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Caso de Aline Giamogeschi, stalkeada e morta por desejo não correspondido, alerta para sinais de agressores

By 2 de março de 2025No Comments

Aline Cristina Giamogeschi, de 31 anos, foi encontrada morta dentro da própria casa em Registro (SP). Delegadas e advogada comentaram o crime ao g1, destacando a ideia de posse que move agressores. William, de 22 anos, (à dir.) foi preso por matar e violentar a bancária Aline Cristina Giamogeschi, de 31 (à esq.)
Redes Sociais e Rinaldo Rori/TV Tribuna
O caso de Aline Cristina Giamogeschi, a bancária de 31 anos estuprada e assassinada por um vizinho em Registro (SP), traz à tona a questão da violência contra as mulheres. Ao g1, duas delegadas e uma advogada especializada no tema oferecem orientações sobre como buscar ajuda e identificar sinais de alerta em situações de abuso.
Segundo as profissionais, em muitos casos, o agressor é uma pessoa próxima que não aceita a rejeição e reage de forma violenta.
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Aline foi encontrada morta e sem roupas dentro da própria casa. Identificado apenas como William, o vizinho dela, de 22 anos, foi preso e indiciado por homicídio triplamente qualificado e estupro. O delegado Seccional da cidade, Marcelo Freitas, afirmou que ele estrangulou e estuprou a vítima, que não teria correspondido ao interesse dele.
A delegada Deborah Lázaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, explicou que investidas repetidas sem o consentimento da vítima podem configurar o crime de perseguição. Isso ocorre, por exemplo, quando o agressor insiste em perseguir a mulher, fazendo ligações constantes ou rondando a residência.
“Quando as mulheres perceberem que isso está se tornando um ciclo vicioso, o cara querendo investir mesmo sabendo que a mulher não está dando uma abertura, não deseja contato íntimo, ela deve se dirigir à delegacia da mulher para que a gente possa registrar uma ocorrência”, afirmou.
A advogada e pesquisadora em direitos das mulheres, Isabela Laragnoit, destacou que o crime de perseguição está previsto no Código Penal, com pena de 6 meses a 2 anos de reclusão, além de multa. A pena pode ser aumentada em casos específicos, como quando o crime é praticado contra a mulher em razão de ser do sexo feminino.
Ideia de posse
Também delegada em Santos, Liliane Doretto explicou que a maioria dos casos de feminicídio acontece dentro de relações afetivas, mas há assassinatos contra a mulher, como o crime envolvendo a bancária, em que o agressor é um conhecido que não aceita a rejeição.
“O que esses casos têm em comum é a ideia de posse sobre a mulher e a recusa em respeitar sua autonomia”, afirmou.
Assim, mesmo fora de um relacionamento, segundo Liliane, se um homem insiste em uma aproximação, após a mulher deixar claro que não tem interesse, isso também pode ser configurado assédio ou importunação.
“Casos como o da bancária mostram que o feminicídio não acontece apenas dentro de relacionamentos, mas a raiz do problema é a mesma: um agressor que se sente no direito de controlar a mulher. Identificar os sinais e denunciar são medidas essenciais para prevenir a violência”, afirmou.
Dicas
A advogada Liliane destacou que o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência e reunir provas, como mensagens e testemunhas.
“Com base na Lei Maria da Penha, é possível solicitar uma medida protetiva mesmo sem provas físicas, já que o depoimento da vítima pode ser suficiente para que a Justiça determine o afastamento do agressor”, afirmou.
Isabel destacou que a concessão de medida protetiva independe do registro de BO. Então, mesmo que a vítima não o faça, ela pode requerer a aplicação das medidas protetivas em seu favor.
Confira as dicas:
Redobre a cautela, especialmente se morar sozinha
Reúna provas e o máximo de testemunhas possíveis
Vá até a delegacia caso se sinta perseguida pelo autor
Peça uma medida protetiva contra o autor caso necessário
Prisão
Identificado pela Polícia Civil apenas como William, o vizinho de Aline foi preso pelo crime na terça-feira (25) após os agentes analisarem as imagens de câmeras de monitoramento.
No vídeo, é possível ver o vizinho de bermuda e sem camisa observando a casa da vítima por volta das 5h de sábado. Às 5h12, ele caminhou até um terreno baldio para pular o muro dos fundos e entrar na residência de Aline.
Vídeos mostram momentos antes e depois de vizinho matar e violentar bancária
O delegado explicou que o homem esperou no quintal da casa por aproximadamente uma hora até a vítima acordar. Quase três horas depois de ser visto observando o imóvel, as imagens mostram o homem saindo pelos fundos da residência após cometer o crime.
“[A espera dentro do imóvel] demonstra a frieza dele, que estava realmente determinado a praticar esse crime grave. Quando a vítima abriu a janela balcão [um tipo de porta de correr] do seu quarto, ele rapidamente adentrou, a surpreendeu, já a derrubou no solo e rapidamente a estrangulou e iniciou a prática da violência sexual”, afirmou Marcelo.
O delegado explicou que William é usuário de drogas e tem um perfil agressivo, sendo bastante conhecido no bairro. Ainda segundo Marcelo, o indiciado acompanhava o dia a dia de Aline e nutria um interesse não correspondido por ela.
Corpo encontrado
Ainda segundo o boletim de ocorrência, a morte de Aline foi descoberta após ela faltar na manicure. Em depoimento à Polícia Civil, uma amiga disse ter combinado de fazer as unhas junto com a vítima, mas ela não apareceu no horário agendado. Preocupada, a colega acionou a família.
Aline estava nua, com um vestido enrolado na cintura e uma roupa íntima na perna esquerda. Ainda de acordo com o documento, havia manchas no chão próximas ao corpo da bancária que sugerem que ela tenha sido estuprada.
Apesar da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ter informado que a vítima estava em cima da própria cama, o BO apontou que Aline estava no chão e que a cama estava desalinhada e afastada da parede. Os policiais não constataram sinais evidentes de luta corporal.
Quem era a vítima?
A fisioterapeuta Tamara Lourenço, de 34 anos, que era uma amiga próxima da vítima, contou ter conhecido Aline em um programa que tem como objetivo proporcionar educação gratuita e de qualidade para crianças, jovens e adultos em regiões de vulnerabilidade socioeconômica.
De acordo com Tamara, elas também chegaram a trabalhar juntas em uma clínica oftalmológica da cidade. A fisioterapeuta ressaltou que Aline era extremamente inteligente e esforçada, então logo começou como estagiária em uma instituição bancária até se tornar gerente da unidade.
“Aline sempre foi extremamente inteligente, educada, simpática e esforçada”, afirmou a amiga. “Ela amava viajar, curtia a vida. Estava em uma fase muito boa da vida”, garantiu a fisioterapeuta.
Conforme relatado no boletim de ocorrência, Aline era querida por todos os amigos e funcionários da agência onde trabalhava. Os familiares não souberam informar aos policiais se a vítima mantinha algum relacionamento amoroso.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe