Skip to main content
metropole

No DF, mais de 100 pacientes aguardam na fila para exame de epilepsia

By 21 de fevereiro de 2025No Comments

O exame de videoencefalograma (vídeo-EEG)  é um dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), mas está indisponível para os pacientes no Distrito Federal. Segundo pesquisa no Painel de Análise das Ações Individuais de Saúde do Ministério Público (MPDFT), existem mais de 110 pacientes na fila à espera pelo procedimento na rede pública.

Para regularizar o exame e garantir a assistência aos pacientes, a Defensoria Pública (DPDF) ajuizou uma ação civil de pública (ACP). No DF, o Hospital de Base é a unidade pública habilitada pelo Ministério da Saúde para a prestação do serviço. Contudo, o exame nunca foi realizado.

O exame é de alto custo e essencial para tratamentos de grande complexidade, como a investigação e cirurgia de epilepsia. Desde 1999, o Serviço de Neurologia do Hospital de Base abriu processos para ter condições de oferecer o tratamento, mas nenhum foi concluído.

O problema impacta o tratamento de pacientes neurológicos e psiquiátricos. “A indisponibilidade compromete o diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado, aumentando os riscos de complicações neurológicas e psiquiátricas graves, com reflexos diretos na qualidade de vida dos pacientes e suas famílias”, alertou a DPDF.

“O exame de videoencefalograma é serviço padronizado no SUS e o Hospital de Base está habilitado formalmente a ofertá-lo, contudo, nunca organizou a estrutura para isso. Tal situação deixa sem adequado diagnóstico e assistência pacientes com doenças neurológicas, especialmente a epilepsia”, pontuou o defensor público Ramiro Sant’Ana.

Sem acesso ao tratamento, pacientes correm o risco de sofrer com o agravamento de quadros clínicos devido à ausência de diagnóstico e tratamento precoce, que poderia evitar danos irreversíveis à saúde. Além disso, a ausência do tratamento alimenta a judicialização do problema.

Epilepsia

O videoeletroencefalograma combina o registro da atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma) com a gravação simultânea de vídeo. É amplamente utilizado para diagnosticar e monitorar distúrbios neurológicos, como a epilepsia, identificando a relação entre eventos clínicos (como convulsões) e a atividade cerebral.

O exame pode ser realizado de duas formas: não invasiva e invasiva, dependendo da necessidade clínica de identificar a origem e a natureza de alterações na atividade elétrica cerebral, como crises epilépticas. Ambas são complementares e utilizadas conforme a complexidade do caso, sempre priorizando o bem-estar do paciente.

O exame é indicado para:

Diagnosticar crises epilépticas e diferenciá-las de outros tipos de eventos (como síncopes ou ataques de pânico);

Localizar a origem das crises epilépticas no cérebro e;

Avaliar a eficácia de tratamentos ou cirurgias em casos de epilepsia.

Para a DPDF, o videoeletroencefalograma, seja em sua forma invasiva ou não invasiva, é exame complexo, contudo, constitui uma ferramenta indispensável para o diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos, especialmente em casos de epilepsia.

“Não há nenhuma previsão concreta ou mesmo estimativa para início da oferta do exame”, destacou a DPDF. Do ponto de vista jurídico, a indisponibilidade do exame fere o direito à saúde, previsto no artigo 196 da Constituição Federal, e compromete a dignidade humana, assegurada como fundamento do Estado Democrático de Direito.

Para Defensoria, pacientes sem diagnóstico ou tratamento eficaz são frequentemente excluídos do mercado de trabalho e do convívio social devido à estigmatização das crises epilépticas. Esse cenário aprofunda desigualdades e amplia a sensação de abandono por parte do sistema público de saúde.

Custos

Na rede privada, atualmente, o videoencefalograma custa R$ 25 mil. Segundo a DPDF, a ausência do exame gera custos elevados para o próprio Estado, uma vez que diagnósticos imprecisos levam a internações recorrentes e tratamentos mais caros no longo prazo.

“Levando-se em conta que há, atualmente, cerca de 110 ações judiciais em trâmite, isso significa dizer que o erário poderá sofrer com déficit total de R$2.750.000,00. (…) não seriam melhor investidos na aquisição dos equipamentos e estrutura necessária para que a rede pública do Distrito Federal oferte o vídeo-EEG?”, questionou.

Outro lado

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) informou que em nenhuma das unidades, incluindo o Hospital de Base, possuem o aparelho para o exame de videoencefalograma. “Dessa forma, não há que se falar em descontinuidade de serviço, pois este nunca foi oferecido pelo instituto”, argumentou.

Segundo o IgesDF, atualmente, há uma emenda parlamentar distrital do deputado Jorge Viana (PSD), no valor de R$ 800 mil, destinada à aquisição do equipamento. Embora o recurso já esteja disponível, a compra ainda está em processo de licitação.

Por se tratar de um item importado, de acordo com o instituto, a aquisição seguirá procedimento específico até que possa ser efetivamente incorporado aos serviços oferecidos. “Cientes da importância desse exame, seguimos empenhados em viabilizá-lo assim que possível, garantindo esse serviço a quem mais precisa”, concluiu.

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre o caso. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe