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Blocos cariocas ampliam medidas de acessibilidade

By 28 de fevereiro de 2025No Comments

Blocos Dinos, Exagerado e Senta que Eu Empurro investem em acessibilidade e garantem inclusão para foliões com deficiência no Carnaval de rua do Rio. “Bloco Dinos A/C”
Crédito: Lu Mattos/bloco Dinos
O carnaval de rua do Rio de Janeiro está aumentando medidas para a inclusão de foliões com deficiência. Cada vez mais blocos têm investido em espaços acessíveis, intérpretes de Libras e outras iniciativas para garantir que todos possam aproveitar a folia com segurança e conforto. Entre os coletivos que têm feito ações nesse sentido estão Bloco Dinos, Bloco Exagerado , Orquestra Voadora e Bloco Senta que Eu Empurro.
Leia aqui mais sobre o carnaval do Rio
O bloco Dinos A/C, que desfila desde 2015, inicialmente, o grupo criou um espaço chamado “Família”, voltado para idosos, gestantes e pessoas com mobilidade reduzida. Em 2024, o bloco decidiu ampliar a estrutura e tornar o evento ainda mais acessível.
A inspiração veio da homenagem ao Paralamas do Sucesso, banda que tem Herbert Vianna como vocalista e que se tornou cadeirante após um acidente. “Pensamos em como tornar nosso carnaval mais acessível, para que todos pudessem curtir com a gente”, explica Isabela Dantas, presidente do bloco.
Agora, o espaço conta com intérpretes de Libras, banheiros acessíveis, abafadores sonoros para foliões neurodivergentes e uma área elevada com rampa para cadeirantes. O credenciamento pode ser feito antecipadamente pelo Instagram do bloco ou no dia do evento. Para 2025, a estrutura será realocada para garantir ainda mais visibilidade e interação com a bateria.
Neste ano, o Bloco Dinos homenageia Lulu Santos, levando para as ruas o grito de liberdade inspirado no verso “vamos nos permitir”, da música “Tempos Modernos”.
Data: 03/03/2025 – Segunda-feira de Carnaval
Local: Largo de São Francisco de Paula, Centro
Horário: Concentração às 12h, início às 13h
Exagerado
Inspirado na obra de Cazuza, o bloco Exagerado decidiu investir na acessibilidade em 2024 e agora expande as iniciativas para a edição de 2025. Segundo Rafael Braga, produtor cultural do bloco, a ideia surgiu da percepção de que “muitas pessoas com deficiência não tinham acesso à festa da mesma forma”.
O bloco passou a contar com um espaço reservado para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, além da presença de intérpretes de Libras para a tradução das músicas e anúncios do evento. O público pode se cadastrar previamente ou garantir o acesso na hora.
“Queremos que a energia do carnaval seja para todos. No ano passado, percebemos o impacto positivo da inclusão, com foliões relatando que puderam viver uma experiência única, sentindo a vibração da bateria de perto”, diz Rafael.
Data: 03/03/2025 – Segunda-feira de Carnaval
Local: Praça Tiradentes, Centro
Horário: 08h
Bloco Senta que Eu Empurro: 100% inclusivo
Bloco “Senta Que Eu Empurro”
Bloco “Senta Que Eu Empurro”
Diferente dos demais blocos que criam espaços acessíveis, o bloco Senta que Eu Empurro já nasceu com a proposta de ser totalmente inclusivo. Fundado em 2008, ele foi idealizado para atender exclusivamente pessoas com deficiência e seus acompanhantes.
Segundo Raphael Costa, vice-presidente do bloco, a escolha do nome veio de uma reunião entre amigos, quando uma cadeirante brincou com um colega cego dizendo “Senta que eu empurro”. “Na hora, a gente riu e pensou: isso dá nome a um bloco!”, relembra Raphael.
O desfile acontece no Largo do Machado, local escolhido pela acessibilidade: há metrô, pontos de ônibus e uma área plana para facilitar a locomoção. “A cidade ainda não é 100% acessível, mas o carnaval pode ser um espaço para chamar a atenção para isso”, explica.
Este ano, o bloco terá um telão com intérpretes de Libras se revezando durante o desfile, além de uma parceria com a Fiocruz para distribuir cartilhas contra o anticapacitismo.
Data: 28/02/2025 – Sexta-feira
Local: Praça do Largo do Machado, Catete
Horário: 18h
Orquestra Voadora
Orquestra Voadora
Andre Rola/Divulgação
Um dos blocos mais importantes na formação de musicistas e multiplicação de fanfarras no Rio, a Orquestra Voadora também tem atenção especial para a questão da acessibilidade.
O bloco criou um Núcleo de Acessibilidade, em 2018, que tem como objetivo garantir a plena participação de pessoas com deficiência em todos os níveis de atividade do coletivo – ensaios, oficinas e desfiles.
A parceria com a ONG Boomerang, iniciada em 2020, garante a coleta seletiva de resíduos nos eventos, minimizando o impacto ambiental. Mais ainda: a iniciativa pioneira de compensação de carbono, realizada em 2024 em parceria com o ICMBio, por meio do plantio de mudas de Mata Atlântica, demonstra a responsabilidade ambiental e a busca por práticas sustentáveis, alinhando-se diretamente ao ODS 13 (Ação Climática) e ao ODS 15 (Vida Terrestre).
Além disso, o engajamento social se estende para além da atividade principal da Orquestra Voadora, que tem um histórico de colaborações com organizações – como o Hemorio (“Vem doar pra mim”), a TETO (“Coleta”) e a homenagem feita a Marielle Franco, demonstrando o compromisso com a saúde, a luta contra a pobreza e a promoção da justiça social. A participação do coletivo em eventos como a Mostra de Artes da Maré evidencia seu apoio à cultura popular e à valorização da diversidade.
Data: 4/03/2025 – Terça
Local: Concentração: 15h, na Av. Infante Dom Henrique s/nº (autopista do Aterro do Flamengo, altura do Outeiro da Glória)
Horário: 15h30
Organizadores desses coletivos dizem que a ampliação da acessibilidade no Carnaval do Rio não beneficia apenas os blocos, mas toda a cidade. Além de proporcionar uma experiência melhor para foliões com deficiência, os blocos incentivam outros grupos a adotarem práticas inclusivas.
“Queremos criar uma cultura em que a acessibilidade seja natural no carnaval”, afirma Isabela Dantas.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe