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Quem foi Hildegarda? Santa se dedicou aos estudos de plantas medicinais, vida saudável e espiritualidade

By 25 de outubro de 2024No Comments

Freira beneditina contribuiu com a ciência ao descrever funções de 485 plantas diferentes. Ensinamentos são aplicados atualmente para uma rotina equilibrada. Santa Hildegarda de Bingen foi uma primeiras a explorar a medicina natural no Ocidente medieval
Redes sociais / Reprodução
Nascida em 1098 no castelo de Böckelheim, na região do Reno, Santa Hildegarda de Bingen foi uma visionária à frente de seu tempo e uma das primeiras a explorar a medicina natural no Ocidente medieval. Freira beneditina, filósofa e mística, ela combinou ciência e espiritualidade ao registrar propriedades medicinais de plantas, práticas de alimentação saudável e cuidados com o corpo e a alma. Suas obras não apenas moldaram o pensamento medicinal da época, mas continuam a inspirar práticas de cura natural e bem-estar até os dias de hoje.
Um exemplo disso é a Dra. Maine Fernandes Oliveira, nutricionista, naturóloga e especialista em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Em 2012, durante seus estudos sobre os precursores da terapia floral, ela foi apresentada aos ensinamentos de Hildegarda de Bingen. A Santa destacou-se pelo seu interesse nas propriedades terapêuticas do orvalho, oferecendo uma visão energética sobre o reino vegetal e seu impacto na saúde.
Para Maine, os ensinamentos de Hildegarda estão alinhados com seu princípio fundamental de que uma boa saúde física depende da harmonia entre os corpos emocional, mental e espiritual.
Pé de alecrim
Marcelo Moraes/EPTV
Atualmente, a nutricionista orienta seus pacientes com base em alguns conhecimentos de Santa Hildegarda. Segundo ela, os cinco pilares da medicina são: nutrir a alma, cuidar da qualidade dos alimentos, viver de forma equilibrada, fortalecer a imunidade e realizar desintoxicações regulares.
Maine explica que, de acordo com os princípios da Santa, quem mantém equilíbrio no que come e bebe terá sangue de boa qualidade e um corpo saudável. Ela ainda ressalta que a digestão não começa na boca, com a mastigação, mas sim na cozinha, ao temperar e cozinhar os alimentos com cuidado e atenção aos condimentos.
“Procuro no dia a dia compartilhar com meus interagentes a importância de se fazer escolhas certas sobre aquilo que é o melhor para nosso corpo e nossa alma, para em seguida, usufruir desta escolha com uma justa moderação, ou seja, nem muito, nem pouco, mas somente o que convém. Isso vale tanto para nossa alimentação como para nossa vida”, pontua.
Pioneirismo na medicina natural
Hildegarda de Bingen descreveu as funções de 485 plantas diferentes.
montsec / iNaturalist
Hildegarda de Bingen descreveu as funções de 485 plantas e conseguiu misturar o mundo espiritual, a prece e a medicina de maneira única para seu tempo. Algumas das principais plantas indicadas por ela e que hoje em dia Maine recomenda aos pacientes são: funcho, feno grego, verbena, lavanda e salvia.
Outro ponto que ela aborda em seus ensinamentos é a importância de uma rotina matinal para reduzir inflamações. Ao despertar, recomenda expor-se à luz solar abrindo a janela e respirando profundamente, o que ajuda a regular o ciclo hormonal. Também sugere olhar para áreas verdes, como forma de abrir os olhos e a mente. Em seguida, orações e agradecimentos são recomendados, pois a gratidão, segundo ela, nos coloca no fluxo da abundância.
Praticar exercícios é indicado para ativar a energia interior, assim como ingerir uma colher de chá de funcho, que ajuda na digestão e combate odores desagradáveis. Além disso, começar o dia com alimentos quentes é visto como essencial para o bem-estar.
Homem e natureza
Ornitólogo Luciano Lima é clicado enquanto observa aves
Eduardo Lacerda/ TG
“O holismo é uma maneira de ver o mundo, o homem e a vida em si como entidades únicas, completas e intimamente associadas. Unir o homem ao Universo (natureza) onde está inserido, visa a integração dos seus aspectos físicos, emocionais e mentais para a promoção, prevenção e manutenção de saúde”, revela a nutricionista.
De acordo com Maine, em um mundo caracterizado pela busca de um sentido existencial mais profundo, onde os valores mais simples são restaurados, cresce a necessidade de reaproximação com a natureza.
Além disso, a profissional explica que a maior dificuldade com os pacientes é fazê-los compreender que são corresponsáveis por sua própria melhora.
Religiosidade e ciência
De acordo com o Padre Antônio Alves, da Paróquia São Marcos em Campinas (SP), Santa Hildegarda é reconhecida na igreja como uma das primeiras santas da história, em um período em que era incomum para as mulheres terem acesso aos estudos e à pesquisa.
Ele ainda afirma que Hildegarda contribui não somente para a Igreja Católica, mas também para o desenvolvimento da sociedade e das ciências. “É algo gratificante para nós”.
“Desde criança, Santa Hildegarda demonstrava uma admiração extraordinária e sobrenatural pela natureza, pelas plantas e pelas flores. Ela tinha um olhar especial para o mundo natural, e foi assim que começou a catalogar as plantas. Hoje, é reconhecida como doutora da Igreja, em grande parte devido à sua significativa contribuição para a evangelização”, explica o Padre Antônio.
Sálvia-azul 02
Mário Gomes
Segundo o Padre Antônio, a Igreja Católica sempre considera qualquer inspiração ou qualidade especial nas pessoas como um dom divino. Assim, a capacidade de Santa Hildegarda em identificar e compreender as propriedades das plantas é vista como um presente de Deus.
“Fé e ciência não são duas coisas inseparáveis ou contrárias, elas podem e devem caminhar juntas. Eu diria que a Santa Hildegrada vai nos apresentar justamente isso, no seu modo de ver e lidar com as coisas: Deus, que através da fé, inspira, e essa sabedoria divina pode ajudar no progresso da ciência, medicina, indústria farmacêutica e claro, na fé”, finaliza.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe