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Doença milenar atinge 10 pessoas por dia no DF e matou 7 bebês em 2023

By 13 de outubro de 2024No Comments

Neste mês, somos frequentemente lembrados da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, com a campanha Outubro Rosa. No entanto, este período também chama a atenção para uma causa igualmente significativa: o Outubro Verde, que visa aumentar a conscientização sobre a sífilis e a sífilis congênita.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis adquirida apresenta-se quando sua transmissão ocorre pelo contato sexual desprotegido ou pelo contato com sangue contaminado. Já a forma congênita é transmitida da mãe para o feto durante a gestação/parto de uma mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada.

Dados do informativo epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) indicam que, em 2023, foram registrados 3.913 casos de sífilis adquirida. Isso equivale a uma média de 10 diagnósticos por dia na capital do país.

Desse total, a SES-DF notificou 1.135 casos da doença em gestantes e 302 casos de sífilis congênita, transmitida de mãe para filho. Conforme apurado pela reportagem, dos diagnósticos em bebês, 7 resultaram em óbitos no ano passado.

Além disso, o levantamento revela um aumento alarmante de 61% nas notificações de sífilis adquirida em relação ao ano anterior, que registrou 2.426 diagnósticos.

O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença.

A técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da Secretaria de Saúde do DF, Daniela Magalhães, explica que, embora a sífilis seja uma doença de conhecimento milenar, curável e de tratamento acessível, o número de casos registrados continua a aumentar anualmente.

“A gente vive hoje a realidade do mundo, e no DF não é diferente, que é de uma epidemia de sífilis. Vemos um aumento muito grande no número de casos de sífilis adquirida e se desdobra na transmissão vertical, que é quando a mãe passa para o bebê na gestação. E, para o bebê, a infecção tem uma alta letalidade”, avalia Daniela.

O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização de penicilina benzatina. Todavia, a maior barreira para o tratamento é o diagnóstico, visto que a maioria das pessoas infectadas é assintomática, e os sinais e sintomas que podem se manifestar, muitas vezes não são valorizados ou percebidos.

Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado pode causar complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar até mesmo à morte.

De acordo com a técnica da Gevist, o aumento no número de casos também evidencia uma melhora na capacidade de diagnóstico da infecção. “Se eu estou descobrindo mais pessoas infectadas, então também estou tratando. E, consequentemente, interrompendo o que a gente chama de cadeia de transmissão”, relaciona.

O perfil dos pacientes que foram diagnosticados com sífilis adquirida em 2023 são pessoas com ensino médio completo, na faixa etária entre 19 e 39 anos e a maioria do sexo masculino.

“A gente observa que o grau de adoecimento está na população jovem. Uma população extremamente ativa, do ponto de vista sexual, e na época dos aplicativos de encontros isso acaba aumentando ainda mais. Então, eu ouso dizer que devo ter mais casos, mas que não estão procurando diagnóstico”, observa.

Sífilis gestacional e congênita

A transmissão vertical – de mãe para bebê – pode ser evitada com a realização de testes de detecção da sífilis durante o pré-natal. A recomendação é que a mulher seja testada no primeiro e terceiro trimestre de gestação, no momento do parto ou em casos de aborto e exposições de risco.

Caso não seja tratada corretamente, a infecção nas gestantes pode resultar em situações sérias como aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e manifestações congênitas, que podem aparecer tanto precocemente quanto tardiamente.

Em 2023, a SES-DF notificou 1.135 casos da doença em gestantes e 302 casos de sífilis congênita, transmitida de mãe para filho. Conforme apurado pela reportagem, dos diagnósticos em bebês, 7 resultaram em óbitos no ano passado.

“Nós falamos que são perdas fetais evitáveis, porque se a mulher faz pré-natal, ela tem três oportunidades de ser diagnosticada e tratada. A sífilis congênita, quando ela acontece, conta uma história sobre o contexto social em que a gestante está inserida e o acesso dela aos serviços de saúde”, comenta Daniela.

A técnica pondera, ainda, que, com o aumento de diagnósticos de sífilis adquirida, a tendência seria de que as notificações de sífilis congênita diminuíssem. No entanto, ambas as detecções têm aumentado.

De 2019 para 2023, os casos de gestantes infectadas com sífilis aumentaram em 50%.

“Se estamos detectando muita sífilis adquirida, deveria estar diminuindo os casos em gestantes e bebês, mas é preciso olhar o perfil. Estamos detectando muito em homens. E as mulheres acabam só tendo acesso quando engravidam e vão fazer o pré-natal. Então, a gente observa esse aumento porque as mulheres estão engravidando infectadas, porque elas não se testam antes”, analisa.

Testagem

O tempo médio para o resultado de um teste rápido para sífilis é de 30 minutos. O exame e o diagnóstico podem ser realizados nas UBSs, após coleta de uma gota de sangue. Em casos de reagente, será preciso um teste laboratorial para a conclusão.

É possível também fazer o exame inicial no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto, e no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na 508 Sul.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe