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Tecnologia no campo: aplicativo faz foto e classifica cafés pela qualidade dos grãos

By 23 de fevereiro de 2025No Comments

Aplicativo foi desenvolvido por professor e estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e foca na produção dos cafés arábica e conilon. Café arábica
Reprodução/TV Gazeta
Agricultores utilizam, cada vez mais, a tecnologia para ajudar o trabalho no campo. Com robôs e Inteligência Artificial, os manejos, muitas vezes, conseguem ser feitos de forma mais rápida e prática, agregando valor para a produção.
Pensando nisso, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) possui grupos formados por alunos e professores que criam aplicativos visando auxiliar e facilitar a vida do produtor. Um deles é um equipamento que tira fotos e faz a classificação dos grãos de café pela qualidade deles.
Com os resultados, os produtores podem direcionar o manejo na lavoura, fazer a colheita direcionada e investir em pós-colheita, como na produção de frutos especiais.
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O aplicativo está em desenvolvimento pelo professor de Engenharia Rural da Ufes, Samuel de Assis Silva, e mais dois alunos do programa de pós-graduação em Agronomia da universidade.
Samuel explicou que a ideia surgiu há quatro anos enquanto ela fazia o doutorado. O professor percebeu a necessidade de o produtor saber o ponto certo da colheita de grãos e, além disso, pudesse direcionar como seria o pós-colheita, aproveitando os diferentes lotes de cafés que ele produz.
“Começou na época do meu doutorado. Havia um consumo de água muito grande para fazer a lavagem e a separação de café, e até mesmo consumo de energia era grande. Se ele tiver que fazer toda a produção, às vezes, inviabiliza. Se ele conseguir identificar previamente quais serão os lotes que passarão por esse processo para fazer uma colheita mais refinada, além de ter um custo menor de produção ele vai ter um direcionamento melhor. Ele não corre o risco de ter um prejuízo e nem de misturar lotes de qualidades distintas”, explicou o professor.
A partir disso, alguns testes foram desenvolvidos em safras sucessivas. Depois, o professor e os alunos começaram a montar o protótipo.
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Protótipo de madeira desenvolvido por alunos e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) mostra como o processo de separação da qualidade do café será feito
Acervo pessoal
Como o estado é o maior produtor do país de café conilon e o terceiro maior de café arábica, o equipamento vai focar nessas duas variedades da cultura cafeeira.
Como funciona
O equipamento associa imagens digitais e usa a Inteligência Artificial (IA) para prever a qualidade sensorial de cafés arábica e conilon. Uma câmera instalada vai ajudar na seleção. A princípio, o computador realiza as ações e já faz o detalhamento para o produtor.
O aplicativo funciona da seguinte forma:
📦 Os frutos cereja são inseridos em uma câmara;
💡 Um conjunto controlado de iluminação e um sensor ótico realiza as imagens;
🖥️ O protótipo é conectado a um sistema computacional que processa as imagens para extração da informação espectral dos frutos;
🧠 Depois, é submetida a um modelo de inteligência artificial para predição da qualidade sensorial dos frutos;
🔟 A qualidade é determinada a partir da nota global, apontando o potencial qualitativo dos frutos.
Na prática, com o aparelho, o produtor coloca os grãos. A IA que existe no equipamento (que já foi abastecido com informações prévias também) faz a avaliação pelo aspecto da fruta, como notas sensoriais.
Na mesmo hora o produtor tem acesso ao resultado, que vai mostrar qual é a classificação pela qualidade dos grãos. Assim, o produtor vai saber como estão os frutos e direcionar manejos e colheitas diferenciadas, por exemplo.
Samuel apontou que foram realizados vários testes que provaram a utilidade da máquina.
“Em análises de uma centena de amostras de cafés, o erro do sistema foi equivalente ao de provadores humanos treinados e certificados para a prova de xícara. O diferencial do sistema é que a nota é estimada a partir dos frutos cereja, que são os recém-colhidos na lavoura, enquanto no modelo convencional, a prova de xícara é realizada a partir da bebida obtida após os grãos serem beneficiados, torrados e moídos”, disse o professor.
Frutos cereja de café arábica e conilon são inseridos em máquina desenvolvida no Espírito Santo que consegue prever a qualidade sensorial
Reprodução
Com o aplicativo, o agricultor conseguiria identificar de forma mais rápida a qualidade do café.
“O grande potencial da ferramenta está na possibilidade de predizer a qualidade do café antes de todas as etapas de pós-colheita. Isto permite ao agricultor direcionar os lotes com maior potencial qualitativo para a obtenção de cafés especiais, envolvendo processos de pós-colheita mais criteriosos e que, consequentemente, consomem mais energia, investimento de tempo e recurso”.
No caso daqueles cafés classificados pelo sistema como de menor potencial qualitativo, o direcionamento pode ser para processos pós-colheita menos criteriosos, visando à obtenção de cafés que serão comercializados como commodities.
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Por enquanto, o aplicativo tem apenas um protótipo de madeira e ainda não tem previsão de funcionamento. Porém, de acordo com o professor, os testes estão avançados e eles estão buscando a universidade para registrar a patente.
“O que nós temos hoje é um protótipo para computador, mas a ideia é evoluir para que o produtor possa receber a informação no celular. A ideia é que o próprio equipamento já enviasse todas as informações para o aplicativo”, comentou.
Inteligência Artificial no campo
A Inteligência Artificial é uma das tendências no mundo da tecnologia e possibilidades já estão sendo pensadas para que a IA possa ser utilizada também no campo, para ajudar os agricultores.
Mas alguns especialistas da área apontam que os produtores precisam se modernizar e criar mais dados para que as ferramentas tecnológicas possam ser utilizadas da melhor forma.
Produtores no Espírito Santo precisam colocar sensores nos campos para poder gerar mais dados para a utilização da Inteligência Artificial
Reprodução/TV Gazeta
A ideia, defendem especialistas, é que os produtores usem cada vez mais equipamentos conectados em todas as fases produtivas. Assim, a IA vai sendo “alimentada” com informações.
A partir daí, a tecnologia passa a ter um banco de dados, que é usado para “pensar” e propor quais são as melhores técnicas e alternativas para a produção.
“A Inteligência Artificial é aquela capacidade que a máquina tem de simular o raciocínio humano. Precisa ensinar a máquina determinados padrões, e a partir do que ela aprende, ela consegue sozinha associar, classificar, identificar ou até mesmo prever um determinado resultado”, explicou o professor de Engenharia Rural da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Samuel de Assis Silva.
Mas para poder utilizar a IA da forma correta, algumas barreiras precisam ser quebradas. O CEO de uma startup desse ramo de negócio, Carlos Ribeiro, destacou que uma delas é a necessidade da criação de dados.
“Com certeza uma das maiores dificuldades é a disponibilidade de dados. Hoje, já existem muitos dados, mas esse dado tem que vir de uma forma com alta qualidade. Então, o produtor precisa se digitalizar, colocar sensores no campo, ter todos os processos muito bem mapeados. Uma vez que ele mapeou esse processo, isso gera um banco de dados e esse banco de dados vai fazer o treinamento da inteligência artificial. Todos os lugares onde a gente tem feito esse processo de inteligência, os produtores já estão há muitos anos com essa qualidade de trazer os dados de uma forma muito bem feita e com histórico”, relatou Carlos.
O CEO apontou que a tecnologia está chegando cada vez mais forte no campo e com menos custo para o produtor, o que acaba estimulando os agricultores a buscarem a inovação de forma mais rápida.
“Com menos custo, vai ser muito fácil para ele coletar esses dados. Então, os próximos anos eu acho que a gente vai viver uma era de digitalização muito importante. Mais dados, com mais qualidade, e isso vai permitir que a inteligência artificial seja aplicada de forma mais prática para o dia a dia dele”, contou.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe