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Home office: saiba por que adeptos do trabalho remoto se recusam a voltar ao presencial

By 26 de janeiro de 2025No Comments

Após a pandemia, muitas empresas adotaram o esquema híbrido, mas algumas forçaram o retorno ao trabalho presencial, gerando insatisfação. Funcionários apontam vantagens do teletrabalho, como benefícios ambientais e melhoria na qualidade de vida. Curtis Sparrer e Heather Happe defendem o teletrabalho
Julie JAMMOT e Agnes BUN / AFP
“Ninguém sonha em ficar acorrentado a uma mesa em uma empresa”, diz Curtis Sparrer, pioneiro do trabalho remoto que resiste aos argumentos das grandes empresas americanas, determinadas a fazer com que seus funcionários retornem ao trabalho presencial cinco dias por semana.
“Os escritórios físicos são um sinal de falta de confiança implícita, como se você tivesse que ver as pessoas pessoalmente para ter certeza de que estão fazendo seu trabalho”, explica o chefe da agência de relações públicas Bospar, na sala de seu apartamento dedicada ao trabalho remoto, com vista para os telhados das casas de San Francisco.
Ao sair da pandemia da Covid-19, o esquema híbrido, com dois ou três dias de trabalho presencial por semana, estava na moda, com algumas exceções, como o Goldman Sachs e a Tesla, que rapidamente decidiram retornar ao trabalho presencial em tempo integral.
Cinco anos após os primeiros confinamentos, várias grandes companhias rejeitam o trabalho híbrido.
No início deste ano, engenheiros e funcionários administrativos da Amazon foram forçados a retornar ao trabalho cinco dias por semana. E mais de 90% deles estão infelizes, de acordo com uma pesquisa realizada pela rede social profissional Blind em setembro.
Nos fóruns do Reddit, usuários relatam que recusaram entrevistas para empregos na gigante do comércio eletrônico e da nuvem. Outros especulam que é um método para reduzir pessoal sem um plano social, mas acreditam que o grupo perderá seus melhores funcionários.
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Curtis Sparrer resiste aos argumentos de empresas americanas que querem o fim do trabalho remoto
Agnes BUN AFP
Escritórios e desperdício de energia
No JPMorgan Chase, o anúncio, em março, do fim do teletrabalho não foi bem recebido. Houve tantos comentários negativos — referindo-se a custos de transporte, cuidados com crianças, entre outros — publicados por funcionários em uma plataforma interna na semana passada que o banco fechou a seção, segundo o Wall Street Journal.
“Realmente esperamos que isso não leve ao desgaste, que não resulte em uma seleção negativa”, disse Jeremy Barnum, diretor financeiro da empresa, em uma conferência com analistas na quarta-feira.
“É realmente decepcionante, eu tinha a impressão de que tínhamos feito muito progresso e que o teletrabalho estava lentamente se tornando a norma no país”, lamenta Curtis Sparrer.
Quando fundou a Bospar, em janeiro de 2015, o empresário optou desde o início por não alugar escritórios para economizar dinheiro e também para poder contratar pessoas fora de San Francisco e Nova York. Dez anos depois, ele não se arrepende.
“Um escritório representa muitas coisas: o poder da pessoa que tem uma janela com vista para a rua, e o sentimento de desigualdade que isso gera, os riscos de assédio sexual, ou de contágio quando alguém está doente, as fofocas, os barulhos de mastigação”, enumera.
No geral, Sparrer considera o teletrabalho como uma boa maneira de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, já que a maioria dos americanos vai para o trabalho de carro. “E os prédios comerciais são um pesadelo em termos de desperdício de energia”, diz ele.
Além disso, ao ficar em casa, os funcionários também ficam mais propensos a cozinhar em vez de pedir comida para entrega, ou reciclar seus resíduos, de acordo com um estudo encomendado pela Bospar.
Melhor qualidade de vida
A empresa de Heather Happe tornou-se totalmente remota durante a pandemia e manteve a política
Agnes BUN/AFP
No final de 2024, cerca de um terço das empresas americanas exigiam que os funcionários estivessem presentes em tempo integral, 38% tinham uma abordagem híbrida e menos de 30% davam aos seus funcionários a opção de escolher, de acordo com o Flex Index, um estudo da empresa especializada Scoop.
A DrFirst, uma empresa que oferece um pacote de software de saúde, tinha três escritórios antes da pandemia, no Arizona e em Maryland. Atualmente, seus 400 funcionários trabalham remotamente.
A direção tomou essa decisão em 2023, após realizar uma pesquisa:
“Mais de 85% das pessoas notaram uma melhora na qualidade de vida e na saúde mental ou física”, afirma Mathew Carrico, diretor de recursos humanos. “E a produtividade permaneceu alta”.
A empresa criou grupos de interesse para construir vínculos entre colegas, reuniões regulares para fazer os funcionários se sentirem valorizados e um sistema de desempenho baseado em metas trimestrais.
“Não determinamos onde, quando, como. Confiamos neles, mas também há mecanismos para garantir que o trabalho seja feito”, afirma.
Heather Happe, funcionária da DrFirst há quase 14 anos, fica feliz por fugir dos engarrafamentos da manhã e da tarde. “No começo, nunca parávamos de trabalhar”, ela lembra. “Mas encontramos um equilíbrio (…) E vejo muito mais meu filho, meus animais e minhas plantas!”.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe