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Como falar com adolescentes sobre os riscos do sexting?

By 1 de dezembro de 2024No Comments

Especialistas sugerem que os pais abordem o assunto com os filhos e evitem transformar a conversa em uma bronca. Um dos riscos do ‘sexting’ é que fotos íntimas cheguem a mãos equivocadas
Getty Images
A tecnologia tem transformado profundamente nossas relações. Para adolescentes, isso muitas vezes significa que o despertar de uma relação sexual acontece por meio de um chat.
O termo sexting se refere à prática de enviar e receber mensagens sexualmente explícitas pelo celular. É uma prática comum entre adultos, mas também entre crianças e adolescentes.
Segundo um estudo da revista científica JAMA Pedriatics, um a cada três adolescentes entre 12 e 17 anos já recebeu uma mensagem com conteúdo sexual no celular.
Segundo Corrin Cross, porta-voz da Associação Estadunidense de Pediatria, a prática traz riscos, como ter o conteúdo caindo nas mãos de pessoas erradas.
Por isso, o papel dos pais é tão importante.
“Como pais, é nosso trabalho ajudar nossos filhos a evitar erros que podem causar problemas sérios. O sexting é uma dessas coisas que, quando feito de forma leviana, pode trazer consequências muito dolorosas”, afirma a psicóloga clínica Karol Espejo em um artigo do Child Mind Institute.
Cross diz que, como o lobo frontal ainda não está completamente formado em crianças e adolescentes, eles não pensam plenamente nas consequências dos seus atos.
“Precisamos ajudá-los a ver quais são essas consequências, para que, quando eles passarem por essas situações, eles se lembrem dessas conversas”, disse.
Para os pais, no entanto, conversar com os filhos sobre uma prática que eles não têm muito conhecimento, e que tem a ver com sexualidade, nem sempre é fácil.
Confira quatro dicas de especialistas para abordar o assunto.
1. Converse antecipadamente com seu filho
Para Cross, um dos erros que os pais cometem é esperar muito tempo para ter esse tipo de conversa.
O sexting pode acontecer por volta dos 12 anos, quando as crianças começam a ter interesses afetivo-sexuais pelos outros, diz.
“É nessa época que eles podem realmente nos ouvir”, diz Cross, acrescentando que é muito improvável que as crianças procurem os pais no momento em que alguém lhes pedir uma foto explícita.
“O sexting é algo que as crianças vão descobrir em algum momento. É por isso que é importante conversar sobre esse assunto com os filhos desde cedo, para que eles tenham as informações necessárias quando precisarem tomar uma decisão”, diz Yolanda Reid, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
De acordo com Reid, a conversa deve acontecer assim que os filhos começarem a ter acesso ao celular. Uma boa maneira de introduzir a assunto é perguntar o que eles sabem ou já ouviram falar sobre aquilo.
“É importante saber primeiro o que seu filho sabe do assunto e depois dar informações apropriadas à idade”, explica Reid.
Ela aconselha, por exemplo, dizer às crianças que ainda não sabem muito sobre sexo que seus chats de bate-papo nunca devem conter fotos ou vídeos de pessoas sem roupas, se beijando ou tocando seus órgãos genitais.
No caso de adolescentes, ela recomenda incluir o termo sexting na conversa e perguntar especificamente se eles foram expostos a imagens de pessoas nuas ou seminuas.
Cross acrescenta que, para que qualquer conversa sobre esse assunto funcione, ela deve ser realizada de forma recorrente e não apenas uma vez.
2. Coloque-se no lugar do seu filho
Outro erro frequente que os pais cometem é simplesmente tentar “proibir” o sexting. “Muitas vezes, os pais dizem: ‘Se alguém lhe pedir uma foto explícita, é uma pessoa ruim, não fale com ela'”, diz Cross.
“A realidade é que os filhos não vão seguir esse conselho porque não estamos nos colocando no lugar deles, e a pessoa que pediu a foto pode ser uma pessoa em quem eles estão interessados. É difícil dizer não se você gosta da pessoa e quer flertar com ela”, acrescenta.
Nesse sentido, a psicóloga Karol Espejo recomenda que a conversa comece reconhecendo que enviar mensagens com conteúdo sexual pode ser divertido e que “não há nada de errado em querer se sentir sexy ou desejado”.
Até porque compartilhar detalhes íntimos é uma forma de construir relacionamentos mais próximos, “o que faz parte do desenvolvimento na adolescência”, diz Espejo.
Para as crianças que frequentam o seu consultório de pediatria, Cross diz que “estar interessado em alguém não significa que você sempre tenha que fazer o que a pessoa pede”.
“Em qualquer relacionamento saudável, há limites. Há coisas que você se sente confortável e outras que você não se sente confortável. E você tem que decidir isso antes de entrar em um relacionamento”, aconselha.
“Se é uma pessoa com quem vale a pena ter um relacionamento, ela vai respeitar seus limites quando você fala sobre eles”, acrescenta Cross.
Segundo a médica, conselhos como esse têm muito mais chances de dar certo com crianças e adolescentes do que um simples “não faça isso”, porque eles querem se sentir capazes de ter relacionamentos maduros.
3. Reforce as consequências
Espejo diz que o ideal é que a conversa não se concentre se o sexting é certo ou errado, mas nas “consequências a curto e longo prazo”. “A última coisa que você quer ao ter esse tipo de conversa com seus filhos é parecer irritante”, diz Espejo.
Uma dica dos especialistas é enfatizar para as crianças e adolescentes que, uma vez que eles enviam uma foto, ela tem “vida própria” e fica para sempre na internet.
“Se você vai enviar uma foto para alguém e ela te deixaria envergonhado se seu avô, professor ou futuro filho a visse, provavelmente não deveria enviar”, aconselha Cross.
Segundo o estudo publicado pelo JAMA Pedriatrics, 14,5% das crianças entre 12 e 17 anos já encaminhou mensagens com conteúdo sexual sem consentimento.
O que está por trás desse número é que, muitas vezes, assim como um adolescente confia em outro para enviar uma foto sexual, esse outro adolescente pode confiar em um amigo próximo e pensar que está tudo bem em compartilhar a foto”, explica Espejo.
Nem sempre é algo feito com maldade, mas que tem consequências.
Cross diz ser comum que, ao receber uma mensagem com conteúdo sexual, o adolescente queira contar aos colegas sobre isso, porque dá uma espécie de “prestígio”.
“Eu sempre digo a eles que, em algum momento, você vai terminar com essa pessoa, ela vai ficar chateada com você ou você vai ficar chateado com ela, e ela vai ter as suas fotos”, afirma.
Para Reid, uma boa estratégia para os pais é estar atento às notícias que mostram as consequências reais do sexting tanto para quem envia as fotos e mensagens quanto para quem recebe, para poder conversar com os filhos.
“Pode ser uma boa desculpa para praticar com seu filho como responder quando lhe pedirem para enviar uma mensagem com conteúdo sexual”, afirma Reid.
Além disso, em muitos países, o sexting é considerado pornografia infantil e pode ter consequências legais.
“Lembre aos seus filhos que existem leis, e que eles podem sofrer consequências graves se forem pegos fazendo algo ilegal. É algo que já aconteceu com outras pessoas”, diz Espejo.
4. Ensine seu filho a resistir à pressão
Muitos adolescentes contam que só enviaram uma foto após receberem pedidos várias vezes. Por isso, parte da tarefa dos pais, de acordo com especialistas, é ajudar os filhos a resistir à pressão.
“É fundamental ensinar aos seus filhos que, em um relacionamento respeitoso, ‘não é não’, tanto no mundo físico como no mundo virtual”, disse Cross.
Para Reid, a tarefa de evitar os riscos do sexting não está completa se crianças e adolescentes não forem introduzidos à cidadania digital.
Isso significa ensiná-los que não devem pressionar e nem serem pressionados a compartilhar fotos de conteúdo sexual ou encaminhá-las sem consentimento.
Apesar dos esforços dos pais, a decisão sobre o que enviar e o que não enviar pelo celular continua sendo, pelo menos em parte, das crianças e adolescentes. Por isso, mesmo após serem orientados pelos pais, os filhos podem ter uma mensagem ou foto caindo em mãos erradas.
Nesses casos, Espejo destaca que é importante lembrar a criança ou adolescente que, “embora eles possam se sentir angustiados ou envergonhados, eles não têm menos valor por causa disso.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe