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Justiça decide destino de elefante, rinoceronte e hipopótamo de circo

By 28 de fevereiro de 2025No Comments

Após uma batalha judicial que durou anos, a 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que um rinoceronte, um elefante e um hipopótamo sigam vivendo no Zoológico de Brasília.

Os animais, que receberam os nomes de Thor, Chocolate e Yulli, respectivamente, foram resgatados de um circo em 2008.

Veja:

 

13 imagens

Yulli hoje está bem e sob os cuidados do Zoo de Brasília

Por ter sido criada no circo, ela não interage com outros animais
TJDFT decide que elefante, rinoceronte e hipopótamo apreendidos em circo ficarão no Zoo
Essa imagem é da Yulli no circo. Ela cresceu em um espaço muito pequeno e inapropriado e não desenvolveu a musculatura
Elefante amarrado no circo
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Os bichos foram apreendidos por força de decisão judicial

Material cedido ao Metrópoles

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Yulli hoje está bem e sob os cuidados do Zoo de Brasília

Material cedido ao Metrópoles

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Por ter sido criada no circo, ela não interage com outros animais

Material cedido ao Metrópoles

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TJDFT decide que elefante, rinoceronte e hipopótamo apreendidos em circo ficarão no Zoo

Material cedido ao Metrópoles

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Essa imagem é da Yulli no circo. Ela cresceu em um espaço muito pequeno e inapropriado e não desenvolveu a musculatura

Material cedido ao Metrópoles

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Elefante amarrado no circo

Material cedido ao Metrópoles

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A memória de elefante não deixa Chocolate esquecer a “dança” que aprendeu para fazer as apresentações no circo

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Os animais são incapazes de retornar à natureza. Mas hoje estão saudáveis e são cuidados por uma equipe multidisciplinar

Material cedido ao Metrópoles

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Mesmo com os cuidados, Chocolate ainda enfrenta traumas e sequelas

Material cedido ao Metrópoles

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Apesar de todos os cuidados da equipe multidisciplinar do Zoo, algumas feridas de Chocolate ainda aparecem e ele precisa da atenção especial dos veterinários

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Antes do resgate, Thor apresentava manchas nos olhos

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Uma forma crônica de conjuntivite acometia um de seus olhos, resultando em uma condição oftalmológica que exigia atenção especial

Material cedido ao Metrópoles

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Atualmente, o rinoceronte está bem e recebendo atendimento especializado

Material cedido ao Metrópoles

Devido às condições de saúde que apresentavam quando chegaram ao zoológico, os animais são incapazes de retornar à natureza. Hoje, segundo a direção do Zoo, estão saudáveis e são cuidados por uma equipe multidisciplinar de veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores.

A 5ª Turma Cível do TJDFT analisou recurso em que um circo e o Zoológico de Brasília disputavam a guarda de animais apreendidos, além da responsabilidade pelo custeio de alimentação e cuidados veterinários.

A decisão manteve a posse dos animais com o Zoo. No processo, o parque alegou que Thor, Chocolate e Yulli  teriam sofrido maus-tratos no circo, justificando a apreensão. A instituição pediu o ressarcimento das despesas desde a chegada dos animais até a transferência definitiva da guarda dos bichos.

A defesa do circo argumentou que não houve ato ilícito, pois não existia lei federal proibindo a exibição de bichos em espetáculos circenses à época dos fatos. Também sustentou que a absolvição criminal por maus-tratos e a anulação de autos de infração invalidavam a apreensão e afastavam qualquer obrigação de pagamento.

Ao analisar as provas, a 5ª Turma entendeu que a manutenção dos animais no Zoo atende melhor aos cuidados de saúde e bem-estar. No entanto, julgou-se indevida a condenação do circo ao pagamento de despesas. A decisão foi pela maioria dos desembargadores.

“Não cabe aos réus suportar tais despesas, uma vez que perderam o direito de permanecer com a posse e a guarda dos animais. Mostra-se mais coerente que as despesas com a alimentação e a manutenção dos animais sejam suportadas pelas próprias instituições nas quais foram albergados”, sentenciaram os magistrados.

Chocolate

Elefante Chocolate, no Jardim Zoológico de Brasília
O elefante Chocolate também faz parte desta lista de animais resgatados

O elefante Chocolate nasceu em cativeiro em 20 de abril de 1992. Chegou ao Zoológico de Brasília em 2008. Foi acolhido com a saúde debilitada e sem o marfim, espécie de dentes externos dos elefantes.

Segundo o Zoo, a memória de elefante não deixa Chocolate esquecer a “dança” que aprendeu para fazer as apresentações no circo. Volta e meia é possível flagrá-lo arrastando as patas para frente e para trás, repetidas vezes. O que pode parecer inofensivo, na verdade, reflete um treinamento baseado em punições.

De acordo com o zoológico, no circo, o colocavam em um piso quente, obrigando-o a levantar as patas para não se queimar. Apesar de todos os cuidados da equipe multidisciplinar do Zoo, algumas feridas de Chocolate ainda aparecem, e ele precisa da atenção especial dos veterinários.

Yulli

Hipopótamo - Metrópoles
TJDFT decide que elefante, rinoceronte e hipopótamo apreendidos em circo ficarão no Zoo

Resgatada de um circo itinerante por decisão judicial, Yulli chegou ao Zoológico de Brasília com algumas cicatrizes. A fêmea é bem menor do que as outras de sua espécie, por ter crescido dentro de um tanque bem pequeno no circo e, assim, não ter conseguido desenvolver a sua musculatura.

Agora, Yulli tem uma vida confortável, mas vive em um recinto separado de Catarina, Bárbara e Chumbinha, outras fêmeas da mesma espécie. Por ter crescido isolada no circo, a fêmea não interage com outros animais.

Thor

Rinoceronte - Metrópoles
Atualmente, o rinoceronte está bem e recebendo atendimento especializado

O rinoceronte Thor é uma figura emblemática. Ao chegar ao zoológico, não estava em sua melhor condição de saúde. Uma forma crônica de conjuntivite acometia um de seus olhos, resultando em uma condição oftalmológica que exigia atenção especial.

A rotina do rinoceronte tornou-se, portanto, um processo delicado e essencial para garantir seu bem-estar.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe