Skip to main content
g1

Professora trans denuncia transfobia após usar fantasia em escola de MS: ‘minha identidade não interfere na qualidade do meu trabalho’

By 15 de fevereiro de 2025No Comments

Educadora registrou boletim de ocorrência após ataques transfóbicos nas redes sociais. Professora trans usa fantasia de Barbie em escola e relata ataques
Vídeo de uma professora trans fantasiada em uma escola municipal de Campo Grande ganhou as redes sociais nos últimos dias e vem gerando discussões entre parlamentares da capital sul-mato-grossense. A educadora registrou boletim de ocorrência pelos ataques sofridos após o caso. (Veja vídeo acima)
Nas imagens, a professora Emy Mateus Santos, de 25 anos, recebe seus alunos no primeiro dia de aula usando uma fantasia da personagem Barbie. Ao g1, a educadora disse que a atividade é uma dinâmica considerada comum entre os professores no início do ano letivo e decorreu de um pedido feito pela coordenação da escola para acolher os alunos no primeiro dia de aula.
“Quando iniciou o ano letivo tivemos uma semana pedagógica e a coordenadora pedagógica perguntou se eu e outra professora poderíamos ir fantasiadas para receber os alunos no 1º dia letivo. Como eu acredito no trabalho lúdico para trazer mais conexão com as crianças, despertar o interesse pelos estudos, falei que poderia ir sim, até emprestei uma tiara para outra professora”, relata Emy.
Ainda segundo a professora, a atividade não fazia parte da sua aula principal. Emy leciona teatro e dança na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi. “A minha aula não tinha nenhuma relação com a fantasia, eu ministrei a aula conforme o meu plano de aula, que passou pela coordenação”, disse.
Após os ataques sofridos, Emy registrou boletim de ocorrência por transfobia. O caso transcorre em sigilo de Justiça.
Professora afirma ser vítima de ataques transfóbicos nas redes sociais
Redes sociais
Manifestação de parlamentares
O vereador André Salineiro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que aguarda resposta e providências da secretaria municipal de educação. “A escola é um local para a criança aprender aquilo que é importante para o seu desenvolvimento, e não para virar palco para os que insistem em chamar de ‘arte’, escreveu.
Em outra publicação, feita pelo também vereador Rafael Tavares (PL), o parlamentar escreve que é preciso ‘proteger as crianças’.
Em defesa da professora, o vereador Jean Ferreira publicou nota de repúdio a comentários feitos contra Emy. No texto, Jean conclui que houve transfobia e cita manipulação política. “O que nós assistimos hoje é repugnante. Um episódio de transfobia sendo utilizado como ferramenta de manipulação política da extrema direita”, escreveu o vereador.
O assunto também pautou discussões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O deputado João Henrique Catan (PL) se referiu à professora trans no masculino, afirmando que ela estaria “fantasiado de travesti”.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) avaliou o comentário feito pelo colega parlamentar como sendo um “discurso enviesado, inadequado, que expõs a professora e artista Emy Santos.
O que diz a Semed?
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) disse estar ciente do ocorrido e destacou que o uso de fantasias e caracterizações é um recurso pedagógico adotado por professores. Confira a íntegra da nota enviada pela Semed:
“A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed) informa que está ciente da situação mencionada. Em tempo, é importante destacar que diversos professores adotam o uso de fantasias e caracterizações como recurso pedagógico, buscando tornar o processo de ensino mais lúdico, dinâmico e envolvente para as crianças, desde que vinculado ao plano de ensino e currículo.
Além disso, a Secretaria Municipal de Educação esclarece que, após os levantamentos, abrirá procedimento administrativo para maiores averiguações, com o objetivo de garantir a transparência e a correção dos fatos, se desacordo com as diretrizes curriculares e normas disciplinares”.
Mudança de nome
A professora Emy Mateus Santos é formada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e durante a graduação deu início ao trâmite de mudança de nome.
“Ser professora é uma conquista muito grande, retificar o meu nome foi um passo importante para ter respeito como profissional e o estudo foi essencial no meu processo de amadurecimento enquanto uma travesti negra. A minha identidade de gênero não interfere na qualidade do meu trabalho, estamos falando como se a minha identidade interferisse no meu trabalho. Foi crime de transfobia, a minha documentação está toda certa. A escola respeita o meu gênero como mulher trans”, conclui.
Veja Vídeos de Mato Grosso do Sul:

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe