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Retrospectiva 2024: primeira mulher prefeita eleita de Aracaju, médica presa, condenação de ex-prfs e mais destaques em Sergipe

By 30 de dezembro de 2024No Comments

Relembre os fatos que marcaram o ano. Retrospetiva 2024 Sergipe.
Montagem
O g1 Sergipe acompanhou diversos fatos que ganharam destaque no estado durante o ano de 2024. Relembre alguns desses assuntos que fizeram parte de nosso conteúdo noticioso.
Morre Maria Feliciana
Maria Feliciana dos Santos
Arquivo pessoal
Morreu no mês abril, em Aracaju, aos 77 anos, a sergipana Maria Feliciana dos Santos, de 2,25 metros altura, reconhecida como uma das mulheres mais altas do mundo. Segundo a família, ela estava internada, após ser diagnosticada com pneumonia e faleceu em virtude de complicações cardíacas.
Natural de Amparo do São Francisco, Maria Feliciana percorreu diversas cidades do país se apresentando em circos. Na década de 60, ela ganhou o título de ‘Rainha da Altura’ em concurso realizado pelo programa Hora da Buzina, do apresentador Chacrinha.
Fortes chuvas
Chuvas em Aracaju
Simone Lessa/arquivo
1.049 pessoas foram impactadas pelas chuvas no mês de maio em Sergipe. Os dados são da Defesa Civil Estadual. A cidade mais afetada foi Maruim, onde 933 pessoas foram impactadas pelas chuvas e três famílias ficaram desalojadas, após o transbordamento do Rio Ganhamoroba, que coincidiu com o período de maré cheia.
Na capital sergipana, foram registrados 29 alagamentos, sete colapsos estruturais e dois deslizamentos de terra, deixando quatro pessoas desalojadas.
Maria do Carmo
Ex-senadora Maria do Carmo Alves
Marcos Oliveira/Agência Senado Fonte: Agência Senado
Maria do Carmo Alves, primeira senadora eleita por Sergipe, morreu aos 83 anos em Aracaju, no último mês de agosto. Ela estava internada em um hospital particular, tratando um câncer no pâncreas com metástases hepáticas.
Ela foi a primeira mulher no Senado Federal a cumprir três mandatos consecutivos (1999-2007/ 2007-2015/ 2015-2023).Um dos projetos de maior impacto social desenvolvidos pela senadora foi o Pró-Mulher, que atendeu milhares de mulheres carentes, levando educação e assistência médica gratuita à comunidade.
Leilão da Deso
Governador de Sergipe durante leilão da Deso na bolsa
Bolsa de Valores
A empresa Iguá Saneamento, representada pela Corretora Terra Investimentos, venceu um leilão na Bolsa de Valores, em São Paulo, para concessão parcial dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Sergipe, em setembro. O valor ofertado foi de R$ 4.536.936.990,00. O processo permitirá a exploração por 35 anos de partes do serviço da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).
Emília Corrêa
Emília Corrêa (PL) durante votação no Colégio Master, em Aracaju.
Anderson Barbosa/TV Sergipe
Em outubro deste ano, Emília Corrêa (PL) foi a primeira mulher eleita prefeita de Aracaju com 165.924 (57,46%) dos votos válidos. Durante a campanha, Emília ressaltou a experiência como vereadora e defensora pública e afirmou ter projetos de relevância para capital sergipana.
Natural de Lagarto, Emília Corrêa tem 62 anos, é advogada, defensora pública aposentada e comunicadora de rádio e TV. Foi corregedora-geral e secretária-geral da Defensoria Pública do Estado de Sergipe, presidente do Tribunal de Ética e conselheira da Ordem dos Advogados (OAB/SE) e professora de Direito Constitucional.
Médica presa
Cirurgiã plástica Daniele Barreto
Redes Sociais/Reprodução
A cirurgiã plástica Daniele Barreto foi presa no mês de novembro, em Aracaju, suspeita de envolvimento no assassinato do marido dela, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, 42. Além da viúva, outras seis pessoas foram presas. O crime aconteceu no dia 18 de outubro e também deixou ferido um jovem, enteado da suspeita.
De acordo com a Polícia Civil, ela teria atuado no planejamento do crime. Nove dias após ser presa, a defesa da médica divulgou uma carta onde ela relata ter sido vítima de violência física e sexual, além de contextualizar situações relacionadas ao crime.
Grammy Latino
Mariana Aydar e Mestrinho lançam álbum no Circo Voador
Divulgação
O músico sergipano Mestrinho venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa ao lado de Mariana Aydar. O disco ‘Mariana e Mestrinho’ venceu a disputa com outros artistas brasileiros, como João Gomes e Marcelo Jeneci.
Reconhecido como um dos maiores sanfoneiros do país, ele é da cidade de Itabaiana, filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira, com quem aprendeu, ainda criança, a tocar o instrumento.
Condenado por matar colega
Vítima Henrique José de Andrade Matos e condenado Ícaro Ribeiro da Silva – acusado de matar e esquartejar colega de apartamento em Aracaju
arquivo pessoal
Em novembro, após mais de 10 horas de julgamento, Ícaro Ribeiro da Silva foi condenado, a 31 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, por matar e esquartejar o colega de infância, Henrique José de Andrade Matos, de 23 anos, com quem dividia um apartamento no Bairro Farolândia, na Zona Sul de Aracaju.
O crime aconteceu no dia 17 de dezembro de 2022. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver e fraude processual.
Caso Genivaldo
Fumaça sai de viatura da PRF durante abordagem que deixou homem morto em Umbaúba (SE)
TV Sergipe/Reprodução
Após 2 anos, 6 meses e 14 dias da abordagem que matou Genivaldo Santos, de 38 anos, em Umbaúba (SE), os ex-policiais rodoviários federais William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho foram condenados, no dia 7 de dezembro. As penas vão de 23 a 28 anos de prisão.
O julgamento durou 12 dias e incluiu uma vistoria na viatura em que Genivaldo foi colocado. Durante mais de 100 horas, o júri, composto por quatro homens e três mulheres, ouviu 28 testemunhas, incluindo familiares da vítima, peritos e especialistas. Genivaldo morreu asfixiado após ter sido trancado no porta-malas da viatura e ser submetido à inalação de gás lacrimogêneo, em maio de 2022.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe