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Investigação apura se mais um policial civil participou de assassinato do delator do PCC no Aeroporto Internacional de SP

By 31 de janeiro de 2025No Comments

Vídeos mostram o agente Alfredo Alexander Raspa da Silva em uma viatura descaracterizada perto do horário do crime. Nesta quinta (30), 17 PMs suspeitos de ligação com o homicídio foram indiciados pela Corregedoria da PM. Corregedoria indicia 17 PMs por envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach
Os investigadores que atuam no caso do assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, apuram se mais um policial civil estaria envolvido no crime.
O tenente da PM Fernando Genauro, preso por suspeita de participação direta no homicídio, citou o nome do agente Alfredo Alexander Raspa da Silva, da Polícia Civil, durante interrogatório nesta quinta-feira (30). O militar revelou suposta relação de dois policiais civis com um dos PMs que faziam escolta privada para Gritzbach.
Em nota, a defesa de Alfredo disse que o policial não conhece Genauro, que não participou de nenhuma reunião e negou todas as acusações (leia íntegra abaixo).
Genauro declarou que, por lidar com criptomoedas de forma amadora, foi procurado pelo tenente Garcia, um dos responsáveis pela segurança de Gritzbach, para uma reunião com policiais civis identificados como “Roberto do Cerco Oeste” e “Alfredo, do Deic”, o Departamento de Investigações Criminais, da Polícia Civil;
Nesta sexta-feira (31), os investigadores descobriram a identidade do “Alfredo, do Deic”;
Alfredo Alexander aparece em imagens do Aeroporto Internacional de SP horas antes do assassinato do delator do PCC;
Em dezembro, o Fantástico mostrou cenas de Alfredo passando pelo terminal em uma viatura descaracterizada com uma adulteração grosseira na placa;
Cerca de 40 minutos depois do assassinato, Alfredo aparece em outra gravação, fotografando o local do crime.
A Corregedoria da Polícia Civil abriu um inquérito pra apurar o que ele fazia no aeroporto. Alfredo disse em depoimento que viajaria para Porto Alegre naquele dia, mas perdeu o voo, e que circulava com uma viatura com a placa adulterada porque a mulher dele, que é policial militar, tinha o hábito de rastreá-lo por meio do Detecta, o sistema do monitoramento por câmeras da polícia.
Mas os investigadores confirmaram que a justificativa é falsa.
Uma apuração interna da PM mostrou que a mulher de Alfredo nunca usou o sistema Detecta – nem tem login nem senha de acesso. Os investigadores querem esclarecer, agora, qual era exatamente a relação entre o policial civil e os PMs que trabalhavam para o delator do PCC.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que o tenente Alfredo Alexander prestou depoimento e é alvo de inquéritos instaurados tanto pela Polícia Civil quanto pela Militar. Informou também que as apurações correm sob sigilo e que detalhes serão preservados.
O que diz a defesa de Alfredo Alexander
Em nota, a defesa do policial civil Alfredo Alexander disse:
“O Alfredo não conhece os tenentes Fernando Genauro ou Garcia e nem tampouco Danilo Lima Silva. Nunca teve qualquer contato com essas pessoas e nem participou de reunião em que elas estavam presentes. Quanto a alegação da esposa, não foi isso que ele disse no depoimento. Quando indagado o porquê tirou tantas fotos no local do homicídio de Vinícius, ele disse, em tom de brincadeira, que era para provar para sua esposa que estava naquele local, porque ela era muito ciumenta e o rastreava. Em momento algum falou que ela acessava o sistema Conecta [Detecta] , uma vez que ela nem sabe o que é esse sistema”.
Corregedoria indiciou 17 PMs
Na quinta (30), a Corregedoria da PM indiciou todos os 17 policiais militares suspeitos de participação no assassinato de Gritzbach.
O caso aconteceu em novembro do ano passado, e todos os 17 envolvidos já estão presos. O interrogatório dos policiais começou às 11h desta quinta (30) e se estendeu durante quase toda a tarde.
Os 13 PMs que faziam a escolta de Vinícius Gritzbach e um tenente que ajustava a escala de trabalho deles, para que pudessem prestar serviço particular para o delator, foram indiciados por organização criminosa;
Já os três suspeitos de terem participação direta no assassinato também vão responder por se reunirem em grupo para praticar atos de violência, crime previsto no Código Penal Militar.
