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‘Não é sentença de morte’, diz influenciador digital baiano diagnosticado com HIV há quatro anos

By 1 de dezembro de 2024No Comments

Dia de Combate à Aids, celebrado neste domingo (1°), destaca importância da conscientização sobre a doença, prevenção e acesso a tratamentos. Influenciador digital baiano descobriu que é infectado com HIV há quatro anos
O Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado neste domingo (1°), é uma data de reflexão e mobilização global no enfrentamento contra o HIV. O dia destaca a importância da conscientização sobre a doença, prevenção e acesso a tratamentos.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) invade e enfraquece o sistema imunológico, que protege o corpo contra doenças. O vírus atinge principalmente os chamados linfócitos T CD4+. Ele modifica o DNA dessas células e se replica.
Após se multiplicar, o HIV destrói os linfócitos e continua a infecção em novas células. Por isso, caso não haja tratamento, ele pode causar a Aids (termo para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, em inglês).
Já pessoas que vivem com HIV/Aids que não estão em tratamento ou possuem carga viral detectável podem transmitir o vírus a outras pessoas.
O influenciador digital baiano Eduardo Santos, de 33 anos, relatou ao g1 que foi diagnosticado com HIV há quatro anos, durante uma testagem rápida, no carnaval de Salvador.
“Fui com uma amiga comer acarajé e a gente entrou em um posto. Ela insistiu para a gente fazer e testei positivo. No momento, eu era uma pessoa leiga e foi um baque muito grande. Achei que era uma sentença de morte, que nem na década de 80, mas não é”, contou.
Eduardo disse que, assim que soube do diagnóstico, reuniu os familiares, contou para todos e foi acolhido. Os amigos dele demoraram um pouco para entender o que estava acontecendo, mas teve abertura para explicar e hoje recebe apoio deles.
Eduardo Santos descobriu que é infectado com HIV há quatro anos
Reprodução/Redes Sociais
O baiano também falou que, atualmente, não sente dificuldades para se relacionar sexualmente com outras pessoas, mas já sofreu preconceito e “olhares atravessados”.
“Para mim é muito tranquilo, mas até hoje ainda sofro sorofobia e esse preconceito velado. Já aconteceu várias vezes de eu estar em alguma balada e falarem que não iriam ficar comigo porque eu tenho HIV”.
O influenciador digital contou que vive bem com o vírus e “se sente melhor do que uma pessoa que não é infectada pelo HIV”. “Eu faço o tratamento e consigo viver saudável. Com a evolução do SUS e da medicina, conseguimos viver mais leve e de uma forma que não seja uma sentença de morte”.
“Eu sempre digo que o que mais mata no Brasil não é o HIV, mas, sim, a desinformação. Se tiverem campanhas, que elas possam chegar para agregar. Todos que convivemos com o vírus não devemos desistir do tratamento. O importante é viver saudável e seguir nosso caminho”, afirmou.
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Eduardo ainda falou sobre o uso da Profilaxia Pré-Exposição, também conhecida pela sigla PrEP. O medicamento, acessível no Sistema Único de Saúde (SUS), é capaz de preparar o organismo para enfrentar um possível contato com o vírus e impedir que ele infecte o corpo.
Para ele, a prevenção do medicamento com o uso do preservativo é uma “combinação de sucesso” para evitar a infecção de HIV através de relação sexual.
“Eu deixo sempre muitos relatos para seguidores meus e amigos que fazem sexo desprotegido para usar o PrEP. Sempre incentivo que use o medicamento, mas também use caminha e faça a proteção combinada”, finalizou.
Influenciador digital baiano Eduardo Santos
Reprodução/Redes Sociais
Dados da Bahia
Na Bahia, entre os anos de 2014 e 2023, foram notificados 24.835 casos de HIV e 11.774 casos de Aids, segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O estado tem registrado um aumento na taxa de detecção de HIV, o que indica uma ampliação da procura por exames e o diagnóstico precoce da infecção.
Ao mesmo tempo, observa-se uma queda nas notificações de Aids, o que pode ser um reflexo das políticas públicas que garantem o tratamento contínuo para todas as pessoas que vivem com HIV, além de testes rápidos disponíveis em unidades de saúde da Atenção Básica.
Entretanto, a pandemia de COVID-19, que afetou a realização de exames e o acesso a serviços de saúde, gerou uma queda nas notificações de casos em 2020. Desde 2021, o número de notificações voltou a crescer, o que demonstra a retomada das atividades de prevenção e diagnóstico.
Segundo a Sesab, há a predominância do sexo biológico masculino nos casos de infecção pelo HIV e Aids no estado. Os dados também indicam que a maior concentração dos casos de HIV na Bahia, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2023, ocorreu no grupo etário com idade entre 20 a 34 anos.
Já nos casos de Aids, foi analisado que a faixa etária de 35 a 49 anos é a mais atingida, já que, conforme a pasta, o diagnóstico acontece no processo da doença.
Em relação à raça/cor, foi realizada uma análise dos últimos 10 anos, de 2014 a 2023, agrupando os casos de infecção pelo HIV e Aids. A distribuição mostra aproximadamente:
52,2% dos casos em pessoas pardas, representando mais da metade das ocorrências;
23,5% dos casos em pessoas pretas;
9,7% dos casos em brancas, sendo que 13,5% das notificações expressam pessoas diagnosticadas com HIV/Aids que não foram classificadas quanto a variável raça/cor.
De acordo com Eleuzina Falcão, coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Sesab, os medicamentos para controlar o HIV são os antirretrovirais (ARV), que utilizados corretamente evitam o desenvolvimento da Aids.
“O diagnóstico precoce caracteriza o tratamento oportuno, o que impede o avanço da doença, permitindo melhor qualidade de vida e aumento da longevidade às pessoas que vivem com o HIV. Pessoas vivendo com HIV/Aids em tratamento com antirretroviral e mantendo carga viral indetectável há pelo menos seis meses não transmite o vírus por via sexual”, disse a coordenadora ao g1.
Segundo Eleuzina, devido ao comprometimento do sistema imunológico a síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV) pode causar diversas complicações, sendo as mais comuns:
Tuberculose;
Pneumonia;
Toxoplasmose;
Meningite criptocócica;
Candidíase esofagiana;
Linfomas.
A Sesab informou que fomenta a intensificação de ações estratégicas de prevenção contra o HIV, sendo elas: a imunização contra a Hepatite B e HPV, oferta de preservativos internos, externos e gel lubrificante, Profilaxia Pré-Exposição – PrEP, Prevenção à Transmissão Vertical, além de tratamento, como Profilaxia Pós Exposição – PeP, ARV para todas as pessoas vivendo com HIV/Aids e diagnóstico e tratamento para as demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Testagem rápida no carnaval de Salvador
Sesab
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe