio também são usadas em bicicletas e motos elétricas, em patinetes e carros elétricos. Maria Clara Ribeiro e o marido escaparam por pouco de um incêndio que começou enquanto eles carregavam a bateria da scooter na Barra, Zona Oeste do Rio.
O casal chegou a acordar com os gritos dos vizinhos. O cachorro também não deixou os dois voltarem a dormir. Tofe latia a centímetros do rosto deles, puxava o cobertor com dentes.
“Bem atípico. Quando o meu marido abriu a porta, ele já viu aquela coisa laranja na sala. Foi lá pra ver o que era, já estava pegando fogo”, conta Maria.
A destruição foi quase total, mas o casal recebeu ajuda dos vizinhos para reconstruir o apartamento.
Um casal do Leblon, na Zona Sul do Rio, viveu a mesma rotina de perícias. A bateria da bicicleta também explodiu na tomada.
Alguns condomínios tentam criar pontos de recarga na área comum, mas o perigo pode ser ainda maior se a instalação for perto da tubulação de gás.
Segundo Edson Martinho, diretor executivo da Abracopel e especialista em segurança elétrica, o problema pode acontecer com qualquer carregador, mas o risco é muito maior com os piratas porque não têm um sistema de proteção contra a sobrecarga.
Ele explica: “A caixa d ‘água, você tem lá a boia, vai colocando água, chega uma hora que ela trava. O carregador que não é original, ou a própria bateria que não é original, eles não têm esse sistema. Então, eles ficam mandando água, ou seja, no caso, elétrons para a bateria, vão mandando, mandando, até a hora que transborda. No caso da bateria, ela enche e isso vai gerar um aquecimento excessivo, vai gerar aquele estufamento e aí pode explodir.”
Edson disse que os incidentes costumam acontecer com o aparelho plugado — por isso vale evitar carregar por mais tempo do que o necessário.
Um superaquecimento fora da tomada é ainda mais raro, mas aconteceu dentro de um ônibus em Guarapari, Região Metropolitana de Vitória. A fumaça vinha do bolso de uma passageira.
“Eles começaram a gritar ‘o ônibus tá pegando fogo!’ e eu falando ‘me ajuda, gente, a tirar o celular do meu bolso'”, lembra a diarista Maria de Fátima Araújo.
O abafamento aumenta o risco de fuga térmica. Quando as baterias não conseguem dissipar o calor que geram, acontecem incêndios e até explosões. Um aparelho quente demais precisa ser desligado.
A Abracopel recomenda atenção aos danos físicos: se a bateria rachar ou sofrer impacto forte, como uma queda, pode acontecer um vazamento.
“A regra que nós falamos do celular se aplica à tablet, notebook, bicicleta elétrica, patinete elétrico e veículo elétrico. Ou seja, todos têm o mesmo tipo de bateria. Cada um tem a sua proteção. Então, uma bateria pequenininha é protegido um pouquinho. Uma bateria um pouco maior vai ter uma proteção um pouco maior”, resume o especialista Edson.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe