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TCDF investiga o aumento de 535% no tempo de espera de cirurgias

By 25 de fevereiro de 2025No Comments

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) investiga o aumento de 535% no tempo médio de espera para cirurgias eletivas na rede pública.

Segundo pesquisa no Mapa Social do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), em 2019, a demora na fila era de 39,96 dias. Em 2025, pacientes passaram a aguardar 254,12 dias.

Veja:

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Material cedido ao Metrópoles

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Material cedido ao Metrópoles

Em 2019, houve o agendamento de 8.314 cirurgias, sendo que 4.421 foram realizadas (taxa de atendimento de 53,2%). No cálculo parcial de 2025, entre 6.382 agendamentos, foram realizados somente 156 procedimentos eletivos. O percentual de atendimento ficou em 2,4%, aponta o Mapa Social do MPDFT. A Secretaria de Saúde contesta dos números apresentados (leia abaixo).

O aumento da demora contrasta com as medidas adotadas pela secretaria. O TCDF vai analisar os impactos da contratação emergencial de 150 anestesistas por empresas privadas, em junho de 2024. O procedimento sem licitação tinha a meta de realizar 25.993 procedimentos anestésicos até maio de 2025, ao custo de R$ 14,1 milhões.

No entanto, de acordo com um análise da execução dos contratos, apenas 46 médicos foram efetivamente contratados, sendo que dois deles nem sequer possuíam registro no Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), o que comprometeu a realização dos procedimentos planejados.

Fila

A denúncia foi apresentada ao TCDF pelo Sindicato dos Médicos do DF e pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT). “Os procedimentos caíram de 22.703 em 2023 para 21.214 em 2024, enquanto a fila de espera segue com mais de 37 mil pacientes aguardando cirurgia. Desses, há 1.388 que aguardam há mais de cinco anos e continuam sem previsão de atendimento”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, a crise não é consequência de falta de recursos. “A Secretaria de Saúde recebeu R$ 30 milhões entre 2023 e 2025 para a redução das filas, além de um repasse adicional de R$ 138,7 milhões em 2024, que não foram aplicados e ficaram parados em conta bancária do GDF”, explicou.

Em junho de 2024, o número de pacientes aguardando cirurgia era de 41.759. Sete meses depois, 37.082 pacientes ainda na fila, sendo que 1.388 aguardam há mais de cinco anos para um procedimento. Além disso, houve registros de cirurgias agendadas canceladas por ausência dos profissionais contratados.

Investigação em curso

A crise das cirurgias eletivas é objeto de investigação do TCDF desde 2018. A nova denúncia foi juntada ao processo em curso.

O último monitoramento da Corte de Contas, realizado em 2023, ainda não foi apreciado pelo plenário. Mas o levantamento de 2022 apontava falhas graves.

Saiba a lista de problemas:

  • Insuficiência e a intempestividade no atendimento aos pacientes;
  • Incipiente sistema de monitoramento e acompanhamento dos serviços cirúrgicos por parte da Secretaria de Saúde;
  • Grande quantidade de equipamentos obsoletos e inoperantes e;
  • Déficit da ordem de 70% a 100% para algumas máquinas

O TCDF também apontou a necessidade de detalhamento adequado dos Programas de Controle de Infecção Hospitalar e de melhorias do Protocolo para Cirurgia Segura nas unidades de atendimento.

A Corte determinou medidas para sanar as falhas e aperfeiçoar o serviço prestado aos pacientes.

Outro lado

A Secretaria de Saúde rebateu os números apresentados pelo levantamento e alegou que houve aumento na realização de cirurgias eletivas na comparação entre 2023 e 2024.

Considerando as unidades de saúde da rede e credenciados, a pasta alegou que fez 36.492 cirurgias eletivas em 2023, sendo 17.879 na internação e 18.613 ambulatoriais.

Entre janeiro e novembro de 2024, pois os dados de dezembro não estão consolidados, foram 39.089, sendo 18.367 na internação e 20.722  ambulatoriais.

“No painel do Mapa Social do MPDFT, quando uma cirurgia é agendada (autorizada) pela Central de Regulação, cabe ao hospital indicado no agendamento, organizar e realizar o procedimento de acordo com a disponibilidade da sala cirúrgica da unidade. Ou seja, o agendamento constante no Mapa Social não significa que a cirurgia já esteja marcada. Portanto, nem todas as cirurgias agendadas foram executadas”, argumentou a pasta

Segundo a secretaria, também existem casos de procedimentos que não se encontram no mapa do MPDFT porque não são regulados, como algumas cirurgias de espinha bífida ou de lábios leporinos. Esses procedimentos são contabilizados nos dados da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde.

A pasta argumentou que os dados mais precisos estão no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), no painel de cirurgias, acessado por meio do Centro de Inteligência Estratégica para Gestão (Ciegs). As informações estão consolidadas nos relatórios anuais de gestão (RAGs).

“É importante entender que o Mapa Social, por exemplo, não reflete toda a produção da secretaria, já que não inclui alguns procedimentos não regulados e outros que não dependem de anestesistas e contratos específicos”, justificou.

Questionada a respeito dos anestesistas, a pasta informou que possui 239 médicos especialistas do tipo como força de trabalho ativa e todos são estatutários.

Sobre o contrato emergencial de reforço, a secretaria argumentou que investiu R$ 20 milhões na contratação de 25.993 procedimentos de anestesia em cirurgias eletivas, que tiveram início em 17 de junho de 2024. O objetivo é a realização dos procedimentos de anestesiologia da lista de espera. O contrato segue em vigência.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe