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Chuva tira escorpiões da toca: moradora do DF encontra 5 em uma semana

By 13 de outubro de 2024No Comments

“Tive que sair de casa com meus filhos”. É assim que Marcela Furiatti da Mata, 38 anos, começa o relato. Ela precisou sair do apartamento em que morava com os dois filhos e o marido por causa de uma infestação de escorpiões. A família achou cinco desses animais em menos de uma semana. Esses bichos são responsáveis pela maioria dos acidentes com animais peçonhentos no Distrito Federal. Em 2023, foram 2,9 mil ocorrências do tipo.

Já este ano, entre janeiro e setembro, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) registrou 2.157 acidentes por escorpiões. Marcela mora na Octogonal e relata que o primeiro escorpião foi encontrado pelo filho de 6 anos, no box do banheiro. A família conseguiu matar o animal, mas, nos dias seguintes, mais três apareceram. Por isso, Marcela decidiu “interditar” o banheiro.

“Depois que apareceram 3 escorpiões eu liguei para o 160. Mas, meu CPF não foi reconhecido no cadastro e como é uma mensagem automática, não consegui atendimento. Liguei na ouvidoria do GDF e mandei um e-mail”. Segundo ela, o e-mail foi respondido dizendo que iriam agendar uma visita, mas, até o momento, o agendamento não foi feito.

“Um dia depois, cheguei da escola com meu filho e fui ao banheiro pegar uma para pegar uma escova, porque a gente nem estava usando mais esse banheiro. Quando eu fui colocar a mão na maçaneta, eu vi o escorpião saindo pela lateral da porta. Se eu tivesse distraída eu teria sido picada”. Veja o vídeo do escorpião saindo na lateral da porta:

Para evitar ser uma das vítimas, Marcela precisou ficar dois dias fora de casa. “Nós fizemos uma vistoria por conta própria e vedamos as frestas de um armário do banheiro. Depois disso, não apareceu mais nenhum. Suspeito que eles deram cria na fresta desse armário”, completa Marcela.

Riscos da picada de escorpião

Embora possam ser encontrados o ano inteiro, é no período chuvoso que os escorpiões são vistos com maior frequência em casas. Os locais preferidos dos escorpiões são, em geral, úmidos e escuros, como caixas de esgoto, rachaduras e espaços entre tubulações. Para conter o acesso dos animais às residências, é preciso criar barreiras físicas.

De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-DF), 80% dos acidentes são classificados como leves, em que há apenas desconforto na área afetada e são tratados com medicação. Já sintomas como náuseas, vômitos e dores de cabeça aparecem em situações moderadas e graves, em que pode ser necessário o uso do soro antiescorpiônico.

O fazer de imediato quando for picado?

  • Lave o local da picada com água e sabão para remover sujeira;
  • Eleve o membro afetado a fim de evitar que o veneno se espalhe mais rapidamente;
  • Procure atendimento médico imediatamente. Informe qual animal o picou para que o tratamento seja mais eficaz.

Como evitar escorpiões 

  • Evitar acumulo de umidade;
  • Estender e checar toalhas, roupas e sapatos antes de utilizar;
  • Afastar as camas das paredes;
  • Usar telas nas janelas e vedação nas portas;
  • Deixar os eletrônicos bem plugados nas tomadas para impedir o acessos dos animais pela tubulação;
  • Retirar entulhos como restos de materiais de construção;
  • Manter a caixa de gordura limpa e bem tampada;
  • Controlar as baratas, principais alimentos de escorpiões.

Casos graves

Apesar de serem registrados com menos frequência, casos graves podem ocorrer. O filho de Adriana Caitano, Thomas Caitano, foi picado cinco vezes por um escorpião em 1º de janeiro de 2023, na cabeça.  Inicialmente, o menino foi atendido no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde recebeu os primeiros socorros e o soro contra o veneno.

Após ficar 100 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Thomas, hoje com 4 anos, faz terapias para recuperar parte das sequelas deixadas pela picada. Em relatos nas redes sociais, Adriana conta como é a rotina com o filho.

Ao Metrópoles, ela conta que, como sequela das paradas cardíacas, o menino teve uma paralisia cerebral, que o deixou acamado.

“Também teve que colocar traqueostomia para respirar e gastrostomia para se alimentar. Por isso, ele tem home care, o atendimento domiciliar 24 horas”, diz Adriana. Desde que Thomas recebeu alta hospitalar, em abril do ano passado, ele teve evoluções no tratamento. “O que avançou foi que ele entende mais o que falamos, reconhece nossa voz e sorri dependendo do que falamos. O que tem melhorado, também, é a parte respiratória. Ele dependia totalmente da ventilação mecânica, mas hoje está conseguindo ficar sem durante o dia, só usa para dormir”.

3 imagens

Thomas levou cinco picadas

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Adriana e Thomas

Arquivo Pessoal

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Thomas levou cinco picadas

Arquivo Pessoal

3 de 3

Arquivo Pessoal

Adriana considera que Thomas é um milagre. “Uma picada é suficiente para matar uma criança, já vimos muitos casos. O Thomas levou cinco picadas e sobreviveu por um milagre e por ter sido atendido na hora certa, claro”.

“Quem mora em apartamento tem que cobrar medidas do condomínio. O escorpião não escolhe classe social, tem registros na Asa Sul, no lago, em Águas Claras e na Estrutural. Então ninguém está imune. Acho importante registrar com ênfase também a história do soro no hospital, que só é dado em casos com sintomas graves, como vômito e febre. E tem que ser hospital público, não adianta ir ao particular porque, se precisar do soro, não vai ter”.

“Passamos por dias muito difíceis, quase insuportáveis, nossa vida mudou completamente, mas aos poucos vamos nos acostumando com a nova realidade. O sorriso dele é meu principal combustível para seguir em frente, ir atrás de nossos sonhos e da melhor qualidade de vida possível para ele”, conclui Adriana.

 

 

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe