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Empresário come banana da obra de arte que comprou por R$ 35,8 milhões

By 29 de novembro de 2024No Comments

‘É muito melhor do que outras bananas’, disse Sun depois de experimentá-la. ‘Comê-la numa conferência também pode tornar-se parte da história da obra de arte’. Justin Sun come banana de obra de arte polêmica que ele comprou por US$ 6,2 bilhões, em Hong Kong, em 29 de novembro de 2024.
Peter Parks/ AFP
Justin Sun, empresário e fundador da plataforma de criptomoedas Tron, comeu a banana da obra de arte que ele comprou por US$ 6,2 milhões (ou R$ 35,8 milhões).
Ele comeu a fruta na manhã desta sexta-feira (29) durante uma entrevista coletiva em Hong Kong, onde aproveitou o momento para traçar paralelos entre a obra de arte e a cripto.
“É muito melhor do que outras bananas”, disse Sun depois de experimentá-la. “Comê-la numa conferência também pode tornar-se parte da história da obra de arte”.
Justin Sun retira banana de obra arte polêmica que ele comprou por US$ 6,2 bilhões para comê-la, em Hong Kong, em 29 de novembro de 2024.
Peter Parks/ AFP
A casa de leilões da Sotheby’s informou que, durante o leilão da obra, que ocorreu na última semana, sete compradores ou seus representantes competiram para adquirir a obra intitulada “Comedian” (“Comediante”, em português). Durante as apostas, o preço do item subiu de US$ 800 mil (R$ 4,8 milhões) para US$ 5,2 milhões (R$ 31,7 milhões) – ou US$ 6,2 milhões (R$ 35,8 milhões) somando comissões -, quando o martelo foi batido.
Após adquirir a arte, o empresário prometeu comer a fruta “como parte dessa experiência artística única, honrando seu lugar tanto na história da arte quanto na cultura popular”.
O executivo de 34 anos já havia chamado a atenção ao adquirir uma escultura de Alberto Giacometti, “The Nose”, por US$ 78,4 milhões (R$ 422 milhões em valores da época), em 2021.
O jornal The New York Times conversou com o comerciante Shah Alam, de 74 anos, que foi o responsável por vender a banana para o artista, por 25 centavos de dólar, antes da obra ser criada. Ele ficou frustrado ao saber que sua fruta foi vendida por um valor milionário. “Eu sou um homem pobre […] eu nunca tive esse dinheiro na vida, disse.
Uma porta-voz da Sotheby’s, confirmou que a banana foi comprada do carrinho onde o Sr. Alam trabalha no dia da venda da obra. Segundo o portal norte-americano, Alam era funcionário publico de Bangladesh, antes de se mudar para os Estados Unidos, em 2007.
Seu turno na barraca de fruta dura 12 horas e ele trabalha quatro vezes na semana.
👄 Banana já foi comida
Enquanto a obra estava exposta no Art Basel de Miami, em 2019, o artista performer norte-americano David Datuna publicou um vídeo nas redes sociais em que caminha até a banana, a tira da parede branca, descasca e come na frente do público.
No vídeo, é possível ouvir uma mulher dizendo: “Isso é tão estúpido, senhor!”.
Artista come banana que vale US$ 1 milhão
Ele intitulou sua “performance artística” de “Hungry Artist” (“Artista com fome”). No Instagram, o artista escreveu: “Adoro o trabalho de Maurizio Cattelan e realmente amei essa instalação. Estava uma delícia!'”.
Alguns especialistas afirmaram, à época, que ele não destruiu a obra, já que o trabalho artístico é mais uma ideia do que apenas algo físico. Tanto que, após a intervenção de Datuna, a banana foi substituída rapidamente por outra.
Dias depois, o performer se gabou em uma coletiva de imprensa em Nova York de ser “o primeiro artista a comer a arte de outro artista”.
🍌 Outra mordida “na banana”
Já no ano passado, um aluno de estética da Coreia do Sul comeu a banana exposta no Leeum Museum of Art, em Seul.
Noh Huyn-sso afirmou que comeu a banana porque estava com fome. Em uma entrevista à rede de TV pública da Coreia, KBS, ele disse também que a fruta é trocada com frequência, porque a instalação exige que a banana tenha uma aparência fresca. De fato, em 30 minutos a banana foi trocada.
E, como a banana é sempre substituída, o chefe de arte contemporânea da Sotheby’s afirmou que quem ganhar no leilão de quarta-feira não estará comprando a banana em si, mas um certificado de autenticidade que concede ao proprietário a permissão e autoridade para reproduzir a obra onde preferir.
🤔 Mas por que vale milhões de reais?
O leilão Sotheby’s não especificou o motivo exato pelo alto valor da peça, apenas afirmou em nota que o objetivo do artista italiano ao criar a obra – de criticar o conceito de arte e provocar pensamentos sobre o assunto – não tirou os holofotes do produto desde então.
“Sua aparição inicial, [em 2019], atraiu multidões recordes, dividiu espectadores e críticos e causou tanto pandemônio que teve que ser removido do local antes do fim da exposição. Amplamente venerado e fortemente contestado – e comido não apenas uma, mas duas vezes – o trabalho foi manchete em diversos locais ao redor do mundo”, escreveu o Sotheby’s.
O chefe de arte contemporânea da Sotheby’s, David Galperin, a chama de profunda e provocativa. “O que Cattelan realmente está fazendo é virar um espelho para o mundo da arte contemporânea e fazer perguntas, provocando pensamentos sobre como atribuímos valor às obras de arte, o que definimos como uma obra de arte.”
Página do leilão Sotheby’s
leilão Sotheby’s
Ele ressaltou ainda que o artista italiano abalou as fundações do mundo da arte e a levou ao centro da cultura popular dominante.
“Se, em sua essência, ‘Comedian’ questiona a própria noção do valor da arte, então colocar a obra em leilão em novembro será a realização final de sua ideia conceitual essencial”, informou Galperin.
O g1 entrou em contato com a empresa de leilão para saber mais detalhes do porquê do preço milionário, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe