Skip to main content
g1

PM investiga se houve omissão de policiais no momento em que vice-prefeito de Rio Preto xinga segurança do Palmeiras

By 25 de fevereiro de 2025No Comments

Em vídeo gravado pela TV TEM, Fábio Marcondes (PL) aparece chamando funcionário de ‘lixo’ e, na sequência da confusão, é possível ouvir ‘macaco velho’. Vice-prefeito não foi advertido ou impedido de sair do estádio por policiais no domingo (23). Segurança do Palmeiras é vítima de injúria racial em Mirassol
A Polícia Militar investiga se houve omissão dos policiais que estavam presentes no momento em que o vice-prefeito de São José do Rio Preto (SP), Fábio Marcondes (PL), xinga um segurança do Palmeiras após o jogo contra o Mirassol, no domingo (23). Ele é investigado por injúria racial.
📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp
Em vídeo gravado pela TV TEM, Marcondes aparece xingando o funcionário de “lixo”. Na sequência, quando o vice-prefeito está de costas para a câmera, é possível ouvir um grito de “macaco velho”. Imediatamente, um dos seguranças rebate: “Racismo não”.
Vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), é investigado por injúria racial após xingar segurança do Palmeiras
Reprodução/TV Globo
O caso ocorreu em Mirassol (SP), no Estádio José Maria de Campos Maia, após o jogo. Na manhã de segunda-feira (24), Marcondes pediu exoneração do cargo de secretário de Obras e solicitou licença médica da função de vice-prefeito pelo período de 10 dias.
Nas imagens da confusão, é possível ver que três policiais militares estavam presentes no local. Porém, após o ocorrido, o vice-prefeito não foi advertido ou impedido de sair do estádio por eles.
Vice-prefeito de São José do Rio Preto (SP) pede licença médica e exoneração
Questionada pela reportagem, a PM disse que abriu uma investigação preliminar interna para verificar a conduta dos policiais. A avaliação será realizada com base nas evidências e, caso seja identificada falha na atuação, as medidas cabíveis serão adotadas.
Ainda na nota, a PM informou que acompanhou o segurança ofendido por Marcondes à delegacia de Mirassol para elaboração de um boletim de ocorrência por injúria racial (entenda abaixo).
Vice-prefeito Fábio Marcondes (PL) aparece xingando o funcionário do Palmeiras de ‘lixo’ em Mirassol (SP)
Reprodução/TV Globo
Em nota enviada à reportagem, Marcondes afirmou que “as imagens divulgadas representam apenas um recorte dos acontecimentos, não refletindo a totalidade dos fatos”, que a discussão teve início após ofensas dirigidas ao filho dele e que o caso ocorreu no âmbito pessoal.
Marcondes ainda confirmou que está à disposição para colaborar com os esclarecimentos às autoridades responsáveis pela investigação do caso.
Sem prisão em flagrante
Advogado criminal Nugri Bernardo de Campos, especialista em direitos humanos
Reprodução/Instagram
O advogado criminal Nugri Bernardo de Campos, especialista em direitos humanos e pós-graduado em ciências criminais, explicou que, quando um agente público não age de acordo com suas funções e condutas preestabelecidas por lei, fica sujeito a sofrer consequências e penalidades também.
“Pelo recorte do vídeo divulgado, tem-se a inércia dos policiais militares diante desse comportamento do ofensor, que é passível de investigação pelo crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal”, comenta.
Policiais Militares que estavam presentes no momento onde o vice-prefeito de Rio Preto (SP) chama o segurança do time do Palmeiras de “macaco velho”
TV TEM/Reprodução
Segundo o Código Penal, o crime de prevaricação se configura quando um funcionário público “retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício” ou se o pratica “contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
Nesse caso, a pena é de três meses a um ano de detenção e multa, uma vez que os agentes deveriam ter adotado as medidas necessárias, que, segundo o advogado, incluíam a prisão em flagrante.
Boletim de ocorrência
Segurança do Palmeiras registrou um boletim de ocorrência contra o vice-prefeito de Rio Preto (SP) na delegacia de Mirassol (SP)
Reprodução/TV Globo
Em depoimento à polícia, o segurança disse que estava na área do estacionamento onde estavam os ônibus da equipe, quando pediu que o filho do Marcondes se retirasse do local.
Conforme o segurança disse à polícia, o vice-prefeito questionou o funcionário, que rebateu dizendo que estava cumprindo a função. Diante disso, segundo ele, Marcondes começou os xingamentos. O vice-prefeito deixou o estádio em seguida.
Repúdio
Em nota, a diretoria do Palmeiras informou que não tolera qualquer forma de discriminação e tomará as providências cabíveis. Também em nota, o Mirassol manifestou repúdio ao crime.
A Prefeitura de Rio Preto também informou em nota que reafirma o compromisso inegociável com os princípios da igualdade, do respeito e da justiça. Ainda disse que repudia qualquer ato de racismo e lamenta o ocorrido.
O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), publicou que foi instaurado inquérito policial para apurar a denúncia de injúria racial: “Não podemos permitir que condutas racistas fiquem impunes em nosso estado”, escreveu nas redes sociais.
‘Preconceito de raça ou de cor’
Entenda a diferença jurídica entre os crimes de racismo e injúria racial
O boletim de ocorrência foi registrado como “Preconceitos de Raça ou de Cor – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional”.
🔎 O crime de injúria racial é previsto na lei e acontece quando alguém ofende outra pessoa “em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional”. A pena é de 2 a 5 anos de prisão.
O advogado ouvido pela reportagem também explicou que, no Brasil, desde o dia 11 de janeiro de 2023, por meio da Lei Federal nº 14.532, a injúria racial se tornou equivalente a um crime de racismo, como previsto na Lei do Racismo (7.716/1989).
Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba.
VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe