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Alunos criam álbum de figurinhas com personalidades e monumentos para comemorar os 200 anos de Franca, SP

By 30 de novembro de 2024No Comments

Projeto foi desenvolvido na escola estadual Professor Luiz Paride Sinelli. Iniciativa resultou em aumento de 95% na presença de estudantes, diz diretora. Escola de Franca cria álbum de figurinhas com personalidades da cidade
Para comemorar os 200 anos de Franca (SP) e incentivar os alunos a estudar, a Escola Estadual Professor Luíz Páride Sinelli apostou em um álbum de figurinhas com 31 personalidades e 21 monumentos francanos.
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A ideia surgiu a partir do material didático já disponibilizado na unidade de ensino e contou com a participação da comunidade local para sair do papel. Ao todo, 35 comerciantes arrecadaram R$ 8 mil para financiar a impressão de 400 exemplares e 4.000 figurinhas.
Diretora da escola, Viviane Marque Nunes Carrijo conta que o álbum não só levou diversão para os alunos, mas também impulsionou o conhecimento.
“Nós tivemos um resultado muito significativo na presença dos alunos, saímos de 80, 87% para mais de 95% de presença. Isso foi muito positivo. Além da aprendizagem, eles tinham de focar no cumprimento das tarefas para poder adquirir os pacotinhos de figurinha.”
A troca de figurinhas e o tradicional ‘jogo do bafo’ movimentaram a escola. A ansiedade para completar o álbum significava mais estudo e mais conhecimento adquirido.
Escola de Franca cria álbum de figurinhas com personalidades e monumentos locais para comemorar os 200 anos da cidade
Reprodução/EPTV
✍Descobrindo personalidades
O esporte que tem o coração dos francanos, foi o que chamou a atenção da aluna Maria Júlia Gimenes, de 13 anos. Em destaque atualmente, a equipe do Franca Basquete carrega muitas histórias e uma delas foi parar no álbum de figurinhas.
“O que eu mais gostei foi o Pedro Murila, por ele ser ex-técnico do time de basquete daqui de Franca. Eu também sempre tive essa conexão com o basquete desde a infância, porque meu irmão jogava e eu sempre gostei bastante, tentei jogar também, mas não deu certo.”
Os monumentos da cidade também chamaram a atenção. A Fonte Luminosa, no Centro de Franca, e a ponte da Vila São Sebastião conseguiram despertar a curiosidade da Maria Júlia que, por vezes, passaram despercebidas pelo caminho.
Emily Valim, de 13 anos, foi conquistada pela história de Geraldo Pelotão, um homem que passava o dia na Praça da Barão jogando pedras nas crianças e adolescentes. Pedro de Souza, de 14 anos, ficou surpreso ao descobrir que Luiza Trajano é francana.
“Ela é líder do grupo Magazine Luiza e realmente era de Franca. Foi uma descoberta minha, realmente. É muito importante pra gente que mora aqui, que nasceu nesse lugar, conhecer também a história, conhecer as pessoas que foram importantes na história.”
Escola de Franca cria álbum de figurinhas com personalidades e monumentos locais para comemorar os 200 anos da cidade
Reprodução/EPTV
Isac de Souza, de 16 anos, conta que o projeto ajudou também os alunos mais tímidos. Isso porque, para conseguir completar o álbum, foi preciso conversar com os colegas e trocar figurinhas.
“Muitos imaginavam que não ia dar muito certo, que muita gente não ia ficar interessada, mas quando viram esse projeto e essa troca, bastante gente começou a interessar, vim a semana inteira na escola. Bastante gente brincando bastante, melhorou no diálogo, as pessoas que tinham mais vergonha de falar começaram ficar mais comunicativas.”
📚Inovar no aprendizado
O professor de história Marlon Antônio Ferreira conta que a iniciativa foi importante para sair do formato padrão de ensino, com livros e slides. Ele conseguiu perceber, dentro da sala de aula, o impacto que o projeto teve no processo de aprendizagem dos alunos.
“Além de comemorar os 200 anos de Franca, a gente conseguiu trazer para a sala de aula um pouco dessa dimensão deles perceberem no ensino da história algo vivo e pulsante.”
Escola de Franca cria álbum de figurinhas com personalidades e monumentos locais para comemorar os 200 anos da cidade
Reprodução/EPTV
Ele acredita que depois do álbum de figurinhas, os alunos conseguiram desenvolver um senso de cuidado maior com o espaços públicos. Para o professor, o olhar vai estar mais atento a cada esquina que eles passarem na cidade.
Viviane compartilha da mesma percepção e comemora os resultados que tiveram com o projeto. Segundo ela, agora é o momento de pensar no futuro e em outras formas de conseguir ensinar os alunos de maneira criativa.
“A partir do álbum de figurinha, eles conseguiram ter um maior sentimento de pertencimento pela cidade e pela escola, eles têm esse cuidado. Eu acredito que logo no começo do ano eles vão estar envolvidos com escola, vão querer frequentar, vão cobrar uma segunda edição do álbum, então nós estamos aí na expectativa.”
Escola de Franca cria álbum de figurinhas com personalidades e monumentos locais para comemorar os 200 anos da cidade
Reprodução/EPTV
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe