Skip to main content
g1

Justiça aprova financiamento e rede de supermercados assume prédio do Alma Júlia, em Ribeirão Preto

By 8 de outubro de 2024No Comments

Nova investidora vai utilizar estrutura já existente na zona Sul da cidade e pagar aluguel do imóvel. Recurso emergencial no valor de R$ 22 milhões deve ser feito em parcela única, em até dois dias. Supermercado Alma Júlia foi inaugurado em março do ano passado em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprovou, na sexta-feira (4), a formalização do contrato de DIP Financing para o Grupo Solar, empresa de Santa Rosa de Viterbo (SP) dona de uma rede de supermercados com sede em Ribeirão Preto (SP). A modalidade é uma forma de financiamento para empresas que estão em recuperação judicial.
Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp
O empréstimo tem como garantia o Alma Júlia, estabelecimento que fica na zona Sul, e a nova investidora, uma rede de supermercados, assume a estrutura do prédio e vai pagar pelo aluguel do imóvel.
O financiamento emergencial tem aporte de R$ 22 milhões e deve ser feito em parcela única, em até dois dias, de acordo com a decisão da juíza Ana Karolina Gomes de Castro, da Vara de Santa Rosa de Viterbo.
LEIA TAMBÉM
Grupo Solar aprova plano de recuperação judicial com credores; dívida é de R$ 83,6 milhões
Justiça manda polícia investigar Grupo Solar por possível fraude após pedido de recuperação judicial
Sócio da Triunfae, empresa especializada em reestruturação e gestão de crise contratada pelo Grupo Solar no ano passado, André Rocha explicou que o financiamento foi necessário para que fosse possível cumprir o plano de recuperação judicial aprovado em assembleia geral de credores em julho deste ano.
“Essa foi a solução encontrada para a recuperação do grupo. Esse DIP Financing viabilizou a recuperação do Grupo Solar e, ao mesmo tempo, a entrada de uma rede de fora no mercado de Ribeirão Preto, que essa rede não atua aqui na região ainda. A operação viabilizou a manutenção do prédio [que é o principal patrimônio da devedora], e a preservação da receita de aluguel para poder cumprir com o plano de recuperação judicial”.
Segundo ele, a operação remanescente do Grupo Solar não seria suficiente para cumprir o plano.
“Demos uma solução completa. Mantivemos o principal patrimônio dentro do grupo, e ao mesmo tempo, viabilizamos o processo de recuperação judicial”.
Prédio poderia ser levado a leilão
O total da dívida reestruturada pelo plano de recuperação judicial do Grupo Solar é de R$ 83,6 milhões, de acordo com a segunda listagem da Laspro Consultores, administradora judicial.
Segundo Rocha, o DIP foi necessário para garantir a manutenção do prédio por meio de aluguéis que ele pode gerar. Com o valor obtido, a empresa passa a pagar os credores.
“Quando detém alienação, a propriedade fiduciária em garantia e o empréstimo que foi concedido está inadimplente, esses credores que tem essa propriedade fiduciária, podem levar o imóvel a leilão pelo valor do crédito. Se isso acontecesse, o grupo perderia o principal patrimônio hoje e perderia a receita de aluguéis que pode gerar para poder pagar o plano de recuperação judicial”.
Ainda segundo Rocha, a negociação é uma forma de empréstimo em pagamento.
“Essa rede de fora [que é a locatária do espaço] não ia topar comprar o Fundo de Comércio com o prédio em alienação. Nós não vendemos o Fundo, tomamos um empréstimo com garantia do Fundo. Depois que esses atos forem cumpridos, a gente pagar os credores, o prédio retornar para a esfera patrimonial, vamos fazer uma dação [acordo entre credor e devedor]. Aí ela vai ter o direito de ocupar o prédio”.
Investigação por suspeita de fraude
Em junho de 2023, a Justiça negou o primeiro pedido de recuperação judicial feito pelo Grupo Solar e determinou a instauração de um inquérito policial para investigar uma suspeita de fraude para prejudicar credores.
Na época, a empresa alegou passivos na ordem de R$ 135 milhões.
Na decisão, o juiz Alexandre Cesar Ribeiro levou em consideração o intervalo da inauguração de uma das lojas do grupo na zona Sul de Ribeirão Preto e a construção e a expansão de outras unidades, sendo que, até aquele momento, não havia informação sobre crise ou dificuldade econômica por parte da empresa.
Segundo ele, o Grupo Solar se utilizou da recuperação judicial como meio ilícito de obter a redução forçada de obrigações recém contraídas para a abertura do Alma Júlia.
Ao g1, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que existe um inquérito instaurado na Delegacia de Santa Rosa de Viterbo, mas não deu detalhes das investigações.
Um segundo pedido foi feito em outubro de 2023 e aprovado pelo Tribunal de Justiça. Em assembleia geral realizada com credores em julho deste ano, o Grupo Solar aprovou o plano de recuperação judicial e desde então negocia a dívida.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe