A criança de 2 anos que morreu em Mafra, cidade do litoral português, inalou um gás usado para esquentar a água na casa. A família de Isabella Marinho dos Santos morava na Vila Telebrasília no Distrito Federal, quando foi levada pela família para morar em Portugal em busca de oportunidades. O caso aconteceu na madrugada de terça-feira (25/2).
“Viemos para tentar uma vida melhor, com qualidade e futuro melhor para nossa filha”, contou a mãe da criança, Mayara Marinho.
Segundo ela, o marido estava em Portugal havia dois meses, quando ela e a filha desembarcaram na segunda-feira (24/2). Ela contou que ligaram o aquecedor de noite para tomarem banho.
“Meu marido tomou banho primeiro e depois tomou eu e minha filha. Nos vestimos e fomos nos deitar, a partir daí já não lembramos de nada”, contou. “Meu marido disse que tentou ligar pro amigo da casa ao lado por volta das 23h, mas não me lembro. Ele ligou de novo pela manhã , disse que a gente tava fraco, não conseguíamos nos mexer, precisávamos de ajuda. Tinha alguma coisa errada”, acrescentou.
“Não sei quanto tempo a gente esperou o amigo chegar, mas ele ligou pra ambulância e chegaram perguntaram o que tinha ocorrido. Não conseguia responder nada, só gemer de dor . Quando eu fui recobrando a consciência , perguntei da minha filha e do meu marido. A bombeira disse que minha filha já estava muito sem respirar, que teve uma parada cardiorrespiratória, que tentaram reanimá-la, mas não conseguiram. E que ela tinha morrido”, completou a mãe.
Ela e o marido foram internados no Hospital do Exército, onde passaram por uma câmara hiperbárica – equipamento médico que permite respirar oxigênio puro sob pressão. O objetivo era fazer a desintoxicação de dióxido de carbono. Os dois ficaram com dores, alteração coração, rins, pulmão e tiveram veias entupidas, segundo o que os médicos relataram.
“Passamos por duas sessões na câmara para retirar o gás do organismo , tivemos alta na quinta, mas voltamos ontem novamente pra poder refazer exames, pois ainda estávamos com dores, náusea, enjoos e tontura, mas os exames deram normais, o oxigênio está bom no sangue”, disse Mayara.
O casal que usou todas as economias de uma vida planeja trazer a filha de volta para o Brasil e enterrá-la em Brasília. “Fazer um enterro bonito, que é o que ela merece, dar descanso para o corpo dela”.
Segundo Mayara, ainda há uma investigação em curso. Uma autópsia foi feita e é necessário o corpo da criança ser liberado para fazer o translado. A família pede contribuições para ajudar em uma vaquinha para pagar o translado, a passagem de Mayara e do marido. O corpo está em Lisboa, capital portuguesa.
O Pix para ajudar é do sogro de Mayara e avô de Isabella: 6198352-2389 (Julio Cesar de Sousa)
