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Finalista do Prêmio Jabuti, escritor de Itu fala sobre amor pelos livros e motivações na carreira: ‘Forma de me expressar’

By 10 de novembro de 2024No Comments

Paulo Stucchi concorre na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “O homem da Patagônia”, publicada em 2023. Vencedores do Prêmio Jabuti serão divulgados no dia 19 de novembro. O jornalista e escritor Paulo Stucchi é finalista do Prêmio Jabuti
Arquivo Pessoal
Um escritor de Itu (SP) está entre os finalistas do Prêmio Jabuti, elaborado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e considerado como o mais importante reconhecimento literário do Brasil. Paulo Stucchi concorre na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “O homem da Patagônia”, publicada em 2023.
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Esta é a segunda vez que o jornalista e escritor participa do prêmio. Em 2020, ele chegou até as semifinais, também na categoria Romance de Entretenimento, com a obra “A Filha do Reich”. Stucchi contou ao g1 sobre o sentimento de conseguir estar entre os finalistas desta vez.
“É sempre aquela sensação de felicidade, mas também de se cobrar bastante. Tem hora que você não acredita no que está acontecendo. Parece mentira estar entre os cinco melhores. Junto com o reconhecimento, vem sempre uma cobrança maior. Uma expectativa maior dos leitores e uma cobrança maior da minha parte”, comentou.
Para o autor, a cobrança faz com que ele consiga entregar sempre algo inédito ao leitor, e também ajuda a despertar em si mesmo o desejo de avançar cada vez mais nas obras.
“A gente se cobra para melhorar continuamente, entregar algo novo para os leitores. Eu vivo muito esse processo de cobrança, eu me cobro muito”, explica o autor.
Paulo Stucchi assinando o livro “O Homem da Patagônia”
Divulgação
O livro “O homem da Patagônia” se passa Buenos Aires, nos anos 1950, e conta a história de um psicólogo argentino que, ao atender o pai de uma jovem alemã, tem acesso à memórias da Segunda Guerra Mundial e um segredo obscuro guardado pelo paciente, que remonta aos últimos dias de Hitler no bunker em Berlim.
“Eu sou apaixonado pelo tema e gosto muito da Argentina, também sou apaixonado por aquele país, então acho que juntou um pouco das duas coisas: tudo que já li sobre o tema e tudo que havia lido sobre uma possível fuga de Hitler para a Argentina. Acho que isso serviu de inspiração para escrever ‘O Homem da Patagônia’”, comenta.
Uma paixão de infância
O jornalista e escritor contou ao g1 que sempre teve uma grande intimidade com os livros. “Fui apresentado ao mundo mágico da literatura na infância. Entre as primeiras imagens que tenho na minha memória, estão as de minhas tias, todas professoras, deitadas no sofá. Cada uma delas com um livro”, conta Paulo.
A primeira vez que Paulo teve contato com a escrita literária foi aos nove anos, quando datilografou 360 páginas de um livro que conta a história de um grupo de jovens que investiga o desaparecimento de um amigo. O escritor conta que guarda as páginas até hoje, junto com a máquina de escrever.
“Eu era uma criança muito tímida, e tinha muita dificuldades de relacionamento. Acho que escrever me ajudou bastante. Foi a melhor forma de ter contato com o mundo, era uma forma de me expressar”, comenta.
O escritor e jornalista de Itu, mescla ficção e história em suas obras
Arquivo Pessoal
Novo livro em 2025
A mescla entre história e ficção sempre esteve presente nas obras de Paulo Stucchi. Para o próximo ano, o autor contou ao g1 que vai lançar um livro sobre a Inquisição no Brasil.
“Eu já estou com um livro pronto e na editora. Dessa vez, não é sobre nazismo. Depois de muito tempo, estou escrevendo sobre outro tema, que é a ‘Inquisição no Brasil’. Também é um romance de fundo histórico, que mescla realidade e ficção, e deve sair em 2025”, conta.
“Eu costumo dizer que o livro só existe porque ele tem dois autores: quem escreve e quem lê. Se ninguém pegar o livro para abrir e ler, ele não existe enquanto livro. Então, quero realmente agradecer a todos os leitores. Continuem apoiando, continuem lendo, continuem na expectativa, e espero continuar agradando também nos meus próximos romances e histórias”, concluiu o autor.
O livro “O Homem da Patagônia” levou o escritor Paulo Stucchi para a final do Prêmio Jabuti
Divulgação
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe