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Família de vítima de acidente que deixou 17 estudantes mortos consegue indenização na Justiça 8 anos depois

By 1 de dezembro de 2024No Comments

Ônibus universitário sofreu um acidente em junho de 2016, em Bertioga (SP). Além dos alunos, o motorista também morreu. Aldo de Sousa Carvalho (em meio ao quadrado vermelho) foi uma das vítimas do acidente na Mogi-Bertioga (SP)
Arte/g1
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgou o valor da indenização por danos morais e materiais à família de um dos 18 mortos em um acidente de ônibus na Rodovia Mogi-Bertioga, no litoral do estado, em 2016. O advogado que representa os parentes da vítima tentou o pagamento de R$ 5 milhões aos clientes, mas o Poder Judiciário determinou a quantia de R$ 600 mil com reajustes.
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O acidente aconteceu na noite do dia 8 de junho de 2016, quando o fretado que saiu de Mogi das Cruzes retornava com universitários para São Sebastião (SP). O ônibus, que estava pelo Km 84, na altura de Bertioga, bateu em um rochedo na pista contrária, capotou e caiu em um barranco.
O ônibus levava 46 pessoas, sendo que 17 estudantes e o motorista morreram. Um laudo pericial apontou que o veículo apresentava problemas de manutenção e no sistema de freios, além de estar acima da velocidade máxima permitida na via, que era de 60 Km/h.
Aldo de Sousa Carvalho foi um dos estudantes mortos no acidente. De acordo com o advogado José Beraldo, que representa a família, ele deixou uma mulher diagnosticada com câncer e dois filhos, uma menina de 1 ano e um garoto que completaria 10. Hoje, eles têm 9 e 18, respectivamente.
Em 2019, segundo documento obtido pelo g1, a 2ª Vara Cível de São Sebastião determinou o pagamento de R$ 200 mil para cada um dos parentes de Aldo — sendo a viúva e os filhos –, além de uma pensão mensal de 2/3 do salário mínimo (R$ 1.412), o equivalente a R$ 470,60, desde o mês do acidente até os filhos completarem 18 anos ou 24 anos, se estiverem na faculdade.
Carcaça destruída do ônibus que tombou na Rodovia Mogi-Bertioga (SP)
Jonny Ueda/Futura Press/Estadão Conteúdo
O julgamento aconteceu na última quarta-feira (27), no Palácio da Justiça de São Paulo. Além dos R$ 5 milhões para cada um dos parentes, o advogado pediu para que a viúva também recebesse a pensão mensal e que este pagamento fosse realizado até o ano em que Aldo completaria 65 anos.
As solicitações foram negadas, mas o advogado comemorou a correção monetária — um ajuste para recompor as perdas de valor causadas pela inflação. “Foi uma vitória muito grande no aspecto cível”, afirmou Beraldo.
Com o reajuste, o pagamento não chegará aos R$ 5 milhões solicitados pela defesa. Porém, será maior que o estipulado pela 2ª Vara Cível de São Sebastião. A quantia exata com a correção monetária não foi divulgada no documento do TJ-SP.
Quem vai pagar?
De acordo com a decisão, a indenização deve ser paga pelas seguintes partes do processo: Empresa responsável pelo ônibus, Prefeitura Municipal de São Sebastião (SP) que fretava o veículo para Aldo e seguradora citada pela companhia do veículo.
Em nota, o TJ-SP explicou que um pedido da seguradora foi julgado parcialmente procedente. Segundo o documento, a empresa está em liquidação extrajudicial e poderá abater parte da indenização através do seguro para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).
A Prefeitura de São Sebastião explicou, também por meio de nota, que ainda não foi informada oficialmente sobre o julgamento. O g1 não localizou a defesa da empresa e da seguradora até a última atualização desta reportagem.
Ônibus capotado à beira da pista após acidente na Rodovia Mogi-Bertioga (SP)
José Patrício/Estadão Conteúdo
Quem era Aldo?
De acordo com o advogado, Aldo tinha 28 anos, trabalhava como pedreiro e cursava Engenharia Civil após conseguir uma bolsa de estudos por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele explicou ao g1 que o universitário sustentava a família e buscava melhorar a qualidade de vida dela.
Acidente
O caso aconteceu por volta das 23h do dia 8 de junho, no Km 84 da Rodovia Mogi-Bertioga, no litoral de São Paulo. Um ônibus que levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião perdeu o controle após uma curva, atravessou a pista, capotou e caiu em um barranco.
O veículo levava 46 pessoas, sendo que 17 estudantes e o motorista morreram. As outras vítimas ficaram feridas.
Vídeo relembra acidente de ônibus que matou 17 estudantes quando completou cinco anos
Perícia
Um laudo pericial apontou que o ônibus trafegava em uma velocidade acima da máxima permitida na via, que era de 60 km/h. O mesmo relatório também constatou que o veículo apresentava problemas de manutenção e para frear devido ao desgaste excessivo dos tambores dos freios dianteiros.
Em depoimento à Polícia Civil, alguns dos estudantes relataram que o ônibus estava fora de controle momentos antes do acidente. O motorista de um carro atingido acrescentou que o condutor do coletivo estaria em alta velocidade e fazia uma ultrapassagem quando o veículo tombou.
Em contrapartida, uma estudante que criou um abaixo-assinado contra o motorista morto no acidente, diz que ele dirigia em uma velocidade normal quando perdeu o controle e capotou o veículo.
Na época do acidente, a assessoria de imprensa da União Litoral, responsável pelo ônibus fretado, divulgou que um representante teve acesso ao velocímetro do veículo que registrou a velocidade. A empresa afirmou que o motorista trafegava a 41 km/h.
Perícia no ônibus do acidente na Rodovia Mogi-Bertioga (SP)
g1
Empresa
Em 2018, por meio do advogado Antônio Felisberto Martinho, a União do Litoral declarou que continuava se mantendo em total descrição, procurando apoiar e agir, no sentido de ajudar as famílias que perderam entes queridos, a superar aquele difícil momento.
Ainda na ocasião, o advogado explicou que a empresa vinha realizando, ao longo dos anos, diversos acordos com as vítimas e familiares para agilizar os pagamentos de eventuais indenizações e assistências em saúde.
A empresa, inclusive, se colocou aberta a realizar novos acordos extrajudiciais a qualquer tempo, por meio da Assessoria Jurídica.
Na época, o advogado destacou que a companhia sempre adotou medidas de segurança no transporte de passageiros. Mas, desde o acidente, manteve a discrição em respeito às famílias das vítimas.
O g1 tentou contato novamente com a empresa nesta quarta-feira (27), mas não a localizou até a última atualização desta reportagem.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe