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Elena Guerra: veja quem será a mais nova santa italiana e entenda a relação dela com o Brasil

By 19 de outubro de 2024No Comments

Após ser considerada beata por 65 anos, professora e fundadora de ordem religiosa em Lucca, na Itália, será elevada à santa em cerimônia no domingo (20) pelo Papa Francisco. Milagre atribuído à ela em 2010 ocorrido em Minas Gerais foi fundamental para a canonização. Beata Elena Guerra
Reprodução/Redes sociais
A Igreja Católica ganha no próximo domingo (20) mais uma santa. Elena Guerra será canonizada às 5h30 (horário do Brasil) em uma cerimônia no Vaticano. Mas, quem é a beata conhecida como ‘Apóstola do Espírito Santo’ e qual a relação dela com o Brasil?
Elena Guerra nasceu e viveu na Itália entre 1835 e faleceu em 1914. Foi professora, fundadora da Congregação Oblatas do Espírito Santo e era conhecida também por ser uma pessoa muito caridosa. (Leia sobre a vida dela mais abaixo)
No Brasil, a beata é conhecida e dá nome à escolas de formação religiosa e também de ensino infantil. Mas foi em um grupo de orações de Minas Gerais que a fé em Elena Guerra levou à cura de um homem que estava desenganado pela medicina. E foi esse episódio no Brasil, considerado um milagre pelo Vaticano, o responsável por torná-la santa. (Entenda o caso lendo esta reportagem).
Quem foi Elena Guerra
Casa em que Elena Guerra viveu
Henrique Mendes/Diocese de Uberlândia
De acordo com publicações especializadas na doutrina católica, Elena Guerra nasceu no dia 23 de junho de 1835, na cidade de Lucca à beira do rio Serchio, na região da Toscana. Aos 19 anos estudou enfermagem e trabalhou cuidando de doentes afetados pela pandemia de cólera na Europa.
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Após se dedicar aos cuidados do próximo, Elena ficou por 8 anos em cima de uma cama devido a uma doença desconhecida. Foi nessa época que se dedicou à meditação da Bíblia e ao estudo dos padres da igreja.
Em 1865, curada, a jovem assistiu a uma sessão do Concílio Vaticano I, onde foram discutidas as questões doutrinárias necessárias para espalhar a fé. Elena sentiu ainda mais a necessidade de criar uma comunidade religiosa. Ela então idealizou a primeira Associação de Amigas Espirituais, que reunia jovens de Lucca e outras cidades.
Ao longo do tempo, o grupo cresceu e se tornou a Congregação das Irmãs de Santa Zita, de quem Elena Guerra era muito devota. Em 1897, ela foi recebida pelo Papa Leão XIII, que a encorajou a continuar com seu apostolado e sugeriu a mudança do nome de sua congregação para Oblatas do Espírito Santo.
Elena morreu em 11 de abril de 1914, em um sábado na véspera da Páscoa, deixando um legado de cuidado e amor pelo próximo, sendo reconhecida em 1959 como beata pelo Papa João XXIII.
Quarto em que dormia Elena Guerra
Henrique Mendes/Diocese de Uberlândia
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Canonização
Paulo Gontijo
Reprodução / TV Integração
A história que culminou na publicação de um decreto pelo Papa Francisco no dia 13 de abril de 2024, reconhecendo o milagre atribuído à beata Elena Guerra e abrindo caminho para ela se tornar santa, aconteceu em 2010, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Na época, o enfermeiro que hoje é aposentado, Paulo Gontijo, tinha 49 anos e sofreu um grave traumatismo craniano e teve suspeita de morte encefálica depois de bater a cabeça ao cair de uma árvore de 6 metros de altura enquanto fazia uma poda.
Após 25 dias em coma no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), os médicos deram poucas chances de que Paulo iria sobreviver aos danos causados pela queda e, caso se salvasse, teria sequelas graves.
A família lembra que a situação de Paulo era tão grave que o caso dele passou a ser tratado dentro de um protocolo de morte encefálica. Assim, pediram ao pároco da igreja que frequentavam, William Eurípedes Garcia, para que Paulo recebesse a extrema unção – sacramento católico que consiste na unção do enfermo acompanhada de uma oração – na Unidade de Terapia Intensiva.
“Eu levei o sangue de Cristo, que é o vinho consagrado, com a intenção de pingar algumas gotas na língua dele, para que ele pudesse ter ali a presença de Cristo vivo e ressuscitado junto dele. Eu coloquei essas três gotas na língua do Paulo, onde ele abruptamente reagiu de maneira brusca ao tocar o sangue na língua, uma pessoa que já estava com o quadro de morte, ter esses movimentos bruscos foi surpreendente. Eu fui pego de surpresa com esse milagre que foi imediato”, lembrou o padre.
Assim, após o milagre da Beata Elena em Uberlândia foi iniciada uma investigação para comprovar a sua santidade. Para o processo, é preciso solicitar a abertura da causa, nomear um responsável para acompanhar o processo, investigar a fama de santidade do candidato, comprovar um milagre realizado após a morte do candidato a santo, beatificar o candidato, comprovar um segundo milagre, desta vez realizado após a beatificação, para enfim proclamar o candidato santo, que é a canonização propriamente dita.
Paulo visitou o túmulo de Ela Guerra junto da esposa
Henrique Mendes/Diocese de Uberlândia
Após a investigação e reunião dos documentos, em 2013, a Diocese de Uberlândia encerrou o processo e encaminhou para Roma. Neste dia que encerrou as investigações no Brasil, os documentos foram lacrados e enviados para a Santa Sé, para a Congregação da Causa dos Santos.
Na sessão solene de clausura – que é uma fase do inquérito de canonização – foram apresentadas duas cópias autenticadas do processo referente ao suposto milagre.
Durante a fase de investigação do milagre, um representante da Igreja Católica foi enviado à Uberlândia para recolher documentos e pedir que novos exames fossem feitos em Paulo.
Vários encontros foram realizados na Itália ao longo desses anos com representantes da igreja, e após mais de 10 anos, o Papa Francisco promulgou o decreto que reconheceu o milagre da beata no Brasil.
O milagre em Uberlândia foi o primeiro após a beatificação de Elena e se tornou prova viva de sua santidade, segundo a Igreja Católica.
Oração à beata Elena Guerra
“Ó Deus, que destes à Beata Helena Guerra a graça de compreender a importância e a força do vosso Espírito Santo, dai também a nós a graça de experimentá-lo em nossas vidas, para que, como a Beata Helena, possamos dedicar nossas vidas ao amor verdadeiro por todos aqueles que mais necessitam. Amém. Beata Helena Guerra, rogai por nós.”
Tumulo de Elena Guerra, em Lucca, na Itália
Divulgação
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

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Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe