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Partido de esquerda alemão renasce nas urnas

By 24 de fevereiro de 2025No Comments

Partido A Esquerda superou expectativas na reta final da campanha ao abordar temas que preocupam eleitorado jovem e apostar em vídeos virais. Frescor, carisma, otimismo: Heidi Reichinnek incorpora muito daquilo que faltou ao partido A Esquerda nos anos mais recentes
Jens Krick/Flashpic/picture alliance
Após anos de declínio e racha que dividiu legenda em 2024, o partido A Esquerda (Die Linke) superou expectativas na reta final da campanha ao abordar temas que preocupam eleitorado jovem e apostar em vídeos virais.
A eleição antecipada na Alemanha neste domingo (23/02) foi palco de um renascimento que parecia improvável há poucos meses. Ao conquistar 8,5% dos votos, o partido A Esquerda se juntou ao diminuto clube de legendas que registrou crescimento entre o eleitorado em relação ao último pleito, em 2021. Segundo pesquisa boca de urna, o partido expandiu seu eleitorado em 3,6 pontos.
Ainda que A Esquerda apareça em quinto lugar na disputa, bem atrás de concorrentes como a União Democrata-Cristã (CDU) – primeira colocada na eleição –, a votação foi encarada com alívio entre os esquerdistas.
Com o resultado, o partido reverteu um declínio observado nos últimos anos e superou um temor inicial de que a sigla não se mostraria capaz de superar a cláusula de barreira para ter a prerrogativa de formar uma bancada no Parlamento alemão (Bundestag).
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Crise existencial
Formada em 2007 por remanescentes do antigo partido comunista da Alemanha Oriental e uma ala mais à esquerda que se separou do Partido Social-Democrata (SPD), A Esquerda por pouco não havia ficado de fora do Bundestag em 2021.
À época, ao obter 4,9% dos votos, a legenda só não foi barrada pela cláusula de barreira de 5% porque conseguiu eleger três deputados por voto direto, o que compensou o resultado magro e permitiu que os esquerdistas formassem uma bancada no Bundestag.
No entanto, em 2024, veio uma nova crise, quando um grupo de dez deputados de esquerda deixou a legenda para formar uma nova agremiação concorrente, a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW, na sigla em alemão), que foi batizada com o nome da sua fundadora.
Antes de lançar a BSW, Wagenknecht era uma figura proeminente da legenda A Esquerda. No entanto, Wagenknecht vivia às turras com seus antigos correligionários por causa da sua oposição à imigração ilegal e ao “identitarismo”.
Wagenknecht deixou claro que pretendia usar a nova legenda para conquistar tanto eleitores da esquerda quanto pessoas que foram atraídas para a ultradireita nos últimos anos.
Ainda em 2024, A Esquerda também encolheu significativamente em um trio de eleições estaduais no leste alemão, um de seus principais redutos eleitorais, perdendo espaço para a nova BSW.
Por um momento, parecia que A Esquerda caminhava para a irrelevância. O quadro ainda pareceu mais sombrio quando pesquisas publicadas no final de 2024, após o anúncio das eleições federais antecipadas, apontaram que o partido mal alcançava 3% das intenções de voto no plano nacional, bem atrás dos seus novos concorrentes da BSW, que chegaram a pontuar 8%.
Virada
No final de janeiro de 2025, o quadro começou a mudar significativamente para A Esquerda.
O anúncio das eleições antecipadas pelo chanceler federal Olaf Scholz no fim de 2024 e a saída de dissidentes em 2024 acabaram sendo uma benção disfarçada.
Menos distraído por disputas internas, o partido passou a demonstrar mais unidade.
Mas a ajuda decisiva parece ter vindo de políticos mais jovens da legenda. Uma das sensações da campanha da legenda foi a deputada federal Heidi Reichinnek, de 36 anos, que resolveu liderar uma nova ofensiva do partido num campo que até então não era tão explorado: as redes sociais.
Fazendo discursos combativos e exibindo uma tatuagem da revolucionária Rosa Luxemburg em um dos seus braços, Reichinnek reuniu meio milhão de seguidores no TikTok.
Em janeiro, um de seus vídeos, com pesadas críticas ao conservador Friedrich Merz se tornou viral na Alemanha. No mesmo mês, o partido ganhou 20 mil novos filiados, totalizando 81 mil membros. Os novos filiados têm em média 28 anos, reduzindo a idade média para 43.
Na campanha eleitoral, o partido também optou por priorizar questões que preocupam muitos cidadãos, especialmente os jovens, e que, em meio ao debate sobre a imigração, foram deixadas de lado por outros concorrentes: moradia e custo de vida.
Boca de Urna indica que CDU foi partido mais votado na Alemanha

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe