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O que se sabe e o que falta saber sobre morte da motorista de app

By 28 de fevereiro de 2025No Comments

Ainda há muitas perguntas sem respostas acerca da morte da motorista de aplicativo Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão (foto em destaque), 49 anos. A 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que investiga o caso, informou nessa quinta-feira (27/2) que o crime pode não ter sido de latrocínio, mas sim de feminicídio. Esse é apenas um dos vários pontos que ainda precisam de explicação.

A seguir, o Metrópoles organiza as informações e detalha o que já se sabe e o que ainda falta saber sobre esse crime.

12 imagens

Ana Rosa tinha 49 anos

Ela morava em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal
Ana Rosa trabalhava como motorista de aplicativo
Crime ocorreu por volta das 12h15 de quarta-feira (26/2)
Antônio Ailton da Silva, 43, é tido como autor
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Ana Rosa foi esfaqueada após assalto

Reprodução/redes sociais

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Ana Rosa tinha 49 anos

Reprodução/redes sociais

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Ela morava em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal

Reprodução/redes sociais

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Ana Rosa trabalhava como motorista de aplicativo

Reprodução/redes sociais

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Crime ocorreu por volta das 12h15 de quarta-feira (26/2)

Reprodução/redes sociais

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Antônio Ailton da Silva, 43, é tido como autor

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Crime ocorreu no Cruzeiro Velho

Hugo Barreto/Metrópoles

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Motorista atacada morreu no local

Hugo Barreto/Metrópoles

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Vítima era motorista de aplicativo

Hugo Barreto/Metrópoles

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Polícia Militar prendeu suspeito no Sudoeste

Imagem cedida ao Metrópoles

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Filho mais novo da motorista chegou ao local do crime em estado de choque

Imagem cedida ao Metrópoles

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Condutora que morreu após assalto tinha 49 anos

Reprodução

O que se sabe

Ana Rosa Brandão foi encontrada morta no próprio carro, um Volksvagem Voyage preto, por volta das 12h15 de quarta-feira (26/2), na quadra 4 do Cruzeiro. Testemunhas próximas ao local ouviram barulhos de freadas antes do veículo parar em um canteiro.

As autoridades informaram que Ana Rosa foi vítima de facadas. À frente do caso, o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, anunciou nessa quinta-feira (27/2) que a motorista chegou a ser estrangulada com um fio de náilon antes de ser esfaqueada.

Já ferida, Ana Rosa chegou a ligar para o marido para pedir socorro e dizer que “estava morrendo”. Ela não resistiu e faleceu ainda no local. A mulher deixa o esposo e dois filhos, de 23 e 12 anos.

O autor do crime, Antônio Ailton da Silva, 43, foi visto por testemunhas fugindo do local com uma pasta na mão — não se sabe o que ele guardava, mas, segundo as investigações, a pasta seria dele. Câmeras de segurança flagraram Antônio correndo em uma rua próxima à quadra onde estava o carro de Ana Rosa.

O homem seguiu correndo na tentativa de fugir. Um militar do Exército que estava no local ouviu de testemunhas que o cidadão fugindo era um criminoso e começou a persegui-lo. Já no Sudoeste, populares conseguiram conter Antônio até a chegada da polícia.

Ainda de acordo com as investigações, Antônio encontrou Ana Rosa na Rodoviária do Plano Piloto e sugeriu a ela que fizesse uma corrida informal até o Valparaíso de Goiás por R$ 35. A vítima teria aceitado, porque morava no município goiano e iria aproveitar para encerrar o dia de trabalho.

Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). O delegado Victor Dan, no entanto, afirmou em entrevista coletiva nessa quinta-feira que há “grande possibilidade de reclassificação do crime para feminicídio”, uma vez que Antônio não levou nenhum objeto de Ana Rosa consigo. Também pesa na mudança da hipótese o fato de o autor ter tentado matar a ex-companheira e a amiga dela um dia antes.

Antônio Ailton da Silva teve a prisão preventiva decretada nessa quinta-feira (27/2) e segue à disposição da Justiça.

O que falta saber?

  • Vítima e autor já se conheciam? Com a hipótese de feminicídio, surge a dúvida. Segundo o delegado Victor Dan, a informação ainda é desconhecida.
  • Quem dirigia no momento em que o carro bateu? Não se sabe se era Antônio ou Ana Rosa no volante no momento em que o veículo foi parar no canteiro. Uma testemunha diz ter visto a mulher passando do banco do passageiro para o do motorista, já ferida, pedindo socorro. A 3ª DP apura.
  • Por que o criminoso e a mulher foram parar no Cruzeiro? A região não está na rota habitual de quem sai da Rodoviária do Plano Piloto rumo a Valparaíso de Goiás.
  • Antônio tentou roubar o carro de Ana Rosa? Esta informação deve ser respondida somente após depoimento do autor.
  • Como foi a dinâmica da agressão? Com a nova informação de que Ana Rosa foi enforcada com um fio de náilon, é preciso entender se a motorista recebeu primeiro os golpes de faca ou o enforcamento.
  • O que provocou a morte da vítima? O Instituto Médico Legal (IML), da PCDF, ainda precisa publicizar o laudo cadavérico de Ana Rosa, que deve conter informações quanto à causa do óbito.
  • Por onde andou Antônio antes de ser preso? No dia anterior à morte de Ana Rosa, o criminoso tentou matar a ex-mulher no Recanto das Emas. Ele já era procurado pelas autoridades desde então, e a suspeita é que tenha se escondido no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Não se sabe como ele foi parar na Rodoviária do Plano Piloto.

Quase matou a ex

Na madrugada de terça-feira (25/2), Antônio tentou matar a ex-companheira, a pastora Maria Custódio da Silva Gama, 57. Ela estava dormindo na casa de uma amiga na Quadra 204 do Recanto das Emas, quando o criminoso invadiu e agrediu as duas mulheres. Ele amarrou Maria com uma corda, socou e enforcou a vítima. Depois, bateu na amiga dela.

As vítimas tiveram de fingir que estavam mortas para escaparem das agressões. O criminoso fugiu em seguida.

Maria e Antônio mantiveram relacionamento por um ano e terminaram no início desta semana. O indivíduo, porém, não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, decidiu agredir a ex.

Antônio Ailton da Silva se apresentava como pastor da igreja Assembleia de Deus Vida e Paz, em Valparaíso. Maria duvida dessa informação e alerta que ele pode ter falsificado documentos para se aproximar dela e convencê-la a se casar.

As investigações sobre ambos os casos seguem.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe