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‘Homeria Baiana’ homenageia dois ícones do carnaval de Santa Isabel

By 1 de março de 2025No Comments

Este é o terceiro ano que a folia leva o nome de Homero Vallone e Maria Baiana, pioneiros do carnaval na cidade. Em 2025, município terá desfile de blocos durante os quatro dias de festa. Homero Vallone e Maria Baiana dão o nome ao carnaval de Santa Isabel
Reprodução/ Rede social
O carnaval de Santa Isabel é cheio de histórias, tradições e personagens. Homeria Baiana é o nome da programação organizada pela Prefeitura, uma homenagem a dois pioneiros da folia na cidade: Homero Vallone e Maria Baiana.
Juntos, eles enraizaram o carnaval no município. Esse é o terceiro ano que eles dão nome à programação de carnaval da cidade.
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A folia acontece na avenida central de sábado (1º) até terça-feira (4), com matinês, shows, desfiles e blocos de rua.
“Quando se fala de carnaval, as duas referências aqui, dentre outras personalidades, que com pouco recurso ou nenhum recurso fazia o carnaval acontecer aqui na cidade, isso pensando em 50 anos atrás. É o caso do Homero e o caso da Maria Baiana”, explica Alex Machado que é funcionários da Secretaria Municipal de Turismo
Abram alas para Maria Baiana
Maria Baiana é um ícone do carnaval isabelense, com sua ala das baianas, ela trazia alegria para todos
+Diário/ Reprodução
Maria das Mercês, mais conhecida como Maria Baiana e que na verdade era mineira de nascimento, desfilou pelas ruas de Santa Isabel desde o início da década de 70, até o final da década de 90.
Quem conheceu Maria Baiana a descreve como uma pessoa de personalidade única, sempre com vontade de ajudar o próximo.
Alex Machado é funcionário da Secretaria Municipal de Turismo e foi quem deu o nome ao evento. Ele conta que Maria Baiana desfilava com cerca de 50 baianas e ala era um grande sucesso do carnaval da cidade.
“Ela dava oportunidade para pessoas da própria comunidade, ou quem procurava para poder desfilar, não tinha um critério [sobre como ela escolhia as baianas]. A pessoa ia procurar, tinha que ter vontade de participar”, afirma Machado.
Ala das baianas unia mais de 50 mulheres na folia de Santa Isabel
+Diário/ Reprodução
Porém, se você pensa que ela parava por aí, está enganado! Mesmo desfilando no carnaval, ela ainda fundou um bloco, o Imperatriz do Jardim Eldorado. Ele chegou a reunir mais de 250 pessoas nas ruas e em seu auge teve mais de 150 instrumentos e cerca de 300 membros.
“Dos anos 2000 para cá, ela ficou só na administração da gestão. Na correria para pôr os blocos nas ruas. Depois, as doenças chegaram com cobrança mais rigorosa, ela abusou quando era jovem. A Maria faleceu há uns 4 anos”, conta Machado.
Em uma entrevista ao programa +Diário em 2018, Maria falou sobre as doenças e a depressão. Ela contou que precisou ocupar a mente e assim descobriu o amor que sentia pelas crianças e a vontade de ajudar os baixinhos. Por conta disso, Maria passou a organizar uma festa de Natal para elas.
Clique aqui e confira a entrevista completa de Maria Baiana ao +Diário
Maria Baiana realizava festas para crianças carentes durante o Natal
+Diário/ Reprodução
Conheça Homero Valone
Homero José Vallone nasceu em Santa Isabel e dedicou a vida para a arte. Ele organizava desfiles, eventos, bailes e concursos que animavam a cidade.
Além de diretor de cultura em algumas administrações, ele também fazia muitas coisas dentro das artes e dos festejos de carnaval. Alex Machado, que também é primo de Valone, conta Homero era muito popular na cidade e trabalhava em diferentes áreas dos cortejos carnavalescos.
“Com grana ou com pouca grana, mas sempre tinha parceiros, pessoas ao redor dele, que quando ele colocava propostas, as pessoas abraçavam, às vezes sem saber a causa ou o evento, mas simplesmente pela consideração que tinham por ele e principalmente pela sua competência”, destaca Machado.
Além de organizador, Vallone também participava da folia. Machado lembra que quando Homero era mais jovem, ele foi passista, ia em cima de caminhões, vestia roupas típicas e até sambava com a rainha do carnaval.
“Ele juntava mais de 50 pessoas para ajudar, usando o carisma. Sempre com muita boa vontade, muita alegria e muita disposição. Isso contagiava o pessoal.” diz Machado.
Homero morreu em 5 de junho de 2022, vítima de um problema cardíaco. Junto com Maria Baiana deixou um legado para o carnaval de Santa Isabel.
Homero Vallone, um homem de muita alegria e influencia no carnaval isabelense
Reprodução/ Rede social
*estagiário sob a supervisão de Gladys Peixoto
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe