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Projeto Crescer prepara jovens para o mercado de trabalho e impulsiona o empreendedorismo local

By 19 de fevereiro de 2025No Comments

Os 40 integrantes da oficina de “Design de Corte, Costura e Criações” participam de aulas teóricas e práticas, desenvolvendo a criação de roupas em geral Os integrantes trabalham com a confecção, restauração de roupas, vestuário, artesanato, criação de peças decorativas e outros.
PMBV.
Moda envolve tudo, desde uma peça de vestuário até como podemos enxergar o mundo. Linhas, tecidos, agulhas e oportunidades são alguns dos instrumentos da oficina de “Design de Corte, Costura e Criações” do Projeto Crescer. É um dos espaços ofertados pela Prefeitura de Boa Vista onde os 40 integrantes podem se expressar de forma artística e explorar a criatividade ao máximo.
Divididos entre aulas teóricas e práticas, os jovens aprendem desde o básico, como a costura à mão, dar ponto e usar agulhas. Até o avançado, momento que as máquinas são usadas e a modelagem é praticada. Na oficina os integrantes trabalham com a confecção, restauração de roupas, vestuário, artesanato, criação de peças de decoração e a exploração do lado empreendedor. Na comercialização, eles recebem 20% do lucro, repassado pela Cooperativa do Crescer, garantindo renda extra.
No “Design de Corte, Costura e Criações” os jovens saem qualificados para seguir uma carreira mercado da moda e com a garantia de um futuro melhor. Trabalhando há quase uma década, a instrutora da oficina, Maria Gorete Cantanhede, sabe muito bem dessa realidade.
“Passando por aqui eles se tornam aptos a trabalhar na área. Vão estagiar em empresas e muitos conseguem até ser contratados. Nós temos alunos hoje que trabalham em ateliês. Eles estão com a vida profissional superlegal. Tanto a oficina quanto o Crescer, são ações muito importantes na vida dos integrantes. Pois ocorre uma transformação em seu comportamento e aprendizagem como cidadão”, disse a instrutora.
Emily Denise não sabia costurar, mas entrou na oficina motivada pela vontade de aprender a consertar as próprias roupas.
PMBV.
A sensação de realização é coletiva
Emily Denise, de 16 anos, conta que não sabia nada de costura, mas sempre teve o interesse de aprender por desejar consertar as próprias roupas. Já há um ano participando do Crescer, agora ela já pode. Se encontrando hoje no artesanato, ela se sentiu radiante com sua primeira venda.
“A peça que vendi foi uma almofada. Achei que não ia conseguir, porque foi o primeiro item que fiz. Não teve teste, então fiquei insegura. Então, com a venda fiquei bastante feliz e realizada. Além disso, eu ganhei meu dinheirinho”, finalizou a integrante.
Andreza Vitória também está há um ano como uma das integrantes do projeto. Antes da oficina, só sabia costurar à mão e hoje conta com a experiência de manusear as máquinas e confeccionar. A jovem de 16 anos se sente realizada com os aprendizados adquiridos no Crescer e almeja trabalhar com a moda ao abrir o seu próprio ateliê.
“Gosto muito de roupa e moda. Sempre quis aprender a costurar e no Crescer tenho essa oportunidade. Agora eu desejo cursar uma faculdade de moda e trabalhar na área. Tenho muita vontade de ter um ateliê e criar roupas que eu mesma vou pensar e costurar”, disse.
No projeto, Andreza Vitória despertou o sonho de abrir seu próprio ateliê.
PMBV.
Projeto Crescer transforma vidas
Uma prova de que Andreza pode realizar o seu sonho é a história da ex-integrante da oficina, Rafaela Almeida. Ela ingressou no Projeto Crescer com 16 anos interessada principalmente pela costura por ter crescido no meio de linhas, agulhas e tecidos da sua avó, uma costureira. A oficina foi uma chance de mergulhar de vez no mundo da moda.
“A minha avó já costurava, então eu cresci nesse meio. A costura fazia parte da família. Então, quando eu soube que o Crescer oferecia essa oficina, me incentivou ainda mais a entrar no projeto”, disse.
A jovem começou como todos os outros, produzindo peças mais básicas até chegar na parte do vestuário. Quando vendeu a sua primeira criação, Rafaela ficou alegre. “Minha primeira peça vendida foi um estojo escolar. Quando eu soube da venda e procura fiquei tão feliz. Eu pensei: ‘Nossa! Eu vendi uma coisa que foi feita por mim’. Depois, com o tempo, fui me aperfeiçoando e acabei produzindo alguns vestidos para algumas mulheres lá do projeto”, completou a jovem.
A ex-integrante, Rafaela Almeida, hoje trabalha com confecção de roupas e agradece o projeto pelos anos de aprendizado.
PMBV
Com um sonho de costurar maior que tudo, Rafaela sempre buscou aprimorar os conhecimentos aprendidos no Crescer, participando de cursos impulsionada pela rede de ajuda das instrutoras da oficina, como Maria Gorete. Contudo, ela viu a necessidade de dar um passo além e comprar uma máquina de costura. A ex-integrante tomou uma decisão muito difícil: vender seu cabelo para conquistar a sua tão sonhada máquina. Hoje, o sentimento de felicidade prevalece ao garantir a sua renda extra, costurando e criando roupas em casa.
Segundos passos da sua avó, ela ingressou de vez no mercado de trabalho. Em 2024, com 19 anos, com o conhecimento adquirido no Crescer, ingressou numa empresa de confecções, atuando na área de costura. No mesmo ano, Rafaela deixou o projeto, o que não foi nada fácil para a jovem.
“Quando eu soube que tinha sido aceita no emprego fiquei muito feliz. Porque tudo que aprendi dentro do Crescer me serviu bastante para conseguir o meu trabalho. Mas sabia que eu sentiria falta do projeto, porque foi onde que eu construí uma história”, completou Rafaela.
Atualmente com 20 anos, ela continua com os seus trabalhos de costura e confecção de roupas na loja e em casa. Ela se sente muito agradecida pelo conhecimento e pela ajuda em achar a sua vocação. “Sou muito grata pelo Crescer. Por tudo o que aprendi e por ter me dado uma oportunidade de um futuro na moda”, finalizou Rafaela.
PROJETO CRESCER – Administrado pela Secretaria Municipal de Gestão Social (SEMGES), o Crescer conta atualmente com 256 integrantes, entre 15 a 21 anos. Todos recebem uma bolsa de R$ 230 mensal, vale-alimentação e vale-transporte, além de outros benefícios. Por meio do projeto, os jovens têm a oportunidade de seguir caminhos promissores.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe