Skip to main content
g1

Em meio às serras mineiras, um importante marco arquitetônico completa 80 anos

By 31 de outubro de 2024No Comments

Grande Hotel Termas de Araxá: 80 anos de história e arquitetura No coração de Minas Gerais, o Grande Hotel Termas de Araxá é mais do que um monumento turístico. Completando 80 anos em 2024, este símbolo da arquitetura brasileira tem sido, ao longo das décadas, um marco para a engenharia, a arquitetura e a hotelaria nacional. Erguido em um período conturbado da história mundial — em plena Segunda Guerra Mundial —, o hotel se destaca por seu estilo neoclássico, que remete à riqueza de detalhes pouco vistos em construções da época.
O principal responsável pela arquitetura do Grande Hotel Termas de Araxá é Luiz Signorelli, um arquiteto e pintor mineiro, formado no Rio de Janeiro. No projeto, ele uniu o estilo eclético do neoclássico com a inovação do Art Decó e do modernismo, com salões, colunas e elementos decorativos atrativos. Os detalhes são todos em homenagem às características da arquitetura do início do século XX.
Salão Azul ou Solar de Inverno chama atenção tem vitrais que representam o céu sempre estrelado de Araxá. O teto é sustentado por colunas de estilo Dórico, o que traz a sensação de paz e tranquilidade, complementada pela vista incrível das suas grandes janelas
Banco de Imagens /Divulgação
O exterior do Grande Hotel Termas de Araxá foi inspirado nas Missões Espanholas, mesmo estilo encontrado nas antigas construções coloniais da América Espanhola, em países como Colômbia e Venezuela. Esse estilo faz com que as paredes carreguem um ideal de simplicidade, por conta do barro avermelhado.
A combinação da simplicidade com requinte dos detalhes é o que faz com que a arquitetura seja singular
Banco de Imagens /Divulgação
Entre paredes que contam histórias, a parte interna do hotel carrega o estilo Neoclássico, nítido nos capitéis das colunas e arcos do local. Caminhar pelos corredores é como mergulhar em uma viagem no tempo, é despertar a sensação de estar em uma estrutura Greco-Romana, mesmo estando no interior de Minas.
Arquitetura do Grande Hotel se inspirou no estilo Neoclássico
Banco de Imagens /Divulgação
Em meio ao verde das montanhas mineiras, o hotel se tornou uma referência não só pela sua arquitetura singular, mas também por suas termas, que atraem turistas de todo o Brasil e do mundo. Os banhos termais, com propriedades medicinais, são uma atração à parte, com uma galeria suspensa que se abre com uma rotunda de 17 metros de altura, preenchida com vitrais que descrevem a história de Araxá e do Complexo do Barreiro. Com 16.300 m², o trajeto é repleto por paisagens e pontos turísticos de Minas Gerais que remetem ao estilo clássico e proporcionam aos visitantes uma experiência de relaxamento e bem-estar.
No piso das termas, uma grande mandala energética de oito pontas é símbolo para a arquitetura e, também, para a espiritualidade
Banco de Imagens Grande Hotel
Entre a vegetação tropical do cerrado mineiro, 400.000 m² de área verde guardam os segredos de um dos cenários mais representativos do estado. Esse verde que circula o hotel foi transformado em jardim por Roberto Burle Marx. O artista imprimiu sua assinatura no Grande Hotel e em todo o país, pois ajudou a introduzir o paisagismo moderno no Brasil e foi um dos pioneiros a reivindicar a preservação das florestas tropicais.
Burle Marx imprimiu sua assinatura no Grande Hotel com o paisagismo moderno e a preservação da natureza do entorno
Banco de Imagens Grande Hotel
Nos dias atuais, o Grande Hotel Termas de Araxá continua a encantar por sua riqueza de detalhes. Os hóspedes são pessoas interessadas na história e na cultura do local, além de aqueles que procuram um refúgio descanso. Aos fins de semana e feriados, o hotel costuma receber um fluxo constante de visitantes, muitos dos quais atraídos pela arquitetura e pela oportunidade de vivenciar a história de perto. Visitas guiadas pelo interior do hotel são bastante populares, permitindo que os hóspedes conheçam os salões, as suítes e as termas, enquanto aprendem sobre a história do edifício e os desafios enfrentados para sua construção.
Parceria com a Codemge pelo desenvolvimento do Turismo em MG
A Codemge tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais. E o projeto de parceria com a iniciativa privada para administração do Grande Hotel – um dos ativos turísticos mais importantes da Codemge, está alinhado com essa missão, pois estimula o turismo e a conectividade regional, destacando o estado de Minas Gerais, promovendo-o como destino.
De acordo com a Diretora de Relações Institucionais do Grande Hotel, Fernanda Zatar Bicalho, preservar um patrimônio é garantir que a história permaneça viva para diferentes gerações. Cada parede, cada detalhe arquitetônico, cada espaço preservado carrega as memórias de um tempo que moldou a cultura e a identidade de um lugar. “Cuidar desse patrimônio, não é apenas conservar o empreendimento, é também assegurar que futuras gerações tenham a oportunidade de vivenciar, aprender e se conectar com o passado de maneira tangível”, comentou Fernanda.
Serviço
Informações e reservas: 0800 0031 910 – reservas.araxa@gharaxa.com
www.grandehotelaraxa.com
instagram: @grandehoteldearaxa
facebook:.facebook.com/grandehoteldearaxa/

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe