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Superdotados: quando a genialidade se torna um desafio para as famílias?

By 26 de fevereiro de 2025No Comments

A Organização Mundial de Saúde estima que o Brasil tenha quatro milhões de superdotados. Edição de 25/02/2025
No Brasil, a Organização Mundial de Saúde estima que existem cerca de 4 milhões de superdotados. O Profissão Repórter desta terça-feira (25) mergulhou neste mundo e mostrou os desafios que este cenário traz para as famílias. Saiba mais abaixo.
“Eles nascem com uma forma diferente de ver o mundo, de receber os estímulos e processar as informações”, destaca a neuropsicopedagoga clínica, Olzeni Ribeiro.
‘Foi um impacto’
‘Foi um impacto’, diz vó sobre diagnóstico de altas habilidades do neto
Aos 8 anos, Emanoel Raonny já escreve seus primeiros poemas.
“Foi um impacto. Pensamos como é que a gente vai lidar com isso?”, diz a avó de Emanoel Raoony, Eunice Chê.
Emanoel frequenta uma escola pública bilingue há três anos, mas sua inquietação durantes as aulas, chamou atenção dos professores.
“Ele é um aluno atípico, porque ele é um aluno com altas habilidades, então, muitas atividades ele termina mais rápido e algumas atividades, às vezes, ele perde o interesse porque para ele ficou fácil de mais”, comenta o professor de inglês, Rafael Magalhães.
“O processo de atenção dos superdotados é muito difuso. Então, se essas crianças estão na escola, o conteúdo começa a ficar repetitivo, a primeira coisa que você faz é perder aquele aluno porque ele se dispersa totalmente”, explica a neuropsicopedagoga clínica, Olzeni Ribeiro.
Profissão Repórter conhece Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação em São Luís (MA)
O menino foi encaminhado ao NAAHS (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação), em São Luís (MA), onde recebe acompanhamento especializado.
” A ausência de identificação, isso pode provocar um trauma tão grande em relação a ele começar a esconder o seu próprio conhecimento, pode gerar um início de um processo de depressão e isso mais na frente, acaba refletindo até para a própria sociedade, porque vão ser pessoas, profissionais, que não vão conseguir utilizar o seu conhecimento de uma forma boa para a sociedade”, destaca o coordenadora geral do NAAH/S, Fabiano Tarja.
Emanoel Raonny
Reprodução/TV Globo
‘Aos 13 anos, eu não conseguia mais sair na rua’
‘Aos 13 anos, eu não conseguia mais sair na rua’: os desafios da superdotação
Matheus Carvalho, de 22 anos, cursa engenharia mecânica e usa a tecnologia para criar modelos em impressora 3D. Mas o caminho até aqui não foi fácil.
“Aos 13 anos, eu não conseguia mais sair na rua, eu comecei a ter crises de pânico muito fortes na sala de aula”, relata.
Matheus desenvolveu o quadro de depressão profunda e se afastou da escola. Ele passou por vários especialistas que apontaram diagnósticos de diferentes transtornos.
“Sempre dando diagnósticos que, em determinado momento, faziam paralelo com a superdotação, mas não eram a mesma coisa. Eu tive diagnóstico fechado para TDAH, a TEA teve uma consideração para ser e fecharam TDO, também tentaram fechar bipolaridade e TOC, transtorno compulsivo obsessivo”, conta.
Segundo especialistas, a superdotação pode ser confundida com outros transtornos, dificultando o diagnóstico correto.
“A identificação é muito complexa, porque a superdotação se confunde muitos as características e comportamentos com os sintomas de transtornos, então, a identificação precisa passar por um processo profundo, que nesse processo, a base dele é a história de vida dessa criança ou desse adulto ou desse adolescente. Por isso que hoje no Brasil, nós temos a subnotificação em torno de 38 mil, enquanto, pela OMS, no mínimo, a gente deveria ter 4 milhões, isso dentro do sistema de ensino”, afirma a neuropsicopedagoga clínica, Olzeni Ribeiro.
Para Matheus, o apoio da família foi essencial para sua recuperação.
“Eu fui lentamente me recompondo, fui me colocando no lugar, sem saber da superdotação. E consegui com muita ajuda deles retornar à escola”, diz o jovem.
Matheus Carvalho, de 22 anos, cursa engenharia mecânica e usa a tecnologia para criar modelos em impressora 3D.
Reprodução/TV Globo
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe