Skip to main content
g1

Gestão de quatro parques do Recife passa à iniciativa privada; pista de bicicross na Jaqueira dá espaço a dois restaurantes

By 7 de março de 2025No Comments

Concessão vale por 30 anos e começa na segunda-feira (10). Além da Jaqueira, parques Santana, Apipucos e Dona Lindu ficarão sob administração da empresa vencedora do leilão. Daniel Tavares é diretor comercial da empresa que venceu o leilão para administrar quatro parques do Recife
Jorge Cavalcanti/g1
A gestão de quatro parques públicos do Recife passa para a iniciativa privada a partir da segunda-feira (10): Jaqueira, Santana e de Apipucos, na Zona Norte da cidade; e o Dona Lindu, na Zona Sul. A empresa vencedora do leilão em julho de 2024, na sede da Bolsa de Valores, em São Paulo, vai administrá-los por 30 anos. Na Jaqueira, a maior mudança é a construção de dois restaurantes no lugar da pista de bicicross.
✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp
A empresa Viva Parques investiu cerca de R$ 340 milhões para ter o direito de administrar os quatro parques por três décadas. Em entrevista ao g1, o sócio e diretor comercial da empresa, Daniel Tavares, disse que as intervenções serão feitas por etapas e trechos, para reduzir o transtorno para quem frequenta esses locais. A previsão é que as obras sejam realizadas em dois anos.
Segundo a gestão municipal, os quatro parques, juntos, possuem uma área total de 172,6 mil metros quadrados, o que equivale a 42 campos de futebol. Todas as áreas estão localizadas em pontos valorizados pelo mercado imobiliário e comercial (veja vídeo abaixo).
Consórcio Viva Parques Brasil lança projeto para equipamentos do Recife
Quando o assunto é concessão de áreas ou serviços públicos à iniciativa privada, uma dúvida da população é sobre a possível exigência de pagamento para a realização de atividades, como piqueniques, aniversários e práticas de atividades coletivas.
Daniel Tavares garantiu que nada nesse sentido será implantado. “Algumas pessoas dizem que a concessão torna os parques ‘goumertizados’. Mas posso dizer que os parques terão, sim, esse tipo de serviço, mas continuarão a ter a pipoca e outros produtos a preço popular”, declarou.
Ainda de acordo com o diretor comercial da empresa vencedora do leilão, um processo de diálogo será realizado com os barraqueiros do comércio popular. “Muitos já são permissionados pela prefeitura e poderão continuar trabalhando”, contou.
Confira, a seguir, as principais alterações programadas nos quatro parques:
Parque da Jaqueira
A maior mudança será a implantação de dois restaurantes no lugar onde hoje é a pista de bicicross, que existe desde a inauguração do parque, em 1985. Outra pista, menor, será construída em outro ponto, onde hoje é o circuito de escadas, na parte voltada para a Avenida Rui Barbosa. “Os praticantes poderão se dirigir à pista do Parque Santana, que é próximo”, disse Daniel Tavares.
O professor de bicicross Gilmar Batista, que ensina jovens e organiza a realização de competições, lamentou a decisão. “Bateram o martelo, é muito dinheiro”. Ele acrescentou que a pista de bike do Parque da Macaxeira está desativada.
Os quiosques da Rua do Futuro serão requalificados e passarão a ter abertura também para dentro do parque.
Parque Santana
Imagem de arquivo mostra o Parque Santana, na Zona Norte do Recife
Hesíodo Góes/Divulgação
Será construído um campo de futebol de dimensões oficiais;
A pista de skate será ampliada;
Será instalado um “pump track”, que é um circuito para práticas sobre rodas (bicicleta, patinete e patins);
O parque passará a ter duas quadras de tênis e duas poliesportivas;
A Academia Recife será mantida, mas mudará de local;
Um “play molhado”, semelhante à fonte do Parque da Tamarineira, também está programado.
“A ideia é ampliar a vocação esportiva do parque”, afirmou Daniel Tavares.
Parque de Apipucos
É a menor das quatro áreas concedidas à iniciativa privada;
A novidade será um cinema a céu aberto, com exibições diárias e gratuitas. O telão ficará flutuante, montado numa estrutura na água. A intenção, segundo o diretor da Viva do Brasil, é aproveitar a “janela para o rio”;
Um barco fará um trajeto integrado pelos parques da Jaqueira, Santana e de Apipucos.
Parque Dona Lindu
Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, em imagem de arquivo
Reprodução/TV Globo
Árvores serão plantadas no local, pois o excesso de concreto é uma das principais críticas ao Parque Dona Lindu desde a inauguração do espaço, em 2011;
A caixa d’água receberá uma parede de escalada;
Uma quadra de tênis e um “play molhado” serão construídos;
A pista de skate bowl cederá espaço a um skate park, menos radical e mais acessível.
“Dos quatro [parques], é o que tem a maior vocação cultural. Nossa intenção é potencializar esse ativo”, declarou o sócio e diretor comercial da empresa vencedora do leilão.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe