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LISTA: veja 10 motos que são as mais caras das montadoras do Brasil

By 12 de outubro de 2024No Comments

Modelos de mais de R$ 300 mil são equipadas com motores enormes e tecnologias de carros. Tem moto que tem até marcha à ré. Não é fácil ver uma dessas motos na rua, afinal, algumas delas custam mais que um apartamento. Estamos falando de um seleto grupo que está entre as motos mais caras do Brasil.
Por incrível que pareça, há modelos com público cativo: a Honda GoldWing, por exemplo, vendeu apenas 33 unidades de janeiro a setembro deste ano.
Mas esse é um mero detalhe: os ganhos com essas vendas discretas renderam um montante de mais de R$ 10 milhões para os cofres da Honda.
Abaixo, listamos as motocicletas com maior preço sugerido seguindo um ranking de participação de mercado das 10 montadoras mais vendidas de janeiro a setembro deste ano.
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10. Kawasaki Ninja ZX-10R (edição de 40 anos): R$ 125.990
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Com 0,4% do mercado, a Kawasaki tem a Ninja ZX-10R como a moto mais cara da fabricante japonesa por aqui. A edição de 40 anos é repleta de adereços e logotipos que mencionam a comemoração.
As cores seguem a iconicidade da marca e representam a ZXR vencedora do campeonato mundial de superbike. O verde, azul e branco destacam a moto por onde quer que ela passe.
Além de ter um super motor de 998 cilindradas, que é distribuída em quatro cilindros em linha, ela entrega 213 cv de potência e 11,7 kgfm de torque. Uma moto comum tem 15 cv, por exemplo. Atrelado ao propulsor há um câmbio manual de seis marchas.
Com esse conjunto, a versão comemorativa da Ninja acelera de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos.
A superesportiva é equipada com piloto automático, indicador de pilotagem econômica, controle de freio-motor para não travar a roda traseira, modo de controle de largada (assim como os modelos da Porsche), câmbio com Quick Shifter (tecnologia que permite a troca de marchas sem o acionamento do manete de embreagem), controle de tração, freio ABS para maior segurança nas frenagens e conectividade com smartphone.
Por R$ 125.990 daria para comprar um Volkswagen Nivus na versão de entrada Sense, que custa R$ 119.990 e ainda sobraria uns trocados.
9. Triumph Rocket 3 Storm GT: R$ 132.990
O maior motor entre as motocicletas está presente na Triumph Rocket 3 Storm: são 2.500 cilindradas
Divulgação | Triumph
A Triumph tem 0,6% do mercado nacional, e seu exemplar na lista é a Rocket 3 Storm GT. São 2.458 cilindradas na moto mais cara da fabricante de origem inglesa. O torque é de 23 kgfm, superior ao de motores 1.0 turbo de carros como o Renault Kardian, por exemplo. A potência é de 182 cv.
Imagine tanto poder de arranque em uma motocicleta. O propulsor de três cilindros e o câmbio manual de seis marchas levam a moto de 0 a 100 km/h em 2,7 segundos.
O que torna essa moto tão cara, além do conjunto motriz, é o refino no acabamento. As rodas são de alumínio, material resistente, leve e caro. Os freios são da marca Brembo, um dos mais eficientes (com ABS) e custosos do mundo.
Triumph Rocket 3 Storm custa R$ 132.990
Divulgação | Triumph
A Rocket 3 Storm também é equipada com controle de tração que consegue ler a inclinação da moto, para entrar em cena no momento mais adequado.
Para comodidade, a versão GT já vem equipada com bauletos laterais para viagens mais longas. O sistema de iluminação é um dos mais eficientes do mercado, com faróis duplos na dianteira, complementando o conjunto de LED que permeia a motocicleta.
Mas tanta tecnologia, motor e bagageiros podem levar o peso do modelo para 320 kg, muito acima da média de 100 a 150 kg de motocicletas tradicionais.
8. BMW K 1600 GTL: R$ 319.900
BMW K 1600 GTL tem bagageiros com 126 litros
Divulgação | BMW
A touring, ou estradeira, da BMW (0,87% do mercado) é a moto mais cara do Brasil. Ela é R$ 1.050 mais cara que um BMW X1.
Com motor equivalente a um carro 1.6, a K 1600 GTL tem seis cilindros em linha que disponibilizam potência máxima de 160 cv e 17,8 kgfm de torque. O câmbio é manual de seis marchas.
E tudo isso serve para empurrar uma moto que tem 348 kg. Só o tanque é capaz de carregar 26,5 litros de gasolina. Comparando com um Kwid, o compacto da Renault tem tanque de 38 litros. Ou seja, a estradeira da BMW tem tanque que é quase do tamanho do de um automóvel.
A tecnologia dela não é tão desenvolvida quanto às demais. Basta ver que o farol não é de LED, mas de xenon, tecnologia que já foi aposentada em modelos mais modernos.
Somando os maleiros individuais, são 117 litros de espaço para bagagem, não muito atrás do que um Fiat Mobi oferece (200 litros).
7. Royal Enfield Super Meteor 650 Celestial: R$ 34.990
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A Royal Enfield tem 0,88% do mercado, e não é propriamente uma marca de luxo. Também com valor de frete incluído, a Super Meteor é uma das custom mais acessíveis do Brasil, sobretudo quando comparamos com modelos da BMW e Triumph vistos acima.
Ela pode ser adquirida em três versões, mas a diferença entre elas é de apenas R$ 500:
Super Meteor 650 Astral: R$ 33.990
Super Meteor 650 Interstellar: R$ 34.490
Super Meteor 650 Celestial: R$ 34.990
O que difere a topo de linha é a pintura bicolor, o para-brisas e o banco equipado com sissy bar (um tipo de apoio para lombar do garupa).
O propulsor é de dois cilindros em linha que tem 46 cv de potência e 5,4 kgfm de torque. Além de muito prazerosa para tocadas tranquilas na estrada, a Super Meteor tem bom desempenho também na cidade, por não ser uma cruiser muito grande.
Assim, é possível trafegar com cuidado entre os carros e não ficar parado no trânsito.
6. Avelloz AZ1: R$ 8.295
Avelloz AZ1 tem motor de 49 cilindradas
Divulgação | Avelloz
Chegamos a outra marca das mais baratas, a Avelloz (0,89%). O AZ1 é um ciclomotor de apenas 49 cilindradas, ou seja, não é necessário ter CNH de categoria A para pilotá-las, bastando um ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor).
Por R$ 8.295, ela é uma dos modelos mais baratos do Brasil. É o único modelo da marca.
A Avelloz nasceu em 2008 com o objetivo de fornecer mobilidade acessível, importando ciclomotores produzidos na China.
5. Haojue DR 160: R$ 20.479
Haojue DR 160 é a moto mais cara da marca chinesa
Haojue | Divulgação
A Haojue é uma marca de motos acessíveis e é representado pela marca Suzuki aqui no Brasil. Atualmente, tem 0,9% de divisão do mercado brasileiro, ocupando a quinta posição entre as mais vendidas.
A moto mais cara de seu portfólio de oito modelos é a naked DR 160. Por R$ 20.479, o valor dela está acima das Street como Honda CG 160, por exemplo, que tem preço máximo de R$ 17.440.
Com motor de 162 cm³, a DR 160 tem 15 cv de potência e 1,4 kgfm de torque, em média com o que motocicletas com a mesma cilindrada costumam oferecer. O câmbio também é padrão, com cinco velocidades.
Com dimensões similares às concorrentes, ela também tem 79 cm de altura do banco em relação ao solo (medida igual à da Honda CG e ADV).
4. Mottu Sport: R$ 13 mil
Mottu Sport tem motor de 110 cilindradas
Divulgação | Mottu
Com 3% de participação de mercado graças aos entregadores, a Mottu tem abocanhado uma importante participação de mercado, ocupando a quarta posição no ranking geral de vendas.
É verdade que grande parte dos emplacamentos se deve ao aluguel das motos, mas a Mottu também comercializa as motos montadas no Brasil. As motos têm origem indiana e são da marca TVS. Por R$ 13 mil, as motos de 110 cilindradas são mais caras que a concorrente da Honda, a Pop 110i ES, que custa R$ 9.690.
No site da Mottu, é possível comprar a Sport com pagamento inicial de R$ 2 mil reais e completar o saldo com parcelas de R$ 540 pelo período de 36 meses. O total desse investimento seria de R$ 21.440, o que daria para comprar quase duas motos.
3. Shineray Storm 200: R$ 18.990
A recém-lançada Storm 200 é uma crossover que reúne características de motos de cidade com as de trilha. Basta ver o visual agressivo, mas o tamanho comedido, justamente para ser ágil no meio dos carros.
A motocicleta estreou o motor de 200 cilindradas da marca chinesa por aqui. Esse propulsor de um cilindro rende 20,4 cv de potência e 1,8 kgfm de torque.
As dimensões são muito similares a uma moto da categoria City e o g1 já teve o primeiro contato com o modelo.
Confira no vídeo abaixo.
Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990
2. Yamaha WR450F: R$ 83.990
Na segunda posição entre as mais vendidas, a Yamaha tem 17% de participação de mercado. Mas não é uma moto apta para rodar nas cidades a mais cara da gama da marca japonesa, pelo contrário.
A WR450F é um modelo voltado para motocross. Ela vem com pneus lameiros e carenagem preparada para enfrentar as situações mais extremas do off-road.
A suspensão é reforçada e alta. O banco é mais fino e com posição ideal para percorrer trilhas da forma mais agressiva possível, com formato reto para facilitar as manobras de subir e descer terrenos acidentados.
O motor é de 450 cilindradas, com um cilindro, e entrega 50 cv de potência e 4 kgfm de torque. Ela atinge a velocidade máxima de 150 km/h.
Por ser uma moto bastante exigida para transpor obstáculos e utilizada em competições, seu consumo é de apenas 12 km/l. Ela, inclusive, não tem local para colocar placa, por isso não pode trafegar em vias normais.
1. Honda Gold Wing: R$ 304.450
Motocicleta da Honda é a segunda mais cara do Brasil
O exemplar da líder de mercado Honda (69%) é a GL 1800 Gold Wing Tour é a única custom da Honda disponível no Brasil e a segunda moto mais cara do país.
São 126 cv de potência e 17,3 kgfm de torque. O tanque é de 21 litros e, nesta lista, só perde para a da BMW K 1600 GTL, com 26 litros. Mas o que eleva o preço da motocicleta não é seu conjunto motriz, que conta com câmbio automático de dupla embreagem.
Com 369 kg, ela é equipada com marcha à ré para facilitar as manobras. Além disso, há piloto automático, painel digital TFT de 7 polegadas que pode ser conectada com Android Auto e Apple CarPlay com fio.
Para conforto, os bancos do passageiro e do piloto, além das manoplas, possuem aquecimento. Inclusive, o assento do garupa é igual a uma poltrona, o que proporciona conforto e segurança em viagens de longa distância.
Para carregar tudo que é necessário para uma roadtrip, o top box e os alforjes laterais suportam até 121 litros de bagagem.

Caso você tenha alguma parcela de sócio que não esteja paga e queira ficar em dia com a Associação, procure o Valdemir Oliveira na Portaria e apresente uma proposta de pagamento em até 12 vezes.
Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe