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Carnaval 2025: confira as histórias e personagens por trás dos enredos das escolas que se apresentam no segundo dia de desfile em SP

By 1 de março de 2025No Comments

Mais sete escolas se apresentam neste sábado (1º), no Anhembi. Veja as escolas de samba da segunda noite do Grupo Especial de São Paulo
Mais sete escolas se apresentam neste sábado (1º), no Anhembi, em São Paulo.
Zé Celso, o senhor das artes cênicas, ganha o palco da escola de samba Vai-Vai.
“Um homem muito à frente do seu tempo que fez da sua obra, fez do seu teatro uma cápsula do tempo para explicar que a liberdade não tem preço”, diz Sidnei França, carnavalesco da Vai-Vai.
Zé Celso, o senhor das artes cênicas, ganha o palco da escola de samba Vai-Vai
Reprodução/TV Globo
Para contar a história do ator, diretor, dramaturgo que morreu em 2023… a escola vai reproduzir na avenida o: o Teatro Oficina. E é isso. Sem mais spoilers porque a Vai-Vai quer surpreender na avenida e ela não é a única guardando segredos… como o símbolo da Gaviões da Fiel que para não estragar a surpresa, mostramos ainda sem seu formato, digamos, africano. E sem o movimento inédito que vai fazer.
“Tudo que a gente vai contar é como se a gente estivesse na África. A gavião tem que estar todo ano, a gente está em uma escola de torcida, ele vai estar lá, mas ele vai estar de uma forma muito africana”, afirma Rider Pereira, carnavalesco da Gaviões da Fiel.
Os rituais africanos com máscaras vão guiar o enredo pela viagem do espírito mensageiro no primeiro enredo afro da escola.
Os rituais africanos com máscaras vão guiar o enredo pela viagem do espírito mensageiro no primeiro enredo afro da Gaviões da Fiel
Reprodução/TV Globo
Retalhos de cetim é um samba de coração partido de Benito de Paula. Na homenagem da Águia de Ouro ao cantor, os retalhos foram costurados à mão no primeiro carro. E o enredo vai pela avenida seguindo o pedido que o próprio cantor fez:
“Nós fomos até a casa de Benedito de Paula e ele adorou. Uma coisa, uma frase que foi muito, muito latente na minha cabeça que ele falou assim: ‘não vamos falar sobre a minha história, vamos falar sobre a minha música'”, diz André Machado, carnavalesco Águia de Ouro.
Benito de Paula será o homenageado da Águia de Ouro
Reprodução/TV Globo
Contos de fada. Os mesmos, mas diferentes… A Império de Casa Verde traz sua própria interpretação de histórias infantis.
“A gente vai abordar a literatura infantil. Trazendo princesas negras e princesas fora do padrão, né? Que foi imposto pela sociedade. A gente vai brincar o carnaval, mas trazendo esse questionamento, será que realmente é essa versão mesmo que a gente tem que acreditar até hoje? Então é trazer para o que a gente passa hoje, atual, né? Preconceito, racismo”, conta Leandro Barbosa, carnavalesco Império de Casa Verde.
Império de Casa Verde traz sua própria interpretação de histórias infantis
Reprodução/TV Globo
O arco-íris do terceiro milênio vai começar com as caravelas em que chegaram os portugueses… A história LGBTQIA+ vai seguir pela avenida. Com um elenco de gigantes… Esculturas de animações de artistas da comunidade LGBT. Três a gente pode mostrar, mas ao todo são 9 em cima de um grande carro que é um dos destaques da Milênio. Já reconheceu algum deles aqui?
“Nós vamos trazer à tona pessoas, personalidades, atitudes que mudaram, grandes ganhos dessa comunidade. A gente vai abarcar de maneira política, de maneira emocional, de maneira celebrativa uma história que talvez poucas pessoas conheçam”, diz Murilo Lobo*, carnavalesco Estrela do Terceiro Milênio.
A história LGBTQIA+ vai seguir pela avenida com a Estrela do Terceiro Milênio
Reprodução/TV Globo
A busca pelo manto sagrado tupinambá que, até em 2024, estava em um museu na Dinamarca, virou enredo da Acadêmicos do Tucuruvi.
“O manto é um ser, é um espírito, foi considerado como suvenir, levado e era moeda de troca, era um suvenir, era um presente que os próprios grandes navegadores, o próprio Nassau, levava para presentear as cortes europeias”, ressalta Nílcolas Gonçalves, carnavalesco Acadêmicos do Tucuruvi.
Busca pelo manto sagrado tupinambá que, até em 2024, estava em um museu na Dinamarca, virou enredo da Acadêmicos do Tucuruvi
Reprodução/TV Globo
A Mocidade Alegre, atual campeã do Carnaval de São Paulo, canta a relação do povo brasileiro com os amuletos, seus objetos de devoção e suas mandingas.
“Que as pessoas olhem para qualquer objeto de devoção, pra qualquer amuleto religioso e olhem para eles como um objeto de fé e não vejam ali as divisões da religiosidade diversas que a gente tem dentro do nosso país”, afirma Caio Araújo, carnavalesco Mocidade Alegre.
Mocidade Alegre, atual campeã do Carnaval de São Paulo, canta a relação do povo brasileiro com os amuletos
Reprodução/TV Globo
A transmissão do carnaval na Globo é depois do Big Brother Brasil.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe