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Atração do Galo da Madrugada, Chico César compõe frevo sobre o carnaval do Recife e celebra polos descentralizados da cidade; VÍDEO

By 1 de março de 2025No Comments

Canção ‘Pelo polo’ foi composta em quarto de hotel na quarta (26) e apresentada no mesmo dia pelo artista na internet. ‘Fiquei muito inspirado por esse carnaval espalhado’, disse. ‘Pelo polo’: ouça frevo composto por Chico César em homenagem ao carnaval do Recife
Chico César declarou seu amor ao Recife compondo um frevo em homenagem ao carnaval da cidade (veja vídeo acima). A canção “Pelo polo”, apresentada pelo artista nas redes sociais, celebra a “loucura” dos foliões e os diversos polos de animação da festa recifense, em especial os que ficam em bairros da periferia como Ibura, Várzea e Linha do Tiro.
O cantor paraibano é uma das atrações do Galo da Madrugada, que desfila neste Sábado de Zé Pereira (1º). Na música, ele também exalta o cantor Cannibal, vocalista da Banda Devotos, da comunidade do Alto José do Pinho, na Zona Norte da capital pernambucana (confira a letra ao final desta reportagem).
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O vídeo em que o compositor canta e toca a música no violão foi gravado na quarta-feira (26), no quarto do hotel onde ele está hospedado, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Publicado no Instagram no mesmo dia, o registro recebeu mais de 3 mil curtidas até a manhã desta sexta (28).
Em entrevista ao g1, Chico César contou que teve a ideia de fazer a composição quando viu a programação dos polos descentralizados, que conta com mais de 230 shows em mais de 50 palcos. Esse modelo de festa, com diversos pontos de folia, vigora na cidade desde 2001 (saiba mais abaixo).
“Fiquei muito inspirado por esse carnaval espalhado pelos polos, por esses lugares tão especiais da cidade. E acho que os polos descentralizam [o carnaval] e criam novos centros. Os bairros são os novos centros, e isso é muito bacana”, disse o músico.
Neste ano, o cantor se apresenta no polo da Várzea, no domingo (2), às 23h40. Além disso, ele participou do Encontro das Nações de Maracatu durante a abertura do carnaval, na quinta (27), e sobe ao palco da Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, nesta sexta (28), à meia-noite.
Com 61 anos de idade e mais de três décadas de carreira, o artista contou que sua ligação com o carnaval recifense começou ainda na infância, quando trabalhava numa loja em Catolé do Rocha, cidade do Sertão paraibano onde nasceu.
“Vendia os discos de frevo, os discos carnavalescos, que eram lançados aqui e chegavam lá. Sinto que o frevo, o maracatu e a cultura popular são os elementos mais inspiradores para mim”, afirmou.
Para Chico, o carnaval do Recife é “muito generoso”. “Pernambuco não precisaria buscar artistas de fora, de lugar nenhum. Porque aqui tem uma produção cultural imensa, sempre teve. E é uma produção que vai em várias direções […]. Mas é tão generoso esse carnaval que ele se abre para receber os artistas de fora”, declarou o artista.
Chico César toca ‘Pelo polo’, frevo que compôs em homenagem ao carnaval do Recife
Reprodução/Instagram
Polos descentralizados
A ideia de “descentralizar” a programação de carnaval, criando polos em bairros das zonas Norte e Sul da capital pernambucana, começou a ser implantada em 2001, segundo ano da gestão do ex-prefeito João Paulo (PT), hoje deputado estadual.
Até então, a festa se concentrava no Centro da cidade, com desfile de troças e blocos líricos no Bairro do Recife, e um palco para shows na Avenida Guararapes, em Santo Antônio.
Naquele ano, além do palco na Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, foram criados os primeiros polos descentralizados nos bairros de Casa Amarela, na Zona Norte; da Várzea, na Zona Oeste; e do Ibura, na Zona Sul.
Também foi naquele carnaval que o carnaval de Olinda, sob a gestão da ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB), atual ministra de Ciência e Tecnologia, começou a se “descentralizar”, com a criação do Polo Chico Science no Fortim do Queijo. Desde então, o modelo se expandiu, chegando à estrutura que tem hoje, com 51 polos no Recife e sete na cidade vizinha.
Na visão do cantor e compositor Chico César, esse formato ajuda a tornar o carnaval uma festa mais acessível e democrática.
“É uma forma de democratizar de várias maneiras, primeiro, para o público que vive nessas localidades e que vai ter oportunidade de entrar em contato com vários músicos, artistas, bandas de outros lugares e não vai precisar se deslocar para o Centro. Democratiza também para os artistas, que querem chegar nesses lugares. Acho que é um exemplo perfeito de democracia no carnaval”, afirmou.
Confira a letra de “Pelo polo”:
Vamos embora pro Ibura, meu amor
Vamos embora que o frevo já vem
Vamos embora pra Linha do Tiro
E eu me atiro no frevo também
Na Várzea, no Arsenal
Brincar o carnaval
Saudar a vida louca
No Pinho, Cannibal
Me diz que é bem legal
Não ir é marcar touca
Pular no polo, sentar no colo
Sair do solo e beijar o céu na boca
Tô na Panela, Casa Amarela
Brasília é bela
E no Hemetério dá a gota
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe