Os moradores de Águas Claras comemoraram uma chuva leve como um gol em uma Copa do Mundo na noite de domingo (6/10). Mas a água que caiu não atingiu o volume necessário para o registro no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Ou seja, a capital brasileira segue quebrando recordes históricos de estiagem, chegando esta segunda-feira (7/10) a 167 dias de seca.
Veja:
“Olha a chuva!”, celebrou um morador. Entre assobios, aplausos da vizinhança com as gotas de água, uma moradora disse: “A felicidade do brasiliense”.
Também houve registros de chuva em Samambaia e Vicente Pires. Mas, segundo o Inmet, a precipitação não caiu nas cinco estações dela ou em unidades de monitoramento de órgãos meteorológicos parceiros. Do ponto de vista estatístico, o DF continuou no período de seca.
Onde ficam as estações no Inmet:
- Centro do DF – Estação Central do Sudoeste
- Noroeste do DF – Brazlândia
- Nordeste do DF – Águas Emendadas em Planaltina
- Sudoeste do DF – Gama
- Sudeste do DF – Paranoá
Episódio semelhante ocorreu em 28 de setembro. Houve registro de chuva em Ceilândia, Taguatinga e Águas Claras, mas nenhum pingo d’água caiu nas estações.
Para o Inmet, 2024 se tornou o ano com a maior estiagem do DF, superando 1963, quando Brasília ficou 163 dias consecutivos sem chuva. No sábado (5/10), a capital registrou a maior temperatura máxima da história, com termômetros a 37,5°C na Estação Meteorológica de Ponte Alta, no Gama.
Calor e seca com os dias contados
De acordo com o Inmet, com o avanço da primavera, o calorão tende a passar ao longo dos próximos dias. As chances de chuva com volume para quebrar a estiagem histórica começam a crescer entre o final da tarde e começo da noite desta segunda-feira.
Durante a manhã, a temperatura mínima foi de 16ºC. À tarde, a máxima vai orbitar nos 37ºC, com umidade relativa do ar ficará entre 15% e 80%.
Segundo o Inmet, a cada dia, a probabilidade de chuvas cresce com o aumento da nebulosidade. Ou seja, a temperatura tende a abaixar e a umidade relativa tende a subir.