O SP2 teve acesso aos depoimentos do cabo Denis Martins e do soldado Ruan Silva Rodrigues — apontados como os assassinos de Gritzbach — e, ainda, do tenente Fernando Genauro da Silva, que teria dirigido o carro que levou os atiradores ao aeroporto. Os três negaram qualquer participação no crime.
Depoimento
Um detalhe trazido pelo tenente Genauro chamou a atenção dos investigadores: ele afirma que, por lidar com criptomoedas de forma amadora, foi procurado, no ano passado, pelo tenente Garcia, envolvido na escolta de Gritzbach, para uma reunião com policiais civis.
Seria para discutirem como ajudar um conhecido deles, que tinha cerca de R$ 50 milhões em criptomoedas, mas não estava conseguindo acessar o dinheiro.
Ao ser questionado sobre quem seria esse conhecido, o tenente Genauro apontou o nome de Danilo Lima Silva, que trabalhava como uma espécie de secretário de Vinícius Gritzbach.
Inquérito
Nos próximos dias, a Corregedoria da PM deve concluir o inquérito e encaminhar o relatório final à Justiça Militar. As provas obtidas pelas equipes da Corregedoria também serão compartilhadas com o Departamento de Homicídios (DHPP), que apura o assassinato do delator do PCC.
No inquérito do DHPP, que apura o homicídio, foram incluídas nesta semana fotos de perfil que, de acordo com a polícia, reforçam a hipótese da participação do soldado Ruan no crime. A primeira imagem foi feita na delegacia, com ele já preso. A segunda é da câmera de segurança do ônibus onde dois suspeitos de matar Gritzbach entraram após o crime. O relatório destaca “semelhança de nariz, olhos, orelha e entradas na testa, de calvície” (foto abaixo).
Ao todo, até agora, 27 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach — além dos 17 PMs, cinco policiais civis, um advogado, dois empresários e duas pessoas ligadas ao olheiro Kauê, aquele que avisou aos assassinos que o delator já tinha desembarcado e estava indo em direção do local do crime.
Soldado Ruan (à esq)
TV Globo
Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos
Abaixo, confira o que se sabe sobre a investigação que levou à prisão dos PMs:
Como e quando as investigações começaram?
Quais elementos levaram à prisão dos PMs?
Qual a tecnologia de rastreamento usada pela polícia?
Quem são os policiais presos?
Quem é o mandante do assassinato?
Como o delator foi morto?
Como e quando as investigações começaram?
A investigação que culminou na prisão dos 16 policiais começou após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre o vazamento de informações sigilosas da polícia que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso.
Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva para integrantes do PCC. Um dos beneficiados pelo esquema era Gritzbach.
Em outubro, uma nova denúncia chegou à Corregedoria com fotos que mostravam PMs fazendo escolta para o empresário durante uma audiência no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. Em seguida, um inquérito militar policial foi instaurado.
Em 8 de novembro, Gritzbach foi morto com dez tiros na saída da área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto. Ele carregava uma bagagem contendo mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor. O empresário voltava de uma viagem de Alagoas acompanhado da namorada.
No dia seguinte ao crime, quatro PMs contratados para fazer a escolta particular do delator foram identificados e afastados. Na ocasião, os celulares dos agentes também foram apreendidos.
A partir desse material, a Corregedoria da PM cruzou informações e descobriu que os policiais faziam parte de uma rede de proteção do PCC. Eles passavam informações para os criminosos poderem se antecipar às ações da polícia.
Quais elementos levaram à prisão dos PMs?
Os policiais foram identificados e presos pela Corregedoria por meio da quebra de sigilo telefônico, da utilização das estações rádio-base (equipamentos que fazem a conexão entre celulares e companhias telefônicas), do sistema de reconhecimento facial e de outras ferramentas de inteligência.
Durante coletiva de imprensa na quinta-feira, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, explicou que essas ferramentas colocaram o suspeito de ser o atirador — o PM Denis Antonio Martins — na cena do crime.
Foi utilizada a comparação das imagens, de vídeo, imagens de dentro do ônibus com as imagens que nós tínhamos desse policial preso na data de hoje. Também o sistema de reconhecimento facial para ver se a imagem que [a Corregedoria] tinha batia com a imagem de dentro do ônibus e deu um percentual considerável de aceitação.
Qual a tecnologia de rastreamento usada pela polícia?
O cabo Denis Martins, preso acusado de ser um dos atiradores, foi identificado após um procedimento que detectou o sinal de celular dele.
Primeiro, a polícia quebrou o sigilo telefônico do suspeito para rastrear seus movimentos e as mensagens trocadas. A localização do suspeito foi identificada por sinais de telefonia. O sinal do celular indicou, então, que ele estava na cena do crime no momento da execução.
Veja como foi identificado o acusado de executar delator do PCC.
Bruna Azevedo/arte g1
Quem são os policiais presos?
Dezesseis policiais militares foram presos temporariamente por 30 dias pela Corregedoria e 15 deles já foram encaminhados ao Presídio Romão Gomes. O que foi preso neste sábado também será levado para lá.
Um dos alvos da operação de quinta foi o cabo Denis Antonio Martins, de 40 anos, acusado de ser um dos atiradores que executaram o delator do PCC. A identificação dele foi feita por uma tatuagem no braço, segundo a investigação.
De acordo com Derrite, o material genético de Martins será coletado para comparar com o material coletado no dia do assassinato. “Tudo nos leva a crer que será positivo e aí essa prisão temporária poderá ser convertida em prisão preventiva”, disse.
Os outros 14 policiais presos na quinta eram do núcleo de segurança pessoal do delator e faziam a escolta privada dele.
O corregedor da Polícia Militar de São Paulo, coronel Fábio Sérgio do Amaral, explicou que um dos oficiais da PM preso era responsável por organizar a escala de trabalho dos subordinados, permitindo que eles realizassem o serviço de escolta para Gritzbach.
“Um oficial que era o chefe que gerenciava a atividade de segurança pessoal ilícita do Vinicius. O outro oficial que favorecia alguns PMs com suas escalas dava folga aos policiais e fazia intermediação de escalas para os policiais”, afirmou Amaral.
A polícia ainda não sabe se o suspeito de ser o atirador tem relação com os agentes que faziam a escolta particular do delator.
Neste sábado, foi preso o PM suspeito de ser o motorista do carro usado pelo atirador no dia da execução.
Veja os nomes dos policiais presos:
Abraão Pereira Santana
Adolfo Oliveira Chagas – Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar
Alef de Oliveira Moura – serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois na 2ª Companhia do 1º Batalhão
Denis Antonio Martins – PM da ativa suspeito de ter feito os disparos
Erick Brian Galioni
Fernando Genauro da Vila – 1º Tenente do 23º Batalhão da Polícia Militar
Giovanni de Oliveira Garcia – serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque. Trabalhou na seção de rádio
Jefferson Silva Marques de Souza – serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque
Julio Cesar Scarlett Barbini
Leandro Ortiz – Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar
Leonardo Cherry Souza
Romarks Cesar Ferreira Lima – serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois no 2º Batalhão
Samuel Tillvitz da Luz – Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar
Talles Rodrigues Ribeiro – serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois na 2ª Companhia do 1º Batalhão
Thiago Maschion Angelim da Silva – 1º Tenente, já atuou no do 18º Batalhão da Polícia Militar
Wagner de Lima Compri Eicardi – atuou no do 18º Batalhão da Polícia Militar
Quem é o mandante do assassinato?
Diretora do Departamento de Homicídios de Proteção e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Ivalda Aleixo afirmou que o assassinato de Gritzbach foi encomendado por um integrante do PCC. Mas ainda não se sabe a identidade do autor.
“Nós temos duas linhas de investigação para os mandantes, ambos de facção. Então, foi um crime encomendado por algum membro do PCC. Nós temos duas linhas, que já estão bastante adiantadas, de investigação”, disse Aleixo durante entrevista coletiva.
A delegada afirmou, ainda, que mais de uma pessoa pode ter sido mandante. Apesar de a investigação não descartar qualquer hipótese, ela não considera que o mando do crime tenha sido de alguém ligado às polícias.
Como o delator foi morto?
Câmeras de segurança registraram o momento em que o delator do PCC foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo. A ação ocorreu no desembarque no Terminal 2. (Veja o vídeo no início desta reportagem.)
Pelas imagens, é possível ver que dois atiradores estão encapuzados. A ação dura 15 segundos.
Passageiros caminhavam tranquilamente com suas malas quando, no canteiro central da área de desembarque, dois homens saem do Gol preto, estacionado em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM), e começam a atirar.
Gritzbach estava de camiseta branca e levava uma mala preta. Ele passa pela calçada e atravessa na faixa de pedestre. Quando chega ao outro lado, o Gol preto para quase em frente ao empresário, e os dois homens saem do carro atirando.
Ele tenta fugir, mas tropeça na mureta e cai, quando é atingido por mais disparos. Os suspeitos, então, entram novamente no veículo e fogem.
Ao todo, Gritzbach foi atingido por dez tiros.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe