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Jorge Teixeira ou Jorge Texas: conheça patrono do bairro mais populoso de Manaus

By 29 de dezembro de 2024No Comments

Local que, segundo o IBGE, tem mais de 133 mil habitantes, homenageia antigo prefeito da capital amazonense e que também foi o primeiro governador de Rondônia. Jorge Teixeira e sua mulher Aida Fibiger.
Rosinaldo Machado/Arquivo pessoal
Oficialmente, Jorge Teixeira. Para os mais íntimos, Jorge Texas. É assim que o bairro mais populoso de Manaus é conhecido popularmente. O local que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem mais de 133 mil habitantes, homenageia um antigo prefeito da capital amazonense e que também foi o primeiro governador de Rondônia.
Sabia disso? Não?! Vem conhecer essa figura.
Segundo consta no acervo de biografias da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Jorge Teixeira não nasceu no Amazonas ou mesmo em Rondônia. O militar era natural de General Câmara, uma cidadezinha no Rio Grande do Sul.
Ele estudou na Academia Militar das Águas Negras e tornou-se aspirante do Exército em 1947. Já em 1966, durante a Ditadura Militar, tornou-se tenente-coronel e criou, já em Manaus, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), que comandou até 1971.
Foi nessa mesma época que o militar ajudou a combater a Guerrilha do Araguaia em uma batalha na região do sul do Pará e norte de Goiás, onde é atualmente o Tocantins. De lá, voltou para a capital amazonense onde, em 1971, fundou o Colégio Militar de Manaus, onde permaneceu até 1973.
Já no ano seguinte, em 1974, foi nomeado pelo então presidente da época, Ernesto Geisel, prefeito de Manaus.
Aida Figiber e Jorge Teixeira.
Rosinaldo Machado/Arquivo pessoal
“Durante sua gestão, ficou conhecido por rasgar cartões de visita de políticos que pediam empregos, com a justificativa de que não se devia ‘misturar uma coisa com a outra'”, diz sua biografia.
“Deve-se ao prefeito Jorge Teixeira, o alongamento e asfaltamento da antiga Rua João Alfredo, transformada na grande Avenida Djalma Batista e a abertura da Rua Pedro Teixeira, ligando a Djalma Batista à Ponta Negra, além de outras obras”, conta Gaitano Antonaccio em seu livro ‘Bairros de Manaus’, lançado em 2010.
Foi prefeito de Manaus até 1979, quando foi nomeado pelo presidente João Figueiredo para o governo do então território de Rondônia, pelo Partido Democrático Social (PSD), ficando no cargo até 1985, quando foi substituído por Ângelo Angelim.
De fato, pouca gente sabe dos grandes feitos de Teixeira na capital amazonense, como a criação do CIGS e do Colégio Militar de Manaus. Mas seu legado é comumente associado ao bairro do qual é patrono. É também de Jorge Teixeira o nome da principal avenida que interliga as Zonas Oeste e Centro-Oeste de Manaus: a Avenida Coronel Teixeira.
O bairro
Avenida Itaúba, via conhecida no bairro Jorge Teixeira, em Manaus
Eliana Nascimento/G1 AM
O bairro, que está localizado na periferia de Manaus, e que segundo o Censo do IBGE tem 133.448 habitantes, é um reduto de inúmeras famílias manauaras e guarda uma variedade de pequenos e médios comércios que ajudam a impulsionar a economia comunitária.
O local, segundo Antonaccio, surgiu oficialmente quando Arthur Neto foi prefeito de Manaus pela primeira vez, entre os anos de 1989 e 1992.
“O prefeito fez uma distribuição de terras para pessoas necessitadas, que moravam no bairro de São José Operário. A área do novo bairro é plana, e logo em seguida foi aberta a Avenida Grande Circular, ligando a Zona Norte à Zona Leste. Essa circular inicia no São José ate atingir a Cidade Nova. Por isso o bairro está localizado na Zona Leste de Manaus e faz limite com o bairro Tancredo Neves, parte do Distrito Industrial de Manaus e a Cidade Nova”.
A data da fundação foi em 25 de março de 1989, quando foi realizada a primeira missa no bairro.
O espaço também é famoso pela Rua do Fuxico, um importante centro comercial da Zona Leste de Manaus. No entanto, os números da Segurança Pública mostram que o bairro também é um dos mais perigosos da cidade. Só em 2021, em sete meses, foram mais de 80 homicídios no local.
“Há um comércio de estivas e gêneros alimentícios muito intenso no bairro, onde são encontrados milho, feijão, mandioca, arroz, açúcar e vários outros gêneros, materiais de construção, eletrodomésticos, eletrônicos, tanto na avenida da Penetração, como na Jorge Teixeira, que corta grande parte do bairro, atingindo a Grande Circular”, concluiu Antonaccio.
Rua do Fuxico, Bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Matheus Monteiro/Rede Amazônica
A falta de estrutura das moradias também é outro problema enfrentado por quem mora na região. Em 2023, o deslizamento de um barranco matou oito pessoas em uma comunidade do bairro.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe