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No Congresso, Trump usa tom de campanha para defender atual política externa americana e o combate à imigração ilegal

By 5 de março de 2025No Comments

Na terça (4), Trump fez uma defesa enfática no Congresso americano da taxação de importados pelos EUA. Nesta quarta (5), o presidente decidiu postergar por um mês a aplicação da taxa sobre os carros importados do Canadá e do México. Trump faz 1º discurso ao Congresso e defende políticas de começo de mandato
Donald Trump fez o primeiro discurso ao Congresso americano desde que tomou posse. Em uma hora e 40 minutos, Trump defendeu na noite de terça-feira (4) as primeiras ações do governo. Entre elas, o combate ostensivo à imigração ilegal e a retirada do país de organismos internacionais; ouviu protestos e aplausos.
Donald Trump entrou no plenário da Câmara ovacionado pelos parlamentares do partido dele, o Republicano, mas também sob protesto da oposição democrata. Uma deputada segurava um cartaz dizendo: “Isso não é normal”.
Trump começou o discurso celebrando a volta à Presidência. Ele disse que foi a maior vitória em décadas:
“A eleição presidencial de 5 de novembro nos deu um mandato como não era visto em muitas décadas. Vencemos em todos os sete estados decisivos, o que nos deu uma vitória no colégio eleitoral com 312 votos. Vencemos no voto popular por uma grande margem e vencemos em municípios no nosso país…”.
O deputado democrata Al Green protestou e gritou que isso não dava ao presidente o direito de cortar assistência de saúde para os mais pobres. Ele foi retirado do plenário por ordem do presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson.
No Congresso, Trump usa tom de campanha para defender atual política externa americana e o combate à imigração ilegal
Jornal Nacional/ Reprodução
Donald Trump, então, enumerou medidas tomadas nas primeiras seis semanas de governo – como a declaração de emergência na fronteira para combater a imigração ilegal, a retirada dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, da Organização Mundial da Saúde, do Conselho de Direitos Humanos da ONU e o fim das políticas de diversidade e inclusão. Ele destacou a criação do Departamento de Eficiência Governamental para enxugar a máquina pública. O departamento é liderado pelo bilionário Elon Musk:
“Ele está na galeria. Obrigado, Elon, você está trabalhando muito duro. Ele nem precisava disso. Nem precisava disso”.
Sem apresentar provas, Trump disse que já encontrou centenas de bilhões de dólares em fraudes no governo. Ao longo do discurso, democratas seguraram placas de protesto que diziam “mentira” e “Elon Musk rouba”.
O discurso no Congresso é uma tradição dos presidentes nos Estados Unidos. O de Donald Trump foi o mais longo em 60 anos; durou uma hora e 40 minutos. O presidente defendeu suas propostas de governo nas políticas interna e externa, como o tarifaço sobre produtos importados da China, México e Canadá, que passou a valer nesta semana. Trump disse que a medida também deve atingir o Brasil:
“Se você não fabrica os seus produtos nos Estados Unidos, no governo Trump, você vai pagar uma tarifa e, em alguns casos, uma tarifa bem grande. Outros países usam tarifas contra nós por décadas e, agora, é a nossa vez de e começar a usá-las contra esses países. Em média, a União Europeia, a China, o Brasil, a Índia, o México e o Canadá… Vocês já ouviram falar deles? E outras inúmeras nações taxam a gente com tarifas tremendamente mais altas. É muito injusto”, disse Donald Trump.
Em média, o Brasil taxa em 2,7% as importações dos Estados Unidos. É bem menos do que as tarifas para produtos do resto do mundo – que, em média, são taxados em 12,4% pelo Brasil. Em 2024, os Estados Unidos tiveram um superávit na balança com o Brasil.
O presidente ameaçou, mais uma vez, tomar o controle do Canal do Panamá e também voltou a dizer que os Estados Unidos vão anexar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca:
“Precisamos da Groenlândia para a segurança nacional e até mesmo para a segurança internacional. Estamos trabalhando com todos os envolvidos para tentar pegá-la, mas nós realmente precisamos disso para a segurança do mundo. E acho que vamos pegá-la de uma forma ou de outra”.
No Congresso, Trump usa tom de campanha para defender atual política externa americana e o combate à imigração ilegal
Jornal Nacional/ Reprodução
Dois dias depois de interromper o envio de ajuda militar para a Ucrânia, Trump disse que recebeu uma carta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Na mensagem, segundo Trump, Zelensky agradeceu a ajuda americana e disse que está pronto para assinar um acordo de exploração mineral com os Estados Unidos.
“Eu fico feliz que ele tenha enviado esta carta. Recebi há pouco tempo. Também tivemos discussões sérias com a Rússia, e recebi fortes sinais de que eles estão prontos para a paz. Não seria lindo? Não seria lindo?”, disse Trump.
Trump terminou prometendo aos americanos um futuro de ouro:
“Meus compatriotas americanos, preparem-se para um futuro incrível porque a era de ouro da América só começou. Vai ser algo nunca visto antes. Obrigado. Deus abençoe vocês, e Deus abençoe a América”.
Historicamente, presidentes americanos se dirigem ao Congresso para discutir políticas que precisam de apoio do legislativo. Trump destacou o que fez sem precisar do Congresso, como os quase 100 decretos presidenciais que assinou no começo do mandato. Alguns parlamentares democratas deixaram a Câmara durante o discurso, em protesto contra as políticas de Trump.
Como é tradição, depois do presidente, um integrante da oposição se dirigiu ao Congresso. A senadora Elissa Slotkin, do Michigan, alertou que as tarifas sobre outros países podem aumentar os custos para a economia dos Estados Unidos. A democrata reconheceu que os americanos querem mudança, mas disse que há uma forma responsável e uma forma imprudente de fazer isso, e afirmou:
“Podemos fazer essas mudanças sem nos esquecermos de quem somos como país e como democracia”.
Recuo
Apesar de ter feito uma defesa enfática no Congresso, nesta quarta-feira (5), Donald Trump decidiu postergar por um mês a taxação sobre carros importados do Canadá e do México. A tarifa de 25% tinha começado a valer na terça-feira (4). Para os outros produtos, a cobrança foi mantida.
A porta-voz da Casa Branca afirmou que a decisão ocorreu depois de Trump conversar com representantes das três maiores montadoras americanas, e que o recuo foi necessário para não deixar essas empresas em desvantagem econômica. A cadeia de suprimentos da indústria automobilística dos Estados Unidos é altamente integrada à do México e do Canadá.
Mercados
O recuo de Donald Trump repercutiu no mercado financeiro e aumentou as expectativas dos investidores de que haja uma flexibilização da política tarifária dos Estados Unidos. Os principais índices das bolsas de valores americanas e da bolsa brasileira fecharam em alta. O dólar teve a maior queda diária percentual em relação ao real desde outubro de 2022: a moeda vale agora R$ 5,75.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe