A região administrativa do Sol Nascente, no Distrito Federal, não é mais considerada a maior favela do país. A comunidade abriga 70. 908 moradores e tem, atualmente, uma população menor que a Rocinha, localizada no Rio de Janeiro, que conta com mais 72 mil pessoas. As informações foram divulgadas, nesta sexta-feira (8/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Censo Demográfico 2022 – Favelas e Comunidades Urbanas.
As 10 maiores favelas e comunidades urbanas por número de moradores são:
- Rocinha – Rio de Janeiro (RJ) – 72. 021 pessoas
- Sol Nascente – Brasília (DF) – 70. 908 pessoas
- Paraisópolis – São Paulo (SP) – 58. 527 pessoas
- Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM) – 55. 821 pessoas
- Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ) 55. 653 pessoas
- Heliópolis – São Paulo (SP) 55. 583 pessoas
- Comunidade São Lucas – Manaus (AM) 53. 674 pessoas
- Coroadinho – São Luís (MA) 51. 050 pessoas
- Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA) 43. 105 pessoas
- Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA) 38. 871 pessoas
Em relação ao tamanho das comunidades tendo em vista a quantidade de domicílios particulares permanentes ocupados, o Sol Nascente é a 3ª maior favela do Brasil com 21. 889 residências. Os dois primeiros postos são da Rocinha e a região de Rio das Ostras, que ambém fica no Rio de Janeiro.
Entre as 20 favelas e comunidades urbanas que apresentaram o maior número de domicílios, oito estão localizadas no Sudeste; quatro no Nordeste; sete no Norte; e uma no Centro-Oeste, sendo o Sol Nascente. A região Sul não apresentou nenhuma favela.
Outro dado que evidencia a forte presença desse tipo de localidade urbana é o ranking com as favelas e comunidades urbanas por extensão territorial. As três maiores de todo o país ficam na capital federal: 26 de Setembro (10,5 km²); Sol Nascente (9,2 km²) e Morro da Cruz (5,9 km²). Ao todo, o DF possui 62 favelas e comunidades que contam com mais de 236 mil moradores.
O conceito de favelas e comunidades urbanas utilizada pelo IBGE engloba territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos dirigidos à garantia do direito à cidade. Em 2022, segundo o levantamento, o Brasil 12.348 favelas com mais de 16,39 mihões de residentes nas áreas.