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Estatais brasileiras acumulam até novembro o pior resultado da série histórica

By 30 de dezembro de 2024No Comments

O resultado total do ano ainda não foi fechado, mas o rombo até novembro indica que este será o pior resultado contábil das estatais na série histórica. Estatais brasileiras acumulam até novembro o pior resultado da série histórica
Reprodução
Estatais federais acumularam um rombo de R$ 6 bilhões de janeiro até novembro. É o pior resultado para esse período desde o início da atual série histórica, em 2009.
As empresas estatais fazem parte da máquina do governo federal e atuam em diversos setores, como infraestrutura e telecomunicações.
A cada mês, o Banco Central divulga o resultado das chamadas empresas públicas não dependentes — aquelas que não recebem recursos do governo para o pagamento de despesas com pessoal, como salários e gratificações.
Os dados não incluem o desempenho de bancos públicos.
Só em novembro deste ano, o déficit das estatais federais chegou a R$ 1,6 bilhão. De janeiro a novembro, o rombo total foi de R$ 6 bilhões, o pior resultado desde 2009.
Neste ano, o cálculo mudou para desconsiderar o resultado de empresas como a Petrobras, que, por sua estrutura e tamanho, se assemelham a empresas privadas de capital aberto.
Em 2009, elas tiveram um rombo de R$ 3,8 bilhões. Nos anos seguintes, essas estatais federais tiveram resultados melhores e, em alguns casos, até positivos, sustentados por aportes do governo federal.
Em 2018, a gestão do então presidente Michel Temer injetou R$ 5 bilhões no caixa dessas empresas, levando a um superávit.
Em 2019, o governo Jair Bolsonaro colocou R$ 10 bilhões, e o resultado também foi positivo.
No ano passado, primeiro ano do governo Lula, o resultado voltou a ser negativo, com R$ 700 milhões de déficit.
A mais recente projeção dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda indica resultados negativos em empresas como:
Emgepron (ligada a projetos navais): – R$ 2,5 bilhões
Correios: – R$ 2,2 bilhões
Serpro (processamento de dados do governo): – R$ 590,4 milhões
Emgea (gestão de ativos): – R$ 616,5 milhões
Infraero (gestão de aeroportos federais): – R$ 531,7 milhões
Em nota, o Ministério da Gestão disse que o déficit que as estatais, às quais o Ministério se refere como lucrativas, estão apresentando, ocorre porque elas aumentaram seus investimentos em 2023 e 2024, usando recursos em caixa, por irrundos de anos anteriores.
“Se uma empresa, como aconteceu com muitas das empresas que fazem parte da estatísticas do Banco Central, receberam aportes, em 2019, 2020, isso gerou um superávit na conta das empresas, porque o Tesouro aportou recursos nelas. A partir do momento que a gente permitiu novamente que essas empresas voltassem a investir, elas estão, muitas delas, utilizando recursos em caixa, e isso gera, do ponto de vista contábil, da contabilidade pública, um resultado de déficit, mas não significa que elas estejam tendo prejuízo”, explica a ministra da Gestão, Esther Dweck.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou os dados divulgados pelo BC. “Às vezes, a contabilidade das estatais não é a mesma da contabilidade pública. Então, quando você faz investimentos, às vezes aparece com um déficit, o que não é.”
Em entrevista ao Conexão Globo News, o economista Cláudio Frischtak considerou que o resultado negativo das estatais não reflete apenas o uso de parte de recursos em investimentos, como diz o governo, mas também má gestão.
” Infelizmente, a maior parte das nossas estatais, direto ou indiretamente, elas são objetos de barganha política, são objetos de captura política, e essa é a razão, uma das razões, que elas dão prejuízo. Vamos fazer uma análise de custo benefício. A taxa social de retorno, dos recursos gastos pelo governo, somos nós. Isso vai bater na gente. Assim, são taxas sociais de retorno negativas. Não é verdade que isso daí representa apenas investimentos, representa má gestão. Sim, representa prejuízo na veia do contribuinte. ”
O especialista citou o caso dos Correios.
“Os Correios é uma empresa que deveria ter sido privatizada, foi retirada do programa nacional de desestatização. Uma ação incorreta do governo, e ela hoje está gerando prejuízo. Ela não tem como competir, ela não tem flexibilidade. Ela está sob a égide do direito público, enquanto outras empresas que competem com os Correios, os segmentos que podem competir, que uma parte é monopólio, essa empresa que está sob a égide do direito privado, tem muito mais flexibilidade. ”
Em nota, a Emgeprom disse que o déficit apontado não corresponde a um prejuízo contábil, porque os números, em grande parte, representam gastos com investimentos em bens imobilizados, como navios para a Marinha.
Os Correios afirmaram que o déficit foi herdado do governo anterior, que não trouxe novas fontes de receita para a empresa, e que fecharão em 2024, dentro da meta de resultado primário prevista, e não precisarão de aportes do governo federal.
O Serpro disse em nota que deve para o ano de 2024 um lucro líquido superior a 670 milhões de reais, o maior da sua história. E que, para o Serpro é a forma mais apropriada de avaliar o desempenho de uma empresa, inclusive as estatais.
Já a Infraero disse que o déficit previsto é decorrente da utilização de recursos próprios disponíveis em caixa, e que não serão necessários recursos da União para cobrir o déficit da empresa.
A reportagem não conseguiu contato com a Engea.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou os dados divulgados pelo Banco Central.
“Às vezes, a contabilidade das estatais não é a mesma da pública. Um investimento pode aparecer como déficit, mas não é necessariamente isso. Já foi corrigido.”

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe