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IBGE: Número de cidades com guardas civis cresce 11% em 3 anos; uso de arma de fogo sobe quase 50%

By 31 de outubro de 2024No Comments

Patrulhamento de ruas passou a ser a 2ª maior função dessas corporações, ultrapassando a segurança de eventos. Crescimentos ocorrem em meio à queda no número de policiais. Aumento no número de guardas armadas é maior na Região Norte e nas cidades com até 10 mil habitantes.
mostrou, um em cada três candidatos a prefeito nas capitais prometeu ampliar as guardas civis. Já 15% falou especificamente em aumentar armas.
O Brasil tem cada vez mais guardas civis municipais e a fatia das que usam armas de fogo tem crescido, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja os números:
Cidades com guarda civil: em 2019, 1.188 cidades tinham guarda civil (21% das caixas). Em 2023, esse número foi para 1.322 (25%);
Cidades com guarda civil armada: em 2019, 266 guardas usavam armas de fogo (22% do total). Em 2023, eram 396, ou 30% do total. Segundo o IBGE, o aumento foi maior principalmente nas cidades de até 10 mil habitantes, e na região Norte.
Em relação a 2009, primeiro ano em que o IBGE levantou esses dados, o número de cidades com guarda cresceu 53%, e o de guardas com arma de fogo, 180%.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, a Munic, divulgada junto da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais, a Estadic (veja, abaixo, como elas são feitas).
Os estudos mostram ainda que cada vez mais os municípios têm usado as suas guardas civis para fazer o patrulhamento de ruas. Essa atribuição ultrapassou a de segurança de eventos e, em 2023, era a 2ª principal função das GCMs, atrás apenas da proteção de bens, equipamentos e prédios públicos.

Aumento de GCMs acontece em meio a queda no número de policiais
O IBGE disse que não poderia levantar hipóteses do que motivou o aumento de guardas no país como um todo e a motivação de existirem mais guardas com armas de fogo.
Um estudo de 2023 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entretanto, associou o crescimento das guardas à queda nos efetivos das polícias Militar e Civil dos estados. E os dados divulgados nesta quinta pelo IBGE mostram que, de 2019 e 2023, houve redução no número de policiais:
4,4% menos policiais militares;
7,9% menos policiais civis.
Pesquisas de opinião pública têm mostrado que a segurança pública junto de saúde e educação, que tradicionalmente lideram tais indicadores. A segurança foi escolhida como prioridade em São Paulo e foi o 2º assunto de maior preocupação em BH em pesquisa Datafolha divulgada em agosto.
Nas eleições de 2024, como o g1 mostrou, um 30% dos candidatos a prefeito nas capitais previa, em suas propostas de governo, ampliar as guardas civis, e 15% previam aumentar as armas de fogo.
Treinamento da Guarda Civil Municipal de Santos para uso de arma de fogo
Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos
Outros destaque de segurança pública na Munic e Estadic:
Mais fundos e planos de segurança: cresceu o total de cidades que têm fundos municipais de segurança: eram 6,5% em 2019 e foi para 10,2% em 2023. Já os planos municipais de segurança quase dobraram, de 5,1% das cidades tendo seus documentos para 9%;
Mais delegacias especializadas: as delegacias especializadas no atendimento de públicos específicos aumentaram de 2019 para 2023: delegacias da mulher cresceram de 417 para 551 (32%); unidades para atendimento a idosos foram de 103 para 124 (20%); já unidades para proteção de criança e adolescente subiram de 106 para 146 (37%);
Mulheres nas polícias: a Estadic identificou aumento de mulheres na Polícia Militar (de 11% para 12%), enquanto há leve queda das policiais na Polícia Civil (variação dentro dos 28%).
Órgãos de direitos humanos
A pesquisa também mapeou quais municípios possuem em sua estrutura órgãos de direitos humanos, como secretarias municipais ou outro similares. A queda foi de 25%: em 2023, 1.896 municípios (34% do total) responderam que têm algum órgão do tipo, número que era de 2.480 (45%) em 2019.
Houve queda nos municípios com secretarias exclusivas para a defesa dos direitos humanos: de 2,8% em 2014 para 0,6% tanto em 2019 quanto em 2023. Os dados do IBGE indicam que estruturas de direitos humanos são mais comuns quanto maior a população, e que mulheres (77%) são maioria a comandar tais órgãos.
Os públicos mais atendidos por programas desses órgãos são: pessoas idosas (86%), crianças e adolescentes (86%) e mulheres (81%). Os menos atendidos são povos ligados a religiões de matriz africana (18%), povos indígenas (17%) e ciganos (16%).
Entenda as pesquisas
As pesquisas coletam dados junto às gestões de municípios e estados por meio online (questionário web e PDF editável) e presencial (questionário em papel) entre setembro de 2023 e março de 2024.
São informações anuais referentes às 27 unidades federativas, 5.568 municípios e 2 distritos (Distrito Federal e Fernando de Noronha).
Em 2023, os temas pesquisados foram:
Recursos Humanos;
Assistência Social;
Trabalho e Inclusão Produtiva;
Segurança Alimentar;
Política para Mulheres;
Segurança Pública;
Direitos Humanos;
e Primeira Infância.
A Munic existe desde 1999, enquanto a Estadic foi realizada pela primeira vez em 2012.
Veja outros destaques de Muic e Estadic:
Aumento nas estruturas de combate à insegurança alimentar: subiu de 36,6%, em 2018, para 50,3% em 2023. Entre os programas está o programa de alimentação escolar, presente em 5.372 município (96% do total). “Vejo como preocupação dos municípios até por conta das parcerias com o governo federal, que presta forte apoio”, diz Rosane Teixeira;
O número de funcionários dos municípios cresceu 11% de 2021 a 2023: de 6.549.551 para 7.334.402. Segundo IBGE, variação está dentro do histórico das pesquisas, que apresentam altas e baixas desde o início da Munic. “Há um vai-e-volta no número de funcionários no histórico da Munic”, afirma Rosane Teixeira;
Mais municípios possuem organismos próprios para implementarem políticas públicas para as mulheres: de 20%, em 2018, para 31% em 2023;
Caiu 4% o total de municípios com órgãos responsáveis por receber denúncias de violações dos direitos humanos:de 5.077 em 2019 para 4.859 em 2013;
8 em cada 10 municípios implementaram ações de inclusão produtiva em 2023, o que representa 79% dos 5.569 municípios. O número era de 71% em 2018, último ano em que o dado foi levantado;
Em 95% das cidades, órgãos locais de assistência social operam o CadÚnico, sendo que 99,9% dos municípios executam algum serviço de socioassistência, contra 99,5% em 2018. O serviço mais prestado é o acolhimento de crianças e adolescentes (em 49% das cidades), enquanto os serviços menos prestados são acolhida para mulheres em situação de violência (4%) e repúblicas para jovens maiores de 18 anos (2%).

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe