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MP investiga prefeito de Paulo de Frontin por contratação de parentes de vereadores em troca de apoio na Câmara

By 6 de março de 2025No Comments

José Emmanoel Rodrigues Artemenko, o Maneko (União Brasil), estaria desrespeitando uma lei do município que impede a contratação de parentes de membros do Poder Legislativo. Segundo a Câmara de Vereadores, as contratações não foram por indicação dos parlamentares. MP investiga prefeito de Paulo de Frontin por contratação de parentes de vereadores em troca de apoio na Câmara
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) está investigando o prefeito de Paulo de Frontin, José Emmanoel Rodrigues Artemenko, o Maneko (União Brasil). Segundo os investigadores, ele contratou parentes de vereadores para ter apoio político na câmara do município.
Uma lei municipal aprovada em 2009 impede a contratação de parentes ou companheiros do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores. Para o Ministério Público, Maneko loteou os cargos públicos entre os apadrinhados políticos, com o nítido propósito de acomodar os interesses políticos em troca do irrestrito apoio do parlamento.
Distribuição de cargos
Com a ideia de conquistar apoio no parlamento, o primeiro alvo do prefeito, segundo o MP, foi o presidente da câmara, o vereador Júlio Cesar da Silva Sereno (Cidadania). Segundo a denúncia, ele tem vários parentes trabalhando na prefeitura.
Os contratados da família do vereador são: o irmão Anderson da Silva Sereno; a sobrinha, Leonir Nascibem de Almeida, ambos assessores operacionais; além de dois primos.
Maneko Artemenko foi eleito o novo prefeito de Paulo de Frontin em 2020
Divulgação
O vereador Sandro Ferreira Pinto, o Deca, (PSDB) também tem dois irmãos trabalhando no município. Alex Ferreira Pinto era o secretário municipal de esportes. E Vivian Ferreira Pinto, era assessora superior em programa de saúde.
Para completar a família, uma nora do secretário, Ana Carolina Sobreira dos Passos, também ganhou um cargo.
O vereador Moises dos Santos Rocha (Republicanos), também tinha um espacinho para chamar de seu na prefeitura. Ou melhor, três: o filho, o irmão e a sobrinha foram nomeados em cargos da Prefeitura de Paulo de Frontin.
O filho, Moises dos Santos Rocha, era o subsecretário de esportes. O irmão, Jorge dos Santos Rocha, assessor de transportes. A sobrinha, Gessica Porto Rocha, assessora técnica.
Paulo de Frontin
Reprodução TV Globo
Ainda segundo a investigação, o prefeito de Paulo de Frontin tentou justificar as nomeações, de maneira vaga e genérica, com uma suposta dificuldade de preenchimento dos cargos e capacidade técnica dos nomeados.
Outro vereador que tinha três parentes na prefeitura era Jorge Silvano Vilela (PSC). O filho Yan Patrick era subsecretário de cultura. E os sobrinhos Matheus Xavier e Laissa da Costa também ganharam cargos.
Já o vereador Jeferson Adriano Gomes Moreira, o Budinha (PSL), resolveu os problemas em casa. Ele conseguiu um emprego para a companheira e o sogro.
A vereadora Sandra Regina Gil (DEM) empregou a filha Flávia Romero Gil de Souza Lima, era a coordenadora de odontologia da prefeitura.
Suspeita de rachadinha
Segundo a denúncia apresentada pelo MP, quatro desses parentes nomeados disseram aos investigadores que o prefeito Maneko sabia que todos tinham vínculos com os vereadores.
A investigação do MP trabalha ainda em outras duas frentes: o pagamento de gratificações especiais secretas e um possível esquema de rachadinha.
Afastado por suspeita de fraude
Em maio de 2023, Maneko era prefeito de primeiro mandato no município. Na época ele foi afastado do cargo por suspeita de fraude em licitações da prefeitura com uso de documentos falsos. A investigação também foi conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Prefeito de Engenheiro Paulo de Frontin é afastado do cargo
Em setembro daquele ano, a Justiça, através de uma liminar, determinou que Maneko fosse reconduzido ao cargo.
No documento, assinado pelo desembargador do STJ Luiz Márcio Victor Alves Pereira, a Justiça suspendeu o afastamento de Maneko do cargo e a proibição de frequentar o Poder Executivo até o julgamento definitivo do habeas corpus.
Em 2024, Maneko foi reeleito prefeito de Paulo de Frontin, 55,48% dos votos.
A investigação sobre as suspeitas de 2023 continuam e Maneko ficará na cadeira de prefeito até que o caso seja julgado.
O que dizem os citados
Em nota, a Câmara de Vereadores informou que as nomeações na prefeitura não foram por indicação dos parlamentares e que elas aconteceram pela qualificação dos nomeados. O prefeito Maneko não retornou os contatos feitos pela reportagem.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe