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Canto do Alvorada é campeã do desfile das Escolas de Samba de Belo Horizonte pela 18ª vez

By 6 de março de 2025No Comments

Escola, que nasceu na sede do Clube Atlético Mineiro, é a escola que por mais vezes ficou em 1º lugar no Carnaval de Belo Horizonte, completando 18 vezes em 2025 Desfile Canto da Alvorada – Carnaval 2025
Douglas Magno
A Escola Canto do Alvorada é a grande campeã do desfile das Escolas de Samba de Belo Horizonte. Com o tema “Kizomba – Festa da Raça”, o Grêmio Recreativo Canto da Alvorada conquistou seu 18º título no Carnaval de Belo Horizonte. A escola o levou o prêmio de R$ 101 mil pelo primeiro lugar.
“Kizomba – Festa da Raça” é uma releitura do samba enredo que deu a vitória para a Escola de Samba Vila Isabel, do Rio de Janeiro, em 1988. A abolição da escravatura completava 100 anos no Brasil, naquele ano. O desfile se transformou em manifestação contra o racismo.
O resultado foi divulgado na noite desta quinta-feira (6), no Mercado da Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
Durante o evento, também foi anunciado o Grêmio Recreativo Bacharéis do Samba como vencedor dos Desfiles dos Blocos Caricatos. Com o enredo “150 Anos da imigração italiana”, o grupo foi premiado com R$ 33,7 mil.
Os desfiles das Escolas de Samba e dos Blocos Caricatos aconteceram no sambódromo montado na Avenida dos Andradas, entre as ruas Guaicurus e dos Caetés, na segunda-feira (3) e terça-feira (4) de Carnaval.
Veja fotos do desfile das escolas de samba de Belo Horizonte
Desfile Acadêmicos de Venda Nova – Carnaval 2025
Douglas Magno
Premiação
A vice-campeã dos Desfiles das Escolas de Samba foi a G.R.E.S. Imperatriz de Venda Nova. A escola levou R$ 56,1 mil pela segunda colocação.
O grupo nasceu em 2005 em um bar do bairro São João Batista, na Região de Venda Nova, e neste ano homenageou a escritora, cantora e compositora Carolina Maria de Jesus com o samba enredo “Carolina: manuscritos e sonhos de uma mulher do povo”.
O terceiro lugar ficou com a Estrela do Vale, criada em 2009, no bairro Santa Cecília, na Região do Barreiro . Com a apresentação “Elis… a pimentinha mais doce do Brasil”, o grupo homenageou a cantora Elis Regina e embolsou R$ 28,1 mil.
Conheça os enredos das escolas de samba de BH que desfilam nesta terça-feira
Escola de samba Mocidade Verde e Rosa é a campeã do Carnaval de BH
A escola de samba G.R.E.S. Mocidade Independente Bem-Te-Vi caiu para o Grupo B. Bem-Te-Vi é uma das escolas mais antigas, de 1979, e foi fundada no bairro Carlos Prates, Região Noroeste da capital.
Já Escola de Samba Triunfo Barroco, que desfilou pelo Grupo de Acesso, foi classificada e desfilará pelo Grupo Especial em 2025. O enredo da escola foi “1985: 40 anos de redemocratização do Brasil – A liberdade é o outro nome de Minas”. O valor da premiação foi R$ 21,2 mil.
Os critérios de pontuação avaliam diversos aspectos, incluindo o desempenho da Bateria, a qualidade do Samba-Enredo, a coesão do Conjunto, a criatividade do Enredo, a beleza das Alegorias e Adereços, a originalidade das Fantasias, a performance da Comissão de Frente, o talento do Mestre-Sala e da Porta-Bandeira, além da Harmonia geral da apresentação.
Confira os preparativos das Escolas de Samba Canto da Alvorada e Imperatriz de Venda Nova
Canto da Alvorada
A G.R.E.S. Canto da Alvorada foi fundada em 17 de abril de 1979, a partir de uma conversa entre um grupo de carnavalescos de Belo Horizonte, que tiveram a ideia de criar uma escola de samba nos moldes das escolas cariocas. Anibal Goulart, Irineu Fernandes e Hélcio Mendonça foram os fundadores da escola.
A conversa foi na sede do Clube Atético Mineiro. Como a decisão era de que o símbolo fosse a ave, o nome da agremiação veio da inspiração de dona Íris, esposa de Anibal.
A explicação? Quem canta na alvorada é o galo! Com isso, a escola vinculou seu nome ao Atlético.
A Canto da Alvorada é, atualmente, a escola de Samba com o maior número de títulos, totalizando 18 vezes campeã do Carnaval de BH.
A escola teve uma trajetória brilhante, inovando e mudando a cara do Carnaval de Belo Horizonte.
Considerada uma das maiores agremiações da cidade, ela mantém parcerias e intercâmbios com as principais escolas do Rio de Janeiro, como Beija-Flor, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos do Viradouro.
Grêmio Recreativo Bacharéis Do Samba no carnaval de 2025 com o enredo “150 Anos da imigração italiana”
TV Globo
Blocos Caricatos
Os Desfiles dos Blocos Caricatos ocorreu na última segunda-feira (3), também no sambódromo montado na Avenida dos Andradas.
O campeão foi o Grêmio Recreativo Bacharéis Do Samba com o enredo “150 Anos da imigração italiana”. O grupo foi premiado com R$ 33,7 mil.
O vice-campeão foi o Estivadores do Havaí, com o tema “Estivadores do Havaí assombrando o Carnaval”, ficou em segundo lugar e faturou R$ 22,47 mil.
Em terceiro lugar, o Mulatos do Samba, que apresentou o tema “Se avexe não, mulatos na terra do sol ardente, hoje o Nordeste vem no coração da gente”, conquistou o prêmio de R$ 11,23 mil.
Assista aos vídeos mais vistos do g1 Minas:

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe