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Série do JN mostra como a educação pode aproveitar benefícios da inteligência artificial

By 31 de janeiro de 2025No Comments

O Piauí é uma das primeiras regiões em todo o continente americano a adotar o ensino de IA como uma disciplina no currículo da educação básica. Série do JN mostra como a educação pode aproveitar benefícios da inteligência artificial
O Jornal Nacional abordou os desafios de conciliar tecnologia e aprendizado dos alunos na sala de aula. Nesta sexta-feira (31), os repórteres Vladimir Netto e Lúcio Alves mostraram como a educação pode se beneficiar com o uso da inteligência artificial.
“Hoje, nós vamos falar sobre um assunto que é bem relevante no mundo da inteligência artificial: são as deep fakes”, diz David Abreu, professor de inteligência artificial.
Na aula, os estudantes aprendem a usar a inteligência artificial para identificar, por exemplo, informações falsas na internet, sinais de que um vídeo foi manipulado, de que voz e imagens foram alteradas. O Piauí é uma das primeiras regiões em todo o continente americano a adotar o ensino de inteligência artificial como uma disciplina no currículo da educação básica.
“A gente vem já pensando que vai ter de novidade ali, que é todo dia uma novidade diferente aqui na escola”, diz a estudante Lays de Souza Cunha.
Mais de 120 mil estudantes do último ano do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública têm essa aula desde o início de 2024. A Unesco reconheceu a iniciativa como uma prática inovadora na educação.
“Foi boa a evolução, do ano passado para cá foi realmente bom. Com o ambiente aqui, dá para ir longe”, diz o estudante Anael Victor Pereira Marinho.
Série do JN mostra como a educação pode aproveitar benefícios da inteligência artificial
Jornal Nacional/ Reprodução
Aulas mais interessantes, com robótica, impressoras 3D e óculos de realidade virtual tiveram impacto no desempenho. Em uma escola pública – que agora é integral – nenhum aluno foi reprovado em 2024. Antes, a taxa de reprovação era de 20% a 30%.
“Na primeira aula que eu tive aqui, o professor mostrou uns óculos de realidade virtual. Isso foi para mim totalmente novo. Ele ter dado nas nossas mãos, na nossa experiência, a gente realmente ver que a gente pode alcançar o que a gente deseja foi muito novo e muito legal, muito legal mesmo”, conta a estudante Ana Graciara de Araújo.
“Quando eles chegam na escola, que é aula de IA, que eu apresento alguma coisa nova, que eu vejo aquele brilho no olhar deles, aquilo ali já ganhei meu dia. Essa tecnologia toda puxa o aluno para a escola, mas também devolve um profissional para o mundo”, afirma David Abreu, professor de IA.
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A inteligência artificial pode mudar a forma como aprendemos? Quem estuda o tema afirma que a tecnologia promete uma personalização do ensino: poderia identificar as maiores dificuldades de cada estudante, ajudar o professor a preparar as aulas e até auxiliar na gestão da escola.
A inteligência artificial pode usar dados como o local onde o estudante mora, os índices de criminalidade da região, a frequência, as notas. E, assim, identificar de forma precoce a necessidade de intervenção para evitar o risco de repetência ou abandono escolar. Pode ajudar o professor a corrigir provas e a fornecer análises sobre o desempenho do aluno.
Além disso, a tecnologia pode apoiar o aluno, fazendo perguntas sobre a matéria e identificando em que ponto e porque ele errou. E, depois, ainda sugerir a revisão de alguns conteúdos para que ele possa melhorar o desempenho.
“Vai fazendo perguntas, vai melhorando as perguntas. Tanto quando você erra, ele corrige e quando você acerta, ele dá mais outra coisa para você ir melhor. Ele vai melhorando a qualidade”, afirma o estudante Anael Victor Pereira Marinho.
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Mas especialistas alertam que é preciso prudência na hora de adotar a tecnologia no ensino. Sem controle, a inteligência artificial pode oferecer respostas tendenciosas.
“O processamento das informações ser orientado por perguntas que têm a priori de leituras do conjunto de informações disponíveis na sociedade. Isso pode dar vieses raciais, pode dar vieses misóginos, podem não ser tão explícitos assim… Podem ser vieses culturais. É um risco enorme. Sociedades ou regimes mais autocráticos, mais autoritários, podem usar a tecnologia para produzir uma leitura sobre a realidade só sobre a lente de uma determinada visão, de um determinado campo de valores”, afirma Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco.
Por outro lado, em um mundo extremamente conectado, a escola pode ter uma importância ainda maior: ser uma ilha de tranquilidade em meio a um mundo em transformação.
“Agora, imagina um mundo que seja ainda mais centrado na inteligência artificial no qual as coisas continuem mudando em um ritmo muito rápido. Onde uma criança pode ter um ambiente estável e estimulante? Deveria ser a escola, pode ser a escola”, afirma Charles Fadel, pesquisador de inteligência artificial em Harvard.
Série do JN mostra como a educação pode aproveitar benefícios da inteligência artificial
Jornal Nacional/ Reprodução
A inteligência artificial também é aliada na hora da merenda em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A rede pública usa a tecnologia para evitar desperdício. Cada pequeno estudante passa por reconhecimento facial antes de receber o prato. E, depois do almoço, diz do que gostou mais. E as nutricionistas acompanham o desenvolvimento das crianças.
“Através do software, a gente consegue fazer esse diagnóstico de cada aluno, trazendo para ele um cardápio dentro daquilo que ele precisa, porque um aluno bem alimentado vai ter um rendimento escolar de excelência”, afirma a nutricionista Josiane Azevedo.
De acordo com especialistas, mesmo com toda a tecnologia, a escola precisa continuar sendo um lugar essencialmente de experiências humanas, com família e professores atuando juntos, para que os alunos desenvolvam as habilidades necessárias para os desafios crescentes de uma sociedade digital.
“A escola do futuro com inteligência artificial é uma escola que exige mais da presença das pessoas no espaço vivido da escola, que exige mais da presença do aluno, do professor, do coordenador pedagógico, das famílias, do território em torno da escola. É essa escola que a gente precisa ter para que as nossas crianças, os nossos adolescentes, nossos jovens possam não só se transformar em sujeitos inteiros, cidadãos que possam dialogar com o entorno, e também jovens que tenham condições de disputar o mercado de trabalho. Uma inclusão produtiva de qualidade”, diz Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe