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Fisiculturista que fez uso de Tadalafila em competição revela efeitos da nova febre das academias

By 27 de fevereiro de 2025No Comments

Rodrigo Matos, de 33 anos, utilizou a substância por um curto período, entre 2021 e 2022. Entenda na matéria abaixo se a ‘tadala’ ajuda mesmo a melhorar o treino na academia. Uso de tadalafila como pré-treino: o perigo por trás da nova febre das academias
Arquivo pessoal
Indicada para tratar disfunção erétil, a tadalafila está invadindo as academias de ginástica e caindo no gosto dos “marombas”. Isso porque eles estão tomando o medicamento como pré-treino devido a seu fator vasodilatador (dilata os vasos sanguíneos aumentando o fluxo de sangue e o transporte de oxigênio e nutrientes). Mas isso é mesmo seguro?
O servidor público e fisiculturista Rodrigo Matos, de 33 anos, utilizou a substância por um curto período, entre 2021 e 2022. Não sentiu, no entanto, os efeitos esperados para seus treinos e, hoje, não recomenda o uso da tafalafila para ninguém.
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“Eu sempre fui esportista, joguei muita bola, jogava todos os esportes. Na adolescência eu comecei a treinar na academia, mas recentemente foi que eu foquei mais. A questão da tadalafila foi por curiosidade. Vi comentários e fui atrás de saber”, disse ao g1.
Tadalafila é um dos remédios mais vendidos do Brasil
Reprodução/TV Globo
Rodrigo conseguiu comprar o medicamento sem prescrição médica e por um preço bem baixo. A tadalafila foi um dos medicamentos mais vendidos no Brasil em 2023, com cerca de 43 milhões de unidades comercializadas, indicando um crescimento de 38,9% em relação a 2022, segundo dados da Close-UP International.
Uma pesquisa rápida na internet mostra que uma caixa do remédio varia entre R$ 7,57 e R$ 22,38 e buscas como ‘Tadalafila para treinar’ e ‘Tadalafia academia’ crescem no Google:
“Em 2022 eu fiz uma preparação para competição e a gente vai, no decorrer da preparação, ficando cansado e procurando coisas para ajudar no treino e melhorar o resultado. E uma dessas coisas foi tadalafila. Tinha visto vídeos sobre o efeito e vi que era vendido em farmácia, tranquilo e barato.”
O efeito não foi o esperado pelo fisiculturista, que decidiu abandonar o medicamento. Rodrigo disse que nunca sofreu efeitos colaterais, embora soubesse dos perigos de tomar uma dose maior a que estava acostumado.
Mas, afinal, a tadalafila serve mesmo como pré-treino?
Tadalafila para treinar? Especialista explica riscos de medicamento
❌ É mito! Não há comprovação científica de que a substância ajude nos treinos de musculação.
Tamiris Frazão, coordenadora do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio Ceará, destaca que o uso indevido do medicamento ainda pode acarretar riscos à saúde, como a probabilidade de infarto, dores musculares e dores de cabeça. “Para que você tenha um treino eficaz, procure se alimentar bem, em uma alimentação repleta de nutrientes e proteínas. Procure a prática regular de exercício físico e uma boa noite de sono.”
Já o farmacêutico Josimar Girão explica que embora o tadalafila exija prescrição médica, alguns estabelecimentos acabam fazendo a venda do produto sem que o paciente apresente o receituário médico.
“A maioria daqueles que fazem utilização de tadalafila são homens entre 35 até 55 anos. No entanto, a gente tem uma crescente de homens entre 18 até 30 anos fazendo a utilização deste medicamento. Uma das situações mais preocupantes é a utilização como uma espécie de pré-treino”.
De acordo com Josilar, quem faz uso indiscriminado da tadalafila pode ter efeitos menores, como dor de cabeça, o rubor facial e congestão nasal, e pode também sofrer efeitos mais significativos, como visão turva, enjoo, náusea, uma queda bruta de pressão.
“Em um cenário, por exemplo, de treino em uma academia, pode ocasionar acidentes severos. É importante ter consciência e somente fazer a utilização do medicamento com o devido acompanhamento médico”, pontuou o especialista.
O ‘melzinho do amor’ e a pressão por alta performance sexual
Tadalafila é um dos remédios mais vendidos do Brasil; médicos alertam
Não dá para falar de tadalafila sem falar de sexo. E pouco dá para falar de sexo sem falar em pressão por alta performance. A tadalafila tem virado febre não só na academia, mas também entre homens jovens que buscam perfeição na hora H. O problema está em consumir o remédio sem ter nenhum tipo de disfunção erétil.
Você lembra do ‘melzinho do amor’? A droga começou a circular em festas ainda em 2021, quando o país vivia uma pandemia. O produto era comumente vendido pela internet, e teve venda foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todo Brasil.
O ‘melzinho’ é um suposto estimulante sexual anunciado como 100% natural que promete resultados parecidos com os do Viagra. No entanto, estudos comprovaram que a droga não era tão natural assim e havia, inclusive, tadalafila em sua composição.
Voltando à história do fisiculturista Rodrigo Matos: embora não tenha sentido efeito em seus treinos com o uso de tadalafila, ele revela ter percebido uma ‘ajudinha’ sexual. Rodrigo também diz que muitos de seus amigos usam com essa intenção, embora não queiram falar abertamente:
“O homem tem um ego super frágil. Então, às vezes ele nem quer que você saiba que ele está usando para aquilo.”
A psicóloga e terapeuta sexual Natacha Fraga conta que na prática clínica percebe um aumento de pacientes que buscam pela tadalafila mesmo sem nunca ter tido problemas com ereção. Acredita-se que o remédio ajuda a “não falhar”, mas isso é uma expectativa irrealista – na opinião da especialista.
Romantização da ‘tadala’
E o “glamour” da tadalafila chega até mesmo nas músicas. “Sabe qual é o segredo pra aguentar a noite todinha? Tadalafila, tadalafila”, diz a canção ‘Tadalafila’ (2023), de Alanzim Coreano e Os Barões da Pisadinha.
Já outra música mais recente (janeiro de 2025), de Tierry, J. Eskine, Seresta do Rasta e Erick Woods conta a história de um homem que foi comprar o medicamento para usar com sua vizinha:
“O instinto falou bem mais alto que eu
Não posso falhar (…)
Eu passei na farmácia, consciência pesada
Pensando em considerar
Eu fui comprar um Tadala de 20
Quando vi minha ex
Comprando uma pílula do dia seguinte
Aí doeu
Ela foi mais rápida que eu”
“A gente tem socializado bastante o nome da tadalafila, inclusive em músicas muito virais, que acaba incentivando o uso mesmo quando não existe nenhuma dificuldade de ereção (…) Normalmente, no início, ela vai ter um efeito imediato em relação a autoestima do homem, porque vai melhorar a confiança dele na hora. Ao mesmo tempo em que dá essa confiança, ela pode fazer com que ele desenvolva uma dependência psicológica. A longo prazo, isso pode afetar a auto percepção dele em relação à própria performance, à masculinidade, ao quanto ele consegue dar conta ali”, complementou Natacha.
Para a terapeuta, há uma pressão enorme para que homens desempenhem um papel sexual de alto nível – papel esse muitas vezes criado a partir da cultura da indústria pornográfica. Ou seja: é a ideia de que o homem precisa estar sempre disposto sexualmente, com uma ereção rápida e rígida e sustentada por um longo período.
Remédios para disfunção sexual, como a tadalafila, estão sendo utilizadas para outros objetivos.
Getty Images via BBC
“Já na construção de identidade do homem, ele aprende que essa identidade é muito legitimada através de uma ereção firme, potente, e de que não pode brochar. Isso cria uma pressão imensa (…) E certamente tem gerado muito impacto na saúde sexual e mental dos homens. A ansiedade de performance é uma das queixas mais frequentes em meu consultório.”
Portanto, é preciso sempre estar de olho na saúde e entender que a busca por uma performance sexual “perfeita” é irreal e uma construção social. Apesar de barata e glamourizada, a tadalafila pode apresentar riscos sérios se for introduzida na rotina sem acompanhamento médico. Deixemos, então, ela somente na música:
“Não temos uma educação sexual que abra espaço para que essas questões sejam discutidas. A sexualidade humana é extremamente complexa, cheia de variações, de questões individuais. Essa ideia de que a gente tem que ser infalível a todo momento gera uma pressão que não vai favorecer”, concluiu a especialista.
Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